Se a Rua Beale Falasse (If Beale Street Could Talk)
País: EUA
Ano: 2018
Gênero: Policial
Duração: 117
min
Direção: Barry Jenkins
Elenco: Stephan James,
KiKi Layne, Regina King, Teyonah Parris, Brian Tyree Henry, Dave Franco, Finn
Wittrock, Colman Domingo, Pedro Pascal e Diego Luna.
Sinopse: baseado no célebre romance de James Baldwin, o
filme acompanha Tish (Kiki Layne), uma grávida do Harlem, que luta para livrar
seu marido, Alonzo Fonny (Stephan James), de uma acusação criminal injusta e de
subtextos racistas a tempo de tê-lo em casa para o nascimento de seu bebê.
Crítica: o diretor Barry Jenkins ficou conhecido com os
filmes “Remédio para a Melancolia” (2008) e “Moonlight – Sob a Luz do
Luar”(2012). E, agora, está novamente na lista dos filmes na disputa pelo Oscar
(2019) em 3 categorias: Atriz Coadjuvante, Trilha Sonora Original e Roteiro
Adaptado.
Uma história de amor entre
dois jovens – Alonzo Fonny, de 22 anos e Tish, de 19 anos, interrompida por uma
tragédia. Lendo assim, parece que veremos uma trama piegas ou melodramática.
Longe disso, a narrativa flui
de maneira a nos envolver completamente com a vida e os problemas do casal e de
suas famílias. Expõe as mazelas do preconceito contra os negros nos Estados Unidos
que não conseguem bons empregos, que têm remunerações baixas, que são culpados
por tudo e qualquer tipo de infração ou crime, que não são ouvidos, que não tem
direito à justiça. E, sim, causa grande incômodo.
A injustiça é a maior "dor" da trama. Ela pode romper caminhos, destruir sonhos, impedir uma vida normal e
dificultar o que seria uma vida simples.
A conversa com um amigo
antes de saber o que acontecerá com Alonzo é muito bem colocada. Os diálogos são
precisos, naturais e críticos, e as atuações são exemplares.
As ações dos pais dos
jovens, ainda que errôneas, não podem ser julgadas porque não há outra saída. O
que eles querem é salvar um rapaz inocente, que tinha inúmeros sonhos.
Um filme difícil de esquecer.
Avaliação: ****
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