domingo, 22 de janeiro de 2012

A Separação (Jodaeiye Nader az Simin)

País: Irã
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 123 min
Direção: Asghar Farhadi
Elenco: Leila Hatami, Peyman Moadi, Shahab Hosseini, Sareh Bayat, Sarina Farhadi, Babak Karimi, Ali-Asghar Shahbazi, Shirin Yazdanbakhsh, Kimia Hosseini e Merila Zarei ED Hayedeh Safiyari.

Sinopse: após se divorciar da esposa Simin (Leila Hatami), Nader (Peyman Moaadi) é obrigado a contratar uma jovem para tomar conta de seu pai idoso que sofre de Alzheimer em estágio avançado. Porém a diarista está grávida, e trabalhando sem o consentimento de seu marido, condições que junto a um terrível incidente, levará as duas famílias a um julgamento de cunho moral e religioso.

Curiosidade: do mesmo diretor de ‘Procurando Elly’.
Vencedor do Globo de Ouro 2012 de Melhor Filme Estrangeiro

Crítica: a obra chama a atenção pela condução primorosa e força de seu enredo e personagens. Temas comuns, como responsabilidade, respeito, honestidade e amor são tratados com uma incrível simplicidade.
A maioria dos filmes iranianos denunciam o regime retrógrado e cerceador das liberdades, funcionando como gritos de indignação. ‘A Separação’, no entanto, tem uma abordagem mais ampla, indo além do Irã e sua sociedade reprimida numa exploração bem mais complexa e universal do ser humano como um todo, não apenas como ser social e político.
É um drama familiar, mas principalmente moral. Um filme que nos ajuda a lembrar que os iranianos, por mais distantes que possam parecer de nossa realidade, partilham alegrias, tristezas, decepções, esperanças e problemas básicos com a vida como nós.
A história é contemporânea e ambientada na capital iraniana, onde acompanhamos a complicada separação do casal Nader e Simin. Além da crise afetiva, uma questão se impõe aos dois: Simin deseja sair do país por achar que o lugar não oferece o ambiente ideal para o crescimento da filha, mas Nader não concorda em viajar e deixar o pai com Alzheimer sozinho, o que gera a disputa pela guarda da adolescente. Enquanto a Justiça não põe fim ao conflito, Simin vai temporariamente para a casa da mãe, deixando o marido sozinho com a filha e o pai doente.
A trama é envolvente do início ao fim e conta com excelentes atores.

Avaliação: ****

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A Música Segundo Tom Jobim

País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 88 min
Direção: Nelson Pereira dos Santos
Elenco: Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Sylvia Telles.

Sinopse: feito totalmente com trechos musicais e repleto de fotos e vídeos de arquivo, conta a trajetória de Antônio Carlos Jobim.

Crítica: o cineasta apostou no ‘totalmente musical’. O documentário não tem depoimentos, mas fotos e inúmeras imagens de arquivo mostrando a força da bossa nova e como a música de Tom Jobim ganhou o mundo, sendo cantada e interpretada por inúmeros artistas. Suas canções são cantadas em inglês, francês, italiano e, até, em alemão.  
Bem editado e musicado. Ao término da sessão, é impossível não sair cantando.

Avaliação: ***

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2 Coelhos

País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Ação
Duração: 108 min
Direção: Afonso Poyart
Elenco: Alessandra Negrini, Caco Ciocler, Fernando Alves Pinto, Aldine Muller, Marat Descartes e Neco Villa Lobos.

Sinopse: Edgar (Fernando Alves Pinto) encontra-se na mesma situação que a maioria dos brasileiros: espremido entre a criminalidade, que age impunemente, e a maioria do poder público, que só age com o auxilio da corrupção. Cansado de ser vítima desta situação, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e elabora um plano que colocará os criminosos em rota de colisão com políticos gananciosos. À medida que o plano de Edgar é executado, descobrimos pouco a pouco suas reais intenções e sua história, marcada por um terrível acidente e um amor que ele jamais esqueceu.

