Simonal
País: Brasil
Ano: 2018
Gênero: Biografia
Duração: 105
min
Direção: Leonardo
Domingues
Elenco: Fabrício
Boliveira, Ísis Valverde e Leandro Hassum.
Sinopse: dono de voz marcante, carisma encantador e
charme irresistível, Wilson Simonal (Fabrício Boliveira) nasceu para ser uma
das maiores vozes de todos os tempos da música brasileira. No entanto, após
anos de sucesso conquistado com muito trabalho, suas finanças descontroladas o
levam a, num rompante de ignorância, tomar decisões que marcarão para sempre
sua carreira.
Crítica: Wilson Simonal, nascido no Rio de Janeiro em
1938, foi um famoso cantor condenado ao ostracismo após ser apontado como
delator no período da ditadura militar.
Milionário, idolatrado,
inconfundível, talentoso em diferentes gêneros, estrela da TV, empresário e
cheio de sucessos, Simonal foi um caso único, tanto por ter atingido patamar
que nenhum artista negro havia alcançado até então no Brasil, quanto pela
derrocada incomparável que veio na sequência.
O documentário Simonal -
Ninguém Sabe o Duro que Dei (2009) faz essa abordagem. E, agora, o filme, que
não busca transformá-lo em santo, mas apagar a história de delator, cuja
responsabilidade é colocada nas canetas dos jornalistas d'O Pasquim.
A trama tem início em 1975,
com o cantor já em maus lençóis, e volta 15 anos para explicar o que aconteceu.
O foco é na ascensão e queda; na conquista e perda do público, tratado sempre
como massa; no início e no fim do caso de amor com a população brasileira, que
sabia suas músicas de cor e lotava seus shows.
O filme tem uma produção caprichada:
cenário, figurino, iluminação, som. Mas falta um carisma maior do protagonista
(interpretado por Fabrício Boliveira), falta uma presença marcante que, de
fato, conecte o espectador com toda a história.
O racismo e toda a questão
política estão presentes, mas sem maiores aprofundamentos nos acontecimentos que
deflagaram o colapso de sua carreira.
Avaliação: ***
0 comentários:
Postar um comentário