sexta-feira, 30 de março de 2007

Um Beijo a Mais

Título original: The Last Kiss
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Comédia dramática
Duração: 115 min
Direção: Tony Goldwyn
Elenco: Zach Braff, Jacinda Barrett, Casey Affleck, Rachel Bilson, Michael Weston e Eric Christian Olsen.

Sinopse: Micheal (Zach Braff) está de casamento marcado com Jenna (Jacinda Barrett), com quem namora há três anos. Prestes a fazer 30 anos, ele acredita ter uma vida completa, até que conhece Kim (Rachel Bilson). A jovem faz com que ele repense tudo que já conseguiu em sua vida e também se está preparado para o casamento.

Crítica: na versão italiana da trama (lançada em 2001), os conflitos do protagonista eram muito bem colocados. Ele transparecia uma amargura interior e uma dificuldade quase que intransponível de ultrapassar a barreira divisória para a fase adulta da vida. Suas angústias eram divididas com os amigos, todos eles passando por problemas semelhantes. Nós passávamos a ser cúmplices dos seus dramas e a torcer para que eles fossem resolvidos da melhor maneira possível.
Na refilmagem, tudo é mais superficial. São tantas tramas paralelas, que faltou dar maior profundidade a cada uma delas, todas com igual importância para a construação do enredo.
Enfim, discute-se o amor, a infidelidade, o perdão, o casamento, a amizade e a felicidade. As falhas estão no desenrolar da trama: o roteiro se precipita e tudo é feito meio às pressas, sem antes conhecermos totalmente os personagens.
Apesar desses pontos negativos, o filme acerta em algumas situações e diálogos e deixa uma boa mensagem.

Curiosidade: adaptação do longa italiano 'L'Ultimo Baccio', escrito e dirigido por Gabriele Muccino em 2001.
Avaliação: ***

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sábado, 3 de março de 2007

Notas sobre um Escândalo

Título original: Notes on a Scandal
País: Inglaterra
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 92 min
Direção: Richard Eyre
Elenco: Alice Bird, Cate Blanchett, Judi Dench, Tameka Empson, Emma Kennedy, Max Lewis e Bill Nighy.

Sinopse: quando Sheba Hart (Cate Blanchett) começa a trabalhar na escola St. George como a nova professora de arte, sua colega de trabalho Barbara (Judi Dench) sente que há algo errado nisso. Sheba inicia um romance com um de seus alunos – o que é terminantemente proibido na instituição – e Barbara se torna a maior guardiã desse segredo.
Crítica: incômodo é um dos sentimentos causados pelo filme por revelar o aspecto espinhoso do desejo, onde todos saem feridos, sem exceção. Transpõe para a tela o drama de duas mulheres perdidas e rendidas em seus próprios desejos. Cegas e incapazes de seguirem na direção “correta”, Barbara (Judi Dench, magnífica em seu papel) e Sheba (Cate Blanchett) são devastadas nesse roteiro.
Sheba é uma típica dona de casa, entediada com sua rotina politicamente correta, que decide voltar a lecionar artes, depois de dedicar seu tempo durante 10 anos ao filho excepcional. Casada com um ex-professor, 20 anos mais velho e mãe de dois filhos, será assediada por um de seus alunos e o impulso de quebrar as regras impostas pela sociedade, de retirar a máscara de “boa moça” toma conta de Sheba, que comete um dos pecados mais temidos: a pedofilia.
Barbara é uma recalcada e amarga homossexual, que vive sozinha com seu gato e suas anotações. Ao ver pela primeira vez o semblante de Sheba, alimenta uma paixão platônica que alimentará seu interior, recheado de solidão e desespero. Barbara expõe de forma cruel o que há na mulher que envelhece, não se realiza profissionalmente e nem encontra o parceiro(a) ideal para os confinados últimos dias. Barbara não tem ninguém e também não é “ninguém” sem o “outro”.
O escancaramento dos sentimentos dessa duas mulheres e o choque da visão do feminino pelas óticas do homossexualismo e do heterossexualismo é o ponto-chave da trama.
Original, impactante e perturbador, leva-nos a refletir sobre os desejos humanos, sobre a nossa vulnerabilidade perante emoções não esperadas. O filme não julga, apenas expõe situações que podem acontecer com qualquer um.
Curiosidade: adaptação do romane ''What Was She Thinking: Notes on a Scandal'', da escritora e jornalista Zoe Heller.
Avaliação: ****

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sexta-feira, 2 de março de 2007

C.R.A.Z.Y – Loucos de Amor

Título original: C.R.A.Z.Y
País: Canadá
Ano: 2005
Gênero: Comédia, drama
Duração: 127 min
Direção: Jean-Marc Vallée
Elenco: Michel Côté, Marc-André Grondin, Danielle Proulx, Émile Vallée, Pierre-Luc Brillant, Maxime Tremblay, Alex Gravel, Natasha Thompson, Johanne Lebrun, Mariloup Wolfe, Francis Ducharme e Hélène Grégoire.

Sinopse: uma história de dois casos de amor. Um amor de um pai pelos seus cinco filhos e o amor de um filho pelo pai. No dia 25 de dezembro de 1960, Zachary Beaulieu vem ao mundo. É o 4º entre 5 irmãos, todos meninos. A infância de Zachary é marcada pelos aniversários natalinos em que seu pai (Michel Côté), invariavelmente, encerra a festa imitando Charles Aznavour. Sua adolescência traz a descoberta de uma sexualidade diferente e sua negação profunda para não decepcionar a família. E a maturidade, enfim, chega com uma libertadora viagem mística por Jerusalém, a cidade que sua mãe sempre sonhou conhecer.
Crítica: narrado pelo ponto de vista de Zac, o longa relembra os acontecimentos da infância e da juventude, misturando realidade, ficção, sonhos e devaneios. O cineasta acerta na reconstituição dos períodos históricos – os ambientes e os comportamentos dos anos 60, 70 e 80 –, bem como na escolha e na condução do elenco, sobretudo quanto a Michel Coté, inspiradíssimo como o pai machista, cabeça-dura e ríspido, porém sincero e dedicado à família.
O filme não julga: os personagens têm vida própria e são fiéis às suas crenças e idéias, estejam elas “certas” ou “erradas”. Trata-se da maior conquista do filme: a opção pelo diálogo e pela diversidade e a aceitação das diferenças. Um caminho difícil, com sofrimento, desencontros, descobertas, mas um caminho. Emocionante e sensível, é um filme para todos assistirem.
Avaliação: ****

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