Crítica: o longa-metragem de ação é pioneiro no trabalho de efeitos visuais no Brasil. Bastante ágil e com uma trilha sonora eletrizante, chama a atenção pela construção estética e por todas as misturas feitas pelo cineasta que também assina o roteiro e a produção, além de participar da montagem.
Aqui conhecemos Edgar, interpretado por Fernando Alves Pinto, um rapaz sarcástico e observador que nos narra a história em primeira pessoa, nos conduzindo em um plano elaborado por ele para algo que não sabemos bem do que se trata. Edgar nos apresenta bandidos de diversos níveis, políticos corruptos, um casal de advogado e promotora, mas sem muitas explicações sobre seu plano. Não há uma ideia exata de onde tudo isso irá parar.
A linguagem é irônica e crítica (de forma bem leve) e as cenas de suspense e ação surpreendem com várias reviravoltas na trama que, também, conta com um pouco de romance. Mas todo esse ritmo só prende mesmo a atenção do espectador do meio para o final. No início, a trama escorrega e não é bem direcionada. 
O esforço e a criatividade do cineasta merecem reconhecimento. 

Avaliação: **

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Sherlock Holmes 2: O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes: a Game of Shadows)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Ação
Duração: 129 min
Direção: Guy Ritchie
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Noomi Rapace, Rachel McAdams, Jared Harris, Stephen Fry, Paul Anderson, Kelly Reilly, Geraldine James, Eddie Marsan, William Houston e Wolf Kahler.

Sinopse: dessa vez, Sherlock Holmes e Dr. Watson precisam lutar contra o professor Moriarty.

Crítica: bons momentos de ação, personagens impagáveis e diversão garantida. É o que promete o filme, que conta com uma direção de arte impecável na reprodução da época e dos cenários onde a história se passa. Os efeitos visuais compensam a artificialidade de algumas sequências e a trama não tão estruturada.
A trilha sonora de Hans Zimmer mais uma vez dá o toque característico de investigação que a trama precisa, sem nunca cair no caricato. Uma notável sequência é a do tiroteio na floresta, um espetáculo visual.
Noomi Rapace tem pouca energia em cena e nem mesmo suas habilidades contribuem para algo importante da história. Subutilizada pelo roteiro, a atriz não consegue substituir Rachel McAdams. A principal adição ao elenco fica com Stephen Fry na pele de Mycroft Holmes, irmão de Sherlock.

Avaliação: ***

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À Beira do Abismo (Man on a Ledge)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Suspense
Duração: 102 min
Direção: Asger Leth
Elenco: Elizabeth Banks, Sam Worthington, Jamie Bell, Ed Harris, Edward Burns, Anthony Mackie, Kyra Sedgwick, Genesis Rodriguez e William Sadler.

Sinopse: um ex-policial (Sam Worthington) procurado pela justiça resolve se matar pulando do alto de um prédio de Nova York. Uma vez notificada, a polícia da cidade se mobiliza para tentar impedir que ele acabe com a própria vida, levando para o local inclusive uma policial psicóloga (Elizabeth Banks) especialmente requisitada por ele. O que ela percebe, à medida que conversa com o homem no parapeito do prédio, é que tudo o que está acontecendo ali parece cada vez mais um jogo de cena, mas, para acobertar exatamente o quê?

Crítica:
Avaliação: a conferir

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O Dia em que Eu Não Nasci (Das Lied in Mir)

País: Alemanha/Argentina
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 94 min
Direção: Florian Micoud Cossen
Elenco: Jessica Schwarz, Michael Gwisdek, Rafael Ferro, Beatriz Spelzini, Alfredo Castellani, Marcela Ferrari e Carlos Portaluppi.

Sinopse: durante escala em Buenos Aires, Maria reconhece uma canção de ninar cantada por uma jovem mãe. Emocionada, liga para o pai, na Alemanha. Ele revela então que ela passou os primeiros anos da sua vida em Buenos Aires, durante a ditadura militar, e que os pais que pensou serem os seus, na verdade a adotaram.

Crítica: a direção é precisa e competente. Uma história bem conduzida, com uma narrativa bastante clara. Diálogos excelentes, críticas contundentes e um elenco formidável.
Apesar do assunto (ditadura militar) já ter sido retratado inúmeras vezes no cinema, a trama surpreende e não cai na mesmice. Pelo contrário, o cineasta demonstra muito domínio e sensibilidade na abordagem do drama, sem ser melodramático.

