quarta-feira, 17 de julho de 2019

Atentado ao Taj Mahal (Hotel Mumbai)



País: Austrália/Índia/EUA
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 123 min
Direção: Anthony Maras
Elenco: Dev Patel, Anupam Kher, Armie Hammer, Jason Isaacs, Nazanin Boniadi  e Tilda Cobham-Hervey.

Sinopse: Mumbai, Índia, 2008. Um grupo de terroristas chega à cidade de barco, disposto a promover uma série de ataques em locais icônicos da cidade. Um deles é o luxuoso hotel Taj Mahal, bastante conhecido pela quantidade de estrangeiros e artistas que nele se hospeda. Quando os ataques começam, o humilde funcionário Arjun (Dev Patel) tenta ajudar todos a se protegerem, enquanto David (Armie Hammer) e Zahra (Nazanin Boniadi) buscam algum meio de retornar ao quarto em que estão hospedados, já que nele está seu bebê e Sally (Tilda Cobham-Hervey), sua babá.

Crítica: Baseado em fatos reais, o filme aborda os ataques executados na Índia, em 2008, pelo grupo islâmico Lashkar-e-Taiba. Ao todo, foram 12, concentrados principalmente na cidade de Mumbai. Os tiroteios e explosões deixaram 164 mortos e mais de 300 feridos.
O destaque na história são os funcionários do Hotel Taj Mahal que arriscaram suas vidas para salvar os hóspedes, em especial, o renomado chef Hemant Oberoi (Anupam Kher) e o garçom Arjun (Dev Patel).
Os visitantes do hotel são tão importantes que o chef diz que “o hóspede é um deus”. Tudo deve ser perfeito. Inimaginável que passariam mais de 18 horas presos no estabelecimento, ouvindo tiros e granadas, vendo pessoas serem mortas e tentando sobreviver até a chegada de ajuda.
O desespero, a aflição, a dor e angústia são bem retratados. Um casal com a babá que luta para salvar seu bebê, um namorado que tenta salvar a namoradas, inúmeras pessoas que buscam uma porta de saída ou um esconderijo que as salvem do terror. Um estabelecimento antes seguro tomado pelo desespero.
Outros locais, como a estação do trem, são atacados, mas a maior parte da trama, após mostrar os jovens chegando a Mumbai e se dividindo em táxis e destinos distintos, está focada mesmo no hotel.
O roteiro é interessante por não dar espaço a protagonistas, toda a ação é bem dividida e mostra a angústia de cada um – hóspedes e funcionários (que também têm uma família que os aguarda em casa). O sofrimento é terrível, a violência é cruel e os ataques, rápidos e impiedosos.
O diretor mostra o lado humano das vítimas e dos terroristas, quando estes demonstram medo e dúvida, quando ligam para os pais e quando questionam se devem matar uma mulher que é muçulmana como eles.
A lavagem cerebral é impiedosa, o chefe que comanda tudo fala ao telefone dando ordens (só ouvimos sua voz, não vimos seu rosto), determina o que é certo e o que deve ser feito. Os rapazes acreditam nele e continuam matando até a enfim chegada da polícia de Nova Déli.
Uma tragédia, sem dúvida, que deixa marcas inesquecíveis para quem viveu o horror e perdas irreparáveis.
Uma direção precisa que consegue, acima de tudo, evitar o melodrama. O intuito é relatar o que as pessoas testemunharam e alertar a urgência de interação e de inserção nos diferentes mundos e sociedades. Abrir a mente e o coração é o primeiro passo para as mudanças vindouras.
       
Avaliação: ***

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