Sieranevada
País: Romênia/
França/ Bósnia/ Croácia/ Macedônia
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 173
min
Direção: Cristi
Puiu
Elenco: Mimi
Branescu, Judith State, Bogdan Dumitrache e Dana Dogaru.
Sinopse: Lary (Mimi Branescu) e a família vão para a
casa onde ele cresceu, pois faz um ano que seu pai morreu. Sua mãe e os irmãos
também vão para lá, onde será realizada uma benção. Enquanto esperam, as
conversas paralelas revelam desde banalidades da vida cotidiana até conflitos
entre alguns integrantes da família.
Crítica: “Sieranevada” é na verdade um grande exercício
de narrativa, a exemplo de alguns filmes franceses.
O filme expõe, depois de
uma cena inicial com a câmera praticamente parada – que é a abertura da trama,
uma explosão de diálogos exaltados e, assim, segue durante quase três horas de
duração, alternando períodos calmos e exasperados.
Os temas são diversos, dos
mais banais aos mais sérios, com debates bem acalorados: religião, política,
internet, economia e amenidades.
Mas, basicamente, o longa
divide-se em três momentos distintos: a espera pelo padre ortodoxo que fará uma
cerimônia pela alma do patriarca falecido, quando todos os códigos de narrativa
são estabelecidos e revelados; a aparição do padre em si, quando surge o
contraste entre a devoção e a descrença entre integrantes da família; e o
popular barraco, quando é hora de lavar roupa