Frente a Frente com o Inimigo
Título original: Endgame
País: Reino Unido
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Pete Travis
Elenco: William Hurt, Jonny Lee Miller, Chiwetel Ejiofor, Derek Jacobi e Amelia Bullmore, Mark Strong, Clarke Peters, Timothy West, Ramon Tikaram, Danny Scheinmann, Matthew Marsh e Langley Kirkwood.
Sinopse: enormes manifestações públicas desencadeiam uma onda de violência por toda a África do Sul. Uma verdadeira guerra civil está prestes a romper, entre a minoria branca que governa e comanda o sistema de Apartheid e a maioria da população negra. A estabilidade do país não é a única ameaça, o interesse de inúmeras companhias estrangeiras está em jogo, especialmente a da Consolidated Gold. Comandada por um inglês, sua estratégia é simples: enviar em segredo o relações públicas da empresa Michael Young para espionar as conversas entre os rebeldes e os representantes das minorias brancas. Colocando sua integridade moral e física em risco, Young consegue envolver o líder do Congresso Nacional Africano, em uma trama de intrigas e mentiras forçando um renomado professor de filosofia, William Esterhuyse, a ajudar se infiltrando no círculo de amizades do líder do Congresso. Dispostos a tudo ambos os lados terão que buscar forças para lutar pela verdade e fazer a justiça prevalecer.
Crítica: a escalada de medo e violência, que imperou entre brancos e negros nos tempo do Apartheid, é retratada nesse drama político com muita competência e sensibilidade.
O regime separatista do Apartheid caracterizou-se por uma minoria branca, encabeçada por P. W. Botha – quase um ditador na África do Sul –, que dominou a raça negra usando uma política de segurança em que imperava a violência. Em resposta, a maioria negra começou a praticar atos de terrorismo sob a insígnia do CNA (Congresso Nacional Africano), do qual Nelson Mandela era um dos líderes. Somente no final da década de 80, se iniciou um movimento encabeçado por – pasmem – uma multinacional de mineração britânica, a Consolidated Goldfields, que secretamente colocou líderes do CNA face a face com africâners em um conjunto de reuniões que eventualmente culminou com o fim teórico da segregração racial na África do Sul. ‘Frente a Frente com o Inimigo’ preocupa-se com o embate de personalidades entre o professor Will Esterhuyse (William Hurt) e o presidente da CNA Thabo Mbeki (Chiwetel Ejiofor) nessas reuniões e nos bastidores políticos e sociais daquele período.
O tom de constante viligância e insegurança, com cortes secos e múltiplas tomadas de um mesmo evento, marcam o filme. O enquadramento em terceira pessoa de alguns diálogos é outro recurso feliz e que remete a práticas de espionagem como se os personagens sempre estivessem escondendo algo.
A atuação de William Hurt, como o professor Esterhuyse, homem de família e pacífico que não vê a hora do cessar dos atos de violência, é sublime, sobretudo quando ele manuseia uma arma enquanto olha para sua família na varanda.
Excelente está também Mark Strong, como o Dr. Niel Barnard, homem de inteligência e confiança do ditador P. W. Botha, que ao mesmo tempo em que espiona a reunião através do professor Esterhuyse tenta extrair informações de Mandela.
O roteiro, além de investir em diálogos cuidadosamente construídos, enfatiza sempre os dois pontos-de-vista da situação (brancos e negros) e nos apresenta um Mandela bem menos beatificado do que aquele de 'Invictus'. O único inconveniente é a interpretação de Clarke Peters, inferior a de Morgan Freeman.
Assista. Recomendo!
País: Reino Unido
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Pete Travis
Elenco: William Hurt, Jonny Lee Miller, Chiwetel Ejiofor, Derek Jacobi e Amelia Bullmore, Mark Strong, Clarke Peters, Timothy West, Ramon Tikaram, Danny Scheinmann, Matthew Marsh e Langley Kirkwood.
Sinopse: enormes manifestações públicas desencadeiam uma onda de violência por toda a África do Sul. Uma verdadeira guerra civil está prestes a romper, entre a minoria branca que governa e comanda o sistema de Apartheid e a maioria da população negra. A estabilidade do país não é a única ameaça, o interesse de inúmeras companhias estrangeiras está em jogo, especialmente a da Consolidated Gold. Comandada por um inglês, sua estratégia é simples: enviar em segredo o relações públicas da empresa Michael Young para espionar as conversas entre os rebeldes e os representantes das minorias brancas. Colocando sua integridade moral e física em risco, Young consegue envolver o líder do Congresso Nacional Africano, em uma trama de intrigas e mentiras forçando um renomado professor de filosofia, William Esterhuyse, a ajudar se infiltrando no círculo de amizades do líder do Congresso. Dispostos a tudo ambos os lados terão que buscar forças para lutar pela verdade e fazer a justiça prevalecer.
Crítica: a escalada de medo e violência, que imperou entre brancos e negros nos tempo do Apartheid, é retratada nesse drama político com muita competência e sensibilidade.
O regime separatista do Apartheid caracterizou-se por uma minoria branca, encabeçada por P. W. Botha – quase um ditador na África do Sul –, que dominou a raça negra usando uma política de segurança em que imperava a violência. Em resposta, a maioria negra começou a praticar atos de terrorismo sob a insígnia do CNA (Congresso Nacional Africano), do qual Nelson Mandela era um dos líderes. Somente no final da década de 80, se iniciou um movimento encabeçado por – pasmem – uma multinacional de mineração britânica, a Consolidated Goldfields, que secretamente colocou líderes do CNA face a face com africâners em um conjunto de reuniões que eventualmente culminou com o fim teórico da segregração racial na África do Sul. ‘Frente a Frente com o Inimigo’ preocupa-se com o embate de personalidades entre o professor Will Esterhuyse (William Hurt) e o presidente da CNA Thabo Mbeki (Chiwetel Ejiofor) nessas reuniões e nos bastidores políticos e sociais daquele período.
O tom de constante viligância e insegurança, com cortes secos e múltiplas tomadas de um mesmo evento, marcam o filme. O enquadramento em terceira pessoa de alguns diálogos é outro recurso feliz e que remete a práticas de espionagem como se os personagens sempre estivessem escondendo algo.
A atuação de William Hurt, como o professor Esterhuyse, homem de família e pacífico que não vê a hora do cessar dos atos de violência, é sublime, sobretudo quando ele manuseia uma arma enquanto olha para sua família na varanda.
Excelente está também Mark Strong, como o Dr. Niel Barnard, homem de inteligência e confiança do ditador P. W. Botha, que ao mesmo tempo em que espiona a reunião através do professor Esterhuyse tenta extrair informações de Mandela.
O roteiro, além de investir em diálogos cuidadosamente construídos, enfatiza sempre os dois pontos-de-vista da situação (brancos e negros) e nos apresenta um Mandela bem menos beatificado do que aquele de 'Invictus'. O único inconveniente é a interpretação de Clarke Peters, inferior a de Morgan Freeman.
Assista. Recomendo!
Avaliação: ***
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