Curiosidade: Prêmio de Crítica e Público no Festival de Cinema de Montreal.
Eleito 'Melhor Filme' no Festival de Zurique.

Avaliação: ****

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Precisamos Falar sobre o Kevin (We Need to Talk About Kevin)

País: Inglaterra/EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Lynne Ramsay
Elenco: Tilda Swinton, John C. Reilly, Ezra Miller, Siobhan Fallon e Ursula Parker.

Sinopse: Eva (Tilda Swinton) é mãe de Kevin (Ezra Miller), adolescente que cometeu assassinato em massa em sua escola. Sem conseguir entender as ações do filho, ela tenta lidar com sua dor e o sentimento de culpa, por se sentir responsável pelo fato.

Crítica: a história, baseada no livro de Lionel Shriver, é um relato aterrorizante sobre o relacionamento entre mãe e filho.
O início da trama, um pouco lento, apresenta os personagens. Demoramos a compreender porque Eva é tão triste, solitária, amargurada e maltratada por todos. Mas a espera vale a pena. Não só pela trama em si, como bela impressionante interpretação de Tilda Swinton, que terá seu nome entre os concorrentes ao Oscar.
É um filme tenso e questionador sobre educação entre pais e professores, sobre o quanto de culpa uma mãe tem na educação de um filho.  
O motivo de Eva viver assim vem do seu passado, da época em que foi casada com Franklin (John C. Reilly) com quem teve duas crianças, um menino e uma menina. O filme foca basicamente no relacionamento de Eva e seu primogênito Kevin (interpretado de maneira exemplar por Jasper Newell e Ezra Miller, adolescente e criança, respectivamente). É um relacionamento extremamente desgastante entre mãe e filho, desde a infância. Após tantos episódios de desentendimentos paternais, o desfecho dessa relação é mais perturbador do que poderíamos imaginar. É aí que o diretor peca, exagerando em situações e consequências. O perfil do adolescente que deveria ser de alguém perturbado acaba tornando-se algo mais voltado para o terror. Ou seja, perde-se o foco inicial que seria o do questionamento sobre até que ponto a educação dos pais interfere no futuro dos filhos.

Curiosidade: adaptação do best-seller homônimo de Lionel Shriver.
Melhor Filme no Festival de Cinema de Londres de 2011

Avaliação: ****

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As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Animação
Duração: 107 min
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Jamiel Bell, Andy Serkis e Daniel Craig.

Sinopse: Tintin e o capitão Haddock partem em busca de um tesouro perdido.

Crítica: fantasia, ficção científica, espionagem, mistérios e humor, a fórmula consegue prender a atenção de pessoas de todas as idades.
A tecnologia digital é valiosa, mas a direção cuidadosa de Spielberg é a garantia do sucesso da animação. Ele conseguiu adaptar, com maestria, o personagem criado pelo cartunista belga Georges Rémi, ou Hergé.
Em todos os episódios, Tintim e seus amigos enfrentam vilões sempre dispostos a fazer maldades, e viajam a lugares bonitos e exóticos, desde o Tibete até a Lua ou do Egito às profundezas do oceano, perseguindo a verdade e a justiça.
Enfim, uma aventura infanto-juvenil bem divertida.

Avaliação: ***

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O Super Lobista (Casino Jack)

País: Canadá
Ano: 2010
Gênero: Biografia, drama
Duração: 108 min
Direção: George Hickenlooper
Elenco: Kevin Spacey, Barry Pepper, Graham Greene, Ruth Marshall, John Robinson, Hannah Endicott e Jason Weinberg.

Sinopse: um lobista muito famoso de Washington tem que jogar duro para vencer, já que é o responsável por cuidar de cassinos e influenciar a política dos Estados Unidos em prol do jogo. Acontece que ele acaba aproveitando sua íntima ligação com altos escalões do governo para fugir das acusações de assassinato e corrupção. Inspirado em fatos verídicos.

