Atentado ao Taj Mahal (Hotel Mumbai)
País: Austrália/Índia/EUA
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 123
min
Direção: Anthony
Maras
Elenco: Dev Patel, Anupam Kher, Armie Hammer, Jason Isaacs, Nazanin
Boniadi e Tilda Cobham-Hervey.
Sinopse: Mumbai, Índia, 2008. Um grupo de terroristas
chega à cidade de barco, disposto a promover uma série de ataques em locais
icônicos da cidade. Um deles é o luxuoso hotel Taj Mahal, bastante conhecido
pela quantidade de estrangeiros e artistas que nele se hospeda. Quando os
ataques começam, o humilde funcionário Arjun (Dev Patel) tenta ajudar todos a
se protegerem, enquanto David (Armie Hammer) e Zahra (Nazanin Boniadi) buscam
algum meio de retornar ao quarto em que estão hospedados, já que nele está seu
bebê e Sally (Tilda Cobham-Hervey), sua babá.
Crítica: Baseado em fatos reais, o filme aborda os
ataques executados na Índia, em 2008, pelo grupo islâmico Lashkar-e-Taiba. Ao
todo, foram 12, concentrados principalmente na cidade de Mumbai. Os tiroteios e
explosões deixaram 164 mortos e mais de 300 feridos.
O destaque na história são
os funcionários do Hotel Taj Mahal que arriscaram suas vidas para salvar os
hóspedes, em especial, o renomado chef Hemant Oberoi (Anupam Kher) e o garçom
Arjun (Dev Patel).
Os visitantes do hotel são
tão importantes que o chef diz que “o hóspede é um deus”. Tudo deve ser
perfeito. Inimaginável que passariam mais de 18 horas presos no
estabelecimento, ouvindo tiros e granadas, vendo pessoas serem mortas e
tentando sobreviver até a chegada de ajuda.
O desespero, a aflição, a
dor e angústia são bem retratados. Um casal com a babá que luta para salvar seu
bebê, um namorado que tenta salvar a namoradas, inúmeras pessoas que buscam uma
porta de saída ou um esconderijo que as salvem do terror. Um estabelecimento
antes seguro tomado pelo desespero.
Outros locais, como a
estação do trem, são atacados, mas a maior parte da trama, após mostrar os
jovens chegando a Mumbai e se dividindo em táxis e destinos distintos, está
focada mesmo no hotel.
O roteiro é interessante
por não dar espaço a protagonistas, toda a ação é bem dividida e mostra a
angústia de cada um – hóspedes e funcionários (que também têm uma família que
os aguarda em casa). O sofrimento é terrível, a violência é cruel e os ataques,
rápidos e impiedosos.
O diretor mostra o lado
humano das vítimas e dos terroristas, quando estes demonstram medo e dúvida,
quando ligam para os pais e quando questionam se devem matar uma mulher que é
muçulmana como eles.
A lavagem cerebral é
impiedosa, o chefe que comanda tudo fala ao telefone dando ordens (só ouvimos
sua voz, não vimos seu rosto), determina o que é certo e o que deve ser feito.
Os rapazes acreditam nele e continuam matando até a enfim chegada da polícia de
Nova Déli.
Uma tragédia, sem dúvida,
que deixa marcas inesquecíveis para quem viveu o horror e perdas irreparáveis.
Uma direção precisa que
consegue, acima de tudo, evitar o melodrama. O intuito é relatar o que as
pessoas testemunharam e alertar a urgência de interação e de inserção nos diferentes
mundos e sociedades. Abrir a mente e o coração é o primeiro passo para as
mudanças vindouras.
Avaliação: ***
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