quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Tim Maia

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Drama, biografia
Duração: 141 min
Direção: Mauro Lima
Elenco: Babu Santana, Robson Nunes e Alinne Moraes.

Sinopse: cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no livro "Vale Tudo - O Som e de Tim Maia". O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas.

Crítica: a cinebiografia do cantor, compositor, produtor, maestro, multi-instrumentista e empresário brasileiro, responsável pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil, é bastante completa e repleta de boas atuações (protagonista e coadjuvantes, com exceção do ator “caricato” que interpretou Roberto Carlos) e diálogos naturais e convincentes.
A trama inicia-se com a narração de um de seus melhores amigos e que o acompanhou por quase toda a carreira: Fabiano.
Imagens em preto em branco contam, resumidamente, a infância difícil do 11º filho do de Altivo Maia e Maria Imaculada Maia, nascido em Niterói. Ajudava a mãe a vender marmitas e sofria com as zombarias dos outros meninos.
Mas desde cedo descobriu que queria fazer música e não poupou esforços para consegui-lo. Em 1957, fundou o grupo The Sputniks, onde cantou junto a Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contatos com o soul, vindo a ser preso e deportado por roubo e porte de drogas. Em 1970, gravou seu primeiro disco, intitulado Tim Maia, que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera".
No entanto, toda sua vida foi marcada por turbulências, antes e depois da fama: dificuldades financeiras, uso de drogas, abuso do álcool, preconceito, vida a dois problemática.
Apenas durante um curto período, quando conheceu os livros da Cultura Racional, escritos por Manuel Jacinto Coelho, ele afastou-se um pouco dos vícios. Contudo, o período foi de menor sucesso profissional e, logo, ele se decepcionou com o que os livros pregavam.
Tim Maia se tornou notável por não aparecer ou atrasar em shows e, frequentemente, reclamar da qualidade do áudio nos mesmos. Isso ocorria devido ao intenso consumo de uísque, cocaína e maconha antes dos shows, que ele chamava de "triatlon". No final de sua vida sofreu com problemas relacionados à obesidade, diabetes e problemas respiratórios.
Durante a gravação de um espetáculo para a TV no Teatro Municipal de Niterói, no dia 08 de março de 1998, Tim tentou cantar, mesmo sabendo de sua má condição de saúde. Não conseguiu e retirou-se sem dar explicações; terminou sendo levado para o hospital onde sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Tim faleceu em 15 de março os 55 anos e com 140 quilos, devido a uma infecção generalizada.
Em 1988, 1990, 1992, 1993, 1995 e 1997 foi o vencedor do prestigiado Prêmio Sharp de música na categoria de melhor cantor.
Sua obra influenciou diversos artistas, como seu sobrinho Ed Motta. A revista Rolling Stone classificou Tim Maia como o maior cantor brasileiro de todos os tempos, e também como o 9º maior artista da música brasileira.
Além de ótimo filme, é impossível não sair do cinema embalado com suas músicas marcantes e dançantes.

Avaliação: ****

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