Crítica: uma história real, porém, mal contada. A direção não foi eficiente na edição e no roteiro. O filme não empolga, a não ser mais para o final da trama e, mesmo assim, pelos  acontecimentos em si. Nada devido ao esforço dos atores, todos com atuação mediana, inclusive Kevin Spacey, ou à narrativa, ou aos diálogos. Muitas sequências são desnecessárias e tudo parece não se conectar.
Algumas cenas verídicas são mescladas às fictícias, mas nada parece de verdade realmente.
Não é à toa que no Brasil não chegou sequer ao cinema, e sim apenas em DVD.

Avaliação: **

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Espião que Sabia Demais (Tinker, Tailor, Soldier, Spy)

País: Reino Unido/França/Alemanha
Ano: 2011
Gênero: Suspense
Duração: 127 min
Direção: Tomas Alfredson
Elenco: Tom Hardy, Colin Firth, Gary Oldman, Mark Strong, Stephen Graham, Amanda Fairbank-Hynes, Ciarán Hinds, John Hurt, Zoltán Mucsi e Péter Kálloy Molnár, Ilona Kassai.

Sinopse: durante o período da Guerra Fria, os britânicos começam a desconfiar que estão sendo espionados por alguém do alto escalão do exército soviético. Para investigar o caso com toda a cautela que a situação exige, George Smiley (Gary Oldman) abandona a aposentadoria para encobrir agente soviético do MI6.

Crítica: um filme de espionagem, mistério e traição, inspirado no livro homônimo do escritor britânico John le Carré. O roteiro liga toda essa história em uma linha do tempo de ordem cronológica, voltando apenas, em flashbacks, onde cenas são relembradas pelos próprios personagens.
O mais interessante do roteiro foi que conseguiram reconectar os personagens no presente, no passado e no que está prestes a acontecer. Todos ali são suspeitos. A adaptação do livro foi ousada, pois os roteiristas tiveram que trabalhar bastante a mente para fazer cada cena se conectar com outra.
Porém, faltou mais simplicidade à trama. Complexo em seus personagens e sequências e, às vezes, na tentativa de tornar tudo sombrio e nebuloso demais, acabou pecando pelo excesso. Houve excesso também no tempo da trama, que acabou ficando monótona e maçante.

Avaliação: ***

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Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual

Título original: Medianeras
País: Argentina
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Gustavo Taretto
Elenco: Inés Efron, Carla Peterson, Adrian Navarro, Javier Drolas, Rafael Ferro e Pilar López de Ayala.

Sinopse: Mariana e Martin vivem na mesma quadra, em apartamentos um de frente para o outro, mas nunca conseguem se encontrar. Eles se cruzam sem um saber da existência do outro. Ela sobe as escadas, ele desce as escadas; ela entra no ônibus, ele sai do ônibus. Eles frequentam a mesma videolocadora, sempre com um stand de filmes os separando. Eles sentam na mesma fileira em um cinema, mas a sala é escura. A cidade que os coloca juntos é a mesma que os separa.

Crítica: uma excelente obra argentina e uma direção primorosa. Crítica, precisa, direta e muito criativa. Maravilhosos personagens em situações incríveis.
Um assunto atual narrado com inteligência, sensibilidade e humor. Imperdível!

Avaliação: ****

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Cavalo de Guerra (War Horse)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 146 min
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Jeremy Irvine, Tom Hiddleston, David Thewlis, Emily Watson, Benedict Cumberbatch, Toby Kebbell, Peter Mullan, David Kross, Eddie Marsan, Geoff Bell e Niels Arestrup

Sinopse: mostra a história de amizade entre um cavalo chamado Joey e o jovem Albert (Jeremy Irvine), que o domestica e o treina, na Inglaterra. Quando Joey é vendido à cavalaria e mandado para o combate durante a Primeira Guerra Mundial, eles são forçados a se separar e Albert inicia sua jornada em busca do amigo, na França, inspirando a vida de todos que encontra em seu caminho.

