Rota Irlandesa (Route Irish)
País: Reino Unido/Itália/Bélgica/Espanha
Ano: 2010
Gênero: Ação
Duração: 109 min
Direção: Ken Loach
Elenco: Geoff Bell, Mark Womack, Stephen Lord e Najwa Nimri.
Sinopse: dois amigos vão trabalhar numa firma de
segurança privada no Iraque. Após a morte de um deles, o outro decide
investigar o ocorrido.
Crítica: a tal rota irlandesa é o apelido da "via
mais perigosa do mundo", como um personagem define o trecho que liga o
aeroporto de Bagdá à chamada Zona Verde, a área segura que o exército dos EUA
isolou ao redor do antigo palácio de Saddam Hussein.
A trama gira em busca de
vingança. Frankie (John Bishop) morre numa emboscada iraquiana e, para
desespero de seu amigo de infância Fergus (Mark Womack), foi ele mesmo quem convenceu Frankie a ganhar a vida no Oriente Médio.
O objetivo do cineasta é expor
o mercado privatizado da guerra, de companhias que contratam ex-militares para
transportar pessoas e objetos em zonas de conflito. Nesse contexto, a crítica é
válida e é o melhor do filme, que utiliza inclusive imagens reais e fortes. O problema é que os personagens têm diálogos repletos
de clichês e muitas ações previsíveis. Os atores até se esforçam para dar maior
credibilidade à história marcada pela presença de mercenários que ganham sempre
com a guerra, mas mesmo o protagonista exagera em suas cenas de ira.
O acerto de contas, que não
medirá consequências, vai do início ao fim, sem trégua, o que cansa um pouco o espectador.
É um trabalho razoável,
distante do excelente “Ventos da Liberdade” (2006), também dirigido por Loach.
Avaliação:
***
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