O Juiz (The Judge)

País: EUA

Ano: 2014

Gênero: Drama

Duração: 141 min

Direção: David Dobkin

Elenco: Robert Downey Jr., Robert Duvall, Vera Farmiga e Leighton Meester.

Sinopse: um advogado de muito sucesso, Hank Palmer, volta à cidade em que cresceu para o velório de sua mãe. No local, acaba descobrindo que seu pai (que foi ausente na sua criação) têm um câncer já em estágio avançado e é um dos suspeitos do assassinato. Terá, então, que superar as diferenças e defendê-lo no tribunal.

Crítica: a história tem seus méritos e, apesar de previsível, é bem produzida. As melhores cenas são as que Robert Downey Jr. (Hank Palmer) está no tribunal defendendo seu pai Joseph Palmer (o experiente e convincente Robert Duvall). Mas fora isso, apela para pieguices (amores de adolescência, com um papel ínfimo para Vera Farmiga) e sequências sem impacto no filme.

Downey Jr. não consegue ser natural e se livrar de suas expressões usuais quando banca o pai carinhoso ou o homem fatal perante as mulheres, tendo em vista que está quase se divorciando.

Comparando-o com outros filmes de tribunais, ele deixa a desejar, mesmo porque acaba priorizando as tensas e difíceis relações afetivas entre pai e filho entre os irmãos.

É um filme dispensável, só recomendo mesmo se não tiver mais nada para ver no cinema.

Avaliação: **

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Trash – A Esperança Vem do Lixo

País: Brasil/Reino Unido

Ano: 2014

Gênero: Drama

Duração: 115 min

Direção: Stephen Daldry

Elenco: Wagner Moura, Selton Mello, Rooney Mara, Martin Sheen e Stepan Nercessian.

Sinopse: Rio de Janeiro, Brasil. Três adolescentes vivem e trabalham em um lixão e, um dia, encontram uma carteira que contém instruções para o esconderijo de um tesouro. O trio então inicia uma jornada, na qual encontrarão pessoas inesperadas e logo irão perceber que precisam consertar um grande erro.

Crítica: o lixão carioca surge como cenário para essa ficção com tom crítico às mazelas do país: pobreza, corrupção, abandono, desigualdade social.

Na trama, Raphael, Gardo e Rato, três garotos moradores de uma comunidade à beira do lixão, encontram uma carteira e decidem investigar o mistério que a rodeia. Logo se encontram em uma aventura repleta de pistas e perigos, enquanto são caçados pelo policial Frederico (Selton Mello). Aos poucos, os garotos começam a descobrir segredos de José Angelo (Wagner Moura) e Antonio Santos (Stepan Nercessian), que descobriram informações que podem destruir um inescrupuloso político corrupto. Os garotos, então, percebem que precisam fazer a coisa certa. Nessa jornada, contam com a ajuda de um padre (Martin Sheen) e de uma assistente social (Rooney Mara), ambos americanos e trabalhando voluntariamente na favela.

A história tem como mensagem maior denunciar o estrago que a polícia carioca está fazendo à comunidade, vítima de um sistema falido. No entanto, é cheia de falhas, com coincidências em excesso, situações e diálogos que jamais ocorreriam. Mesmo que as atuações tenham sido razoáveis, falta crédito e convencimento ao roteiro.

Os meninos terminam como heróis, mas sabemos que isso está longe de ser realidade.

O maior mérito da película é apontar a polícia desmoralizada que age, em defesa de seus interesses, empresários e políticos, sem qualquer compromisso com o Brasil, como os maiores impedimentos para o desenvolvimento de um país. 

Avaliação: ***

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Um Novo Dueto (Une Autre Vie)

País: França

Ano: 2014

Gênero: Drama

Duração: 95 min

Direção: Emmanuel Mouret

Elenco: JoeyStarr, Virginie Ledoyen e Jasmine Trinca.

Sinopse: Aurore é uma famosa pianista convencida de que não tem mais nada a oferecer para os seus fãs. É quando ela conhece Jean, que pertence a um mundo completamente diferente. Com ele, ela redescobre o amor pelo piano, mas ele é casado com Dolores, que não pretende abrir mão de seu amado e deixá-lo viver uma outra vida.

Crítica: no enredo, uma pianista em crise (Jasmine Trinca) vive em um retiro paradisíaco no sul da França, após a morte de seu pai. Ela se apaixona pelo eletricista Jean (Joey Starr), encarregado de instalar sistemas de segurança em sua casa.

Acontece que Jean tem uma namorada (Virginie Ledoyen), e ela passa a controlar o destino dos amantes de maneira surpreendente, gerando um clima melancólico entre o trio.

Belas paisagens, bons textos que retratam a complexidade das mulheres e a dificuldade de lidar com elas e, principalmente, a atuação brilhante das atrizes envolvidas na trama de adultério. 

Não é uma obra-prima, mas Emmanuel Mouret – chamado por alguns críticos de Woody Allen francês – caminha no rumo certo para quem foca as relações humanas em seus filmes.

Avaliação: ***

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