Crítica: não é uma obra-prima, mas um dos grandes trabalhos de Spielberg, ainda mais quando se trata de comoção. Ele consegue, como poucos, emocionar toda uma plateia.
Uma megaprodução, uma direção precisa e uma trama que cresce à medida que seus personagens vão sendo apresentados. Um deles é Joey, cuja maturidade vem quando decide partir para a guerra.
A abordagem sobre o sofrimento do cavalo em tempos de guerra é pioneira no cinema. As cenas são fortes e incomodam; impossível não se emocionar. Decididamente, não é um filme para crianças.

Avaliação: ****

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Inquietos (Restless)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 91 min
Direção: Gus Van Sant
Elenco: Henry Hopper, Mia Wasikowska, Ryo Kase e Schuyler Fisk.

Sinopse: dois jovens, Enoch e Annabel, se conhecem de forma inusitada: em um velório. A partir daí, constroem um amor profundo e duradouro. Uma análise sobre a amizade e o amor, que podem ser tão atraentes e verdadeiros como provocativos e agitados, ou melhor, inquietos.

Crítica: Gus Van Sant faz mais um excepcional trabalho. Diretor de sucessos como Milk, Paranoid Park, Paris, Eu Te Amo, Elefante, Encontrando Forester, de diferentes estilos, ele consagra-se aqui como um grande diretor.
Uma história de amor incomum, contada de forma brilhante, e com as atuações exemplares e comoventes de Mia Wasikowska e Henry Hopper. A dupla é perfeita.
Apesar de parecer mórbido a princípio, o roteiro conduz com leveza a abordagem sobre a morte. Uma visão diferente e um final otimista. Imperdível!

Avaliação: ****

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Margin Call – O Dia Antes do Fim (Margin Call)

País: EUA
Gênero: Drama
Direção: J.C. Chandor
Elenco: Kevin Spacey, Jeremy Irons, Paul Bettany, Zachary Quinto, Demi Moore, Simon Baker e Penn Badgley.

Sinopse: a trama envolve funcionários de uma empresa de investimento durante um período de 24 horas, na fase inicial da crise financeira de 2008. Quando o analista de operações Peter Sullivan (Zachary Quinto) acessa informações que podem revelar a queda da empresa, uma montanha-russa de decisões financeiras e morais empurra a vida de todos os envolvidos para um completo desastre.

Crítica: o assunto é atual e a direção, bem madura. Com foco preciso, faz uma dura crítica à sociedade e aos seus valores, tidos como certos.
As atuações de maior destaque são de Jeremy Irons (acima da média e de seus trabalhos até então), Paul Bettany (de ‘A Mente Brilhante’ e ‘Criação’) e Zachary Quinto. Os demais deixam a desejar; até mesmo Kevin Spacey, que não está em sua melhor performance.
Apesar de ser um assunto interessante e envolvente, peca um pouco pela complexidade das informações e diálogos. Para atingir o público leigo no assunto, deveria ter sido mais didático e ter usado uma linguagem mais coloquial e direta.
De qualquer forma, prende a atenção e vale a pena conferir.

Avaliação: *** 

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Românticos Anônimos (Les Émotifs Anonymes)

País: França/Bélgica
Gênero: Comédia romântica
Direção: Jean-Pierre Améris
Elenco: Benoít Poelvoorde, Isabelle Carré, Lorella Cravotta, Lise Lamétrie, Swann Arlaud, Pierre Niney e Stéphan Wojtowicz.

Sinopse: Jean-René e Angélique compartilham da mesma paixão, o chocolate. Ele dono de uma de uma pequena fábrica de chocolate e ela uma talentosa cozinheira recém-contratada para o local. Os dois se apaixonam, mas por serem muito tímidos, fica tudo muito complicado.

Crítica: uma excelente comédia francesa. Bons atores, diálogos inteligentes e situações engraçadíssimas.
Apesar da previsibilidade comum em comédias românticas, o cineasta consegue abusa da criatividade.
Os atores são excelentes. Uma bela e hilária história. Diversão garantida!

