terça-feira, 15 de janeiro de 2019

A Esposa (The Wife)



País: Suécia
Ano: 2017
Gênero: Drama, Suspense
Duração: 101 min
Direção: Björn Runge
Elenco: Glenn Close, Jonathan Pryce, Annie Starke, Harry Lloyd, Christian Slater e Max Irons.

Sinopse: Joan Castleman (Glenn Close) é casada com um homem controlador e que não sabe como cuidar de si mesmo ou de outra pessoa. Ele é um escritor e está prestes a receber um Prêmio Nobel de literatura. Joan, que passou 40 anos ignorando seus talentos literários para valorizar a carreira do marido, decide abandoná-lo.

Crítica: baseado no livro homônimo da escritora norte-americana Meg Wolitzer, A Esposa traz como protagonista Joan Castleman (Close), que deve acompanhar o marido Joe (Jonathan Pryce) à Suécia, escolhido para receber o Nobel de Literatura. Assim que chegam à cidade de Estocolmo para os preparativos da cerimônia, a relação do casal é posta em cheque quando o escritor Nathaniel Bone (Christian Slater) questiona o passado dos dois e a verdadeira autoria das obras.
A relação do casal, aparentemente ideal, é esmiuçada com a recorrência de flashbacks nos quais vemos os dois, ainda jovens (interpretados por Annie Starke, filha de Close, e Harry Lloyd), formando uma espécie de pacto que no fim custará a eles muito mais do que o esperado. Aliás, o roteiro é bem eficiente em seu arranjo de cenas, viajando entre passado e presente, gradativamente reconstruindo um quebra-cabeça para chegar aos pontos mais artificiais dessa relação.
O casal sustenta uma farsa: a de que Joe é o verdadeiro autor dos livros. São tantos anos de mentiras que passaram a aceitá-las como verdade. No entanto, durante a entrega do Nobel, todo aquele ambiente parece sufocar Joan a ponto de ela não mais aguentar o papel de total submissão. Os closes na atriz revelam olhares que têm muito a dizer. A interpretação é merecedora de Oscar. Jonathan Pryce também está excelente. Apenas a escolha de Max Irons para viver o filho (David) é que não é acertada. Nem sua atuação nem sua colocação na trama.
Apesar de todas as problemáticas, é difícil julgar o que o casamento representa para Joan. Se ela foi feliz de alguma maneira, se ela acha que valeu a pena...
O lado mais positivo do filme é escancarar a questão da masculinidade (e machismo) e da perenidade dos relacionamentos na terceira idade.

Avaliação: ***

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