Mademoiselle Vingança (Mademoiselle de Joncquières)
País: França
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 109
min
Direção: Emmanuel
Mouret
Elenco: Cécile
de France, Edouard Baer, Alice Isaaz e Natalia Dontcheva.
Sinopse: França, 1750. Depois de anos resistindo às
investidas do Marquês de Arcis (Edouard Baer), Madame de La Pommeraye (Cécile
de France), uma viúva reclusa, decide assumir um relacionamento entre eles.
Após dois anos de união, o Marquês se sente entediado e acaba com o romance de
uma maneira que ele julga amigável. No entanto, Madame de La Pommeraye se sente
traída e resolve punir do ex-companheiro, para realizar seu plano de vingança,
ela contrata duas prostitutas, Madame de Joncquières (Natalia Dontcheva) e sua filha, uma jovem
extremamente bonita.
Crítica: baseado no romance Jacques, o Fatalista, e o Seu Amo, de Denis
Diderot, conta a trama de vingança de uma madame viúva contra um marquês
sedutor.
A princípio a abordagem é
romanesca, com pitadas de humor – no desenrolar do romance entre dos dois –
passando, posteriormente, à história da vingança arquitetada pela madame.
O filme abusa da produção
exemplar do figurino, da fotografia, dos planos longos, dos diálogos abundantes
com o pomposo vocabulário da aristocracia francesa. Extrai-se dos seus
personagens o máximo dos cortejos masculinos, da rigidez dos gestos da viúva,
dos olhares furtivos, do que se deixa no ar nas respostas vagas, das reações
sutis.
Basicamente, a narrativa
fala de amor e de tudo que dele provém: contradições, prazeres, apego,
insegurança, dor, desejos, remorsos.
Entre a comédia e o
melodrama, assistimos à vingança justificada pela madame e ao seu egocentrismo.
Certa do seu plano, ela usa duas pessoas, mãe e filha, para conseguir o que
deseja. Se vale a pena ou não, cada um poderá julgar como quiser ao final.
Não é um filme de apelo
comercial nem de grandes reviravoltas. É preciso assisti-lo com paciência para
entender a mensagem e a obra do cineasta Mouret. Para os amantes do cinema
francês, é um deleite.
Avaliação: ***
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