Avaliação: ***

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Alvin e os Esquilos 3 (Alvin and the Chipmunks: Chip-Wrecked)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Animação
Duração: 87 min
Direção: Mike Mitchell
Elenco: -

Sinopse: de férias a bordo de um luxuoso cruzeiro, Alvin, Simon, Theodore e as Esquiletes estão agindo como de costume, transformando o navio em seu playground pessoal, até que eles ficam encalhados em uma ilha deserta. Enquanto Dave Seville procura neuroticamente por sua equipe desaparecida, os ‘Esquilos e as Esquiletes’ fazem o que fazem de melhor ─ cantam, dançam e causam confusão. Mas eles terão uma surpresa quando embarcam em uma aventura insular com seu novo amigo ─ um náufrago que é mais do que páreo para Alvin e os Esquilos.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Embargo (Embargo)

País: Portugal/Brasil/Espanha
Ano: 2010
Gênero: Comédia dramática
Duração: 83 min
Direção: Antônio Ferreira
Elenco: Filipe Costa, Cláudia Carvalho, Pedro Diogo, Fernando Taborda e José Raposo.

Sinopse: Nuno (Filipe Costa) inventou uma máquina que promete revolucionar a indústria de sapatos – um digitalizador de pés. No meio de um embargo petrolífero e deparando-se com uma estranha dificuldade, Nuno tenta obstinadamente vender a máquina, obcecado por um sucesso que o fará melhorar algumas das coisas essenciais da sua vida. Quando Nuno fica estranhamente enclausurado no seu próprio carro e perde uma oportunidade única de finalmente produzir o seu invento, vê subitamente a sua vida embargada. Adaptado do conto homônimo de José Saramago.

Crítica: a premissa do filme interessante, ainda mais por ser adaptado do conto homônimo de José Saramago, incluído na obra ‘Objeto Quase’, escrito em 1978, que aborda a crise petrolífera em 1973, originada pelo conflito entre israelitas e árabes no Yom Kippur.
As referências provenientes dos irmãos Coen são claras, principalmente no que toca à estética utilizada no filme.
Com uma postura crítica, prende a atenção do espectador, sobretudo, no que diz respeito às situações vivenciadas pelo protagonista Nuno. No entanto, o conteúdo não é desenvolvido de forma eficiente. A argumentação não é muito sólida e a trama perde a força e o ritmo. Resultado: longo demais para o que tinha a contar.

Avaliação: **

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A Guerra Está Declarada (La Guerre est Declarée)

País: França
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Valérie Donzelli
Elenco: Valérie Donzelli, Jérémie Elkaïm, César Desseix, Gabriel Elkaïm, Brigitte Sy, Elina Löwensohn, Michèle Moretti, Philippe Laudenbach, Bastien Bouillon e Béatrice De Staël.

Sinopse: quando Roméo (Jérémie Elkaïm) e Juliette (Valérie Donzelli) se conhecem, brincam com a coincidência dos nomes e, em tom de piada, declaram estar fadados a um destino trágico. Os dois se apaixonam, casam e têm seu primeiro filho, Adam. Mas a ilusão do conto de fadas se quebra após uma visita ao pediatra, que diagnostica um tumor cerebral no menino. A partir daí, a rotina da família se transforma numa constante jornada por corredores de hospitais. E a doença do filho vai obrigar o casal a enfrentar problemas reais da vida adulta.

Crítica: retrata a batalha da vida cotidiana por meio da história de amor e luta de um jovem em meio a uma tragédia: um filho com um tumor maligno no cérebro.
Apesar do peso da história, a direção inteligente não deixa a trama tornar-se um dramalhão. É, sim, um drama sensível, mas longe do sentimento de autopiedade.
Seus personagens otimistas lutam, cada um a seu jeito, para driblar a situação difícil e seguir adiante.
Indicado pela França ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ‘A Guerra Está Declarada’ é inspirado na vida pessoal dos realizadores. Donzelli e Elkaïm formam um casal na vida real e têm um filho em situação parecida à narrada no filme. Isso tornou tudo muito natural na trama, com uma narrativa simples e verdadeira.
Mesmo sendo triste, a história é repleta de nuances e chega a ser até divertida em certos momentos.
Apenas estende-se um pouco além da conta, o que pode fazer com que alguns espectadores percam parte do interesse em assisti-lo.

Avaliação: ***

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