Histórias que Só Existem Quando Lembradas
País: Brasil
Ano:
2012
Gênero: Drama
Duração: 98
min
Direção: Júlia
Murat
Elenco: Sonia Guedes, Lisa E. Fávero, Luiz Serra,
Ricardo Merkin, Antonio dos Santos, Nelson Justiniano, Maria Aparecida Campos,
Manoelina dos Santos, Evanilde Souza, Julião Rosa, Elias dos Santos e Pedro
Igreja.
Sinopse: Jotuomba é um pequeno vilarejo em que ninguém
morre há muito tempo e o cemitério está trancado com cadeado. Cada morador
cumpre sua função e assim seguem os dias. Madalena (Sonia Guedes) faz pão para
o armazém do Antônio (Luiz Serra). Como todos os dias, ela atravessa o trilho,
onde o trem já não passa há anos, limpa o portão do cemitério trancado, ouve o
sermão do padre e almoça com os outros velhos habitantes da cidade. Vivendo da
memória do marido morto, Madalena é acordada por Rita (Lisa E. Fávero), uma
jovem fotógrafa que chega na cidade fantasma de Jotuomba, onde o tempo parece
ter parado.
Crítica: um vilarejo fictício do Vale do Paraíba,
estacionado no tempo é onde a estreante Júlia Murat (filha da também cineasta
Lúcia Murat) ambienta sua história que contrapõe velho e novo, passado e
futuro, tradição e modernidade.
Para quebrar a rotina do
local onde tudo está morrendo chega a fotógrafa Rita, jovem e sem destino que
conhecerá aos poucos os moradores do vilarejo.
Madalena (personagem
principal) é viúva, faz pão para o armazém de Antônio, caminhando por trilhos
onde o trem já não passa há anos, limpa o portão do cemitério onde não se
enterra mais ninguém, vai à missa e almoça todos os dias com os outros 9
habitantes. À noite, escreve cartas saudosas ao marido, palavras que ele nunca
lerá.
Rita tenta desvendar aquele
lugar com as fotografias e, por sinal, belíssimas, todas em preto e branco.
O roteiro é ótimo e é sutil
ao tratar da morte, do medo de envelhecer. A comunicação é mais visual e
simbólica, os diálogos são escassos, o que não impede que a mensagem chegue
clara ao espectador. Um pouco mais de dinâmica seria bem-vinda à história,
acrescentando mais informações sobre o passado de Madalena, por exemplo, que
ama e sente muita falta do marido que se foi.
O trabalho deve ser
conferido. Alternativo, na medida certa. Uma estreia promissora para a
cineasta.
Avaliação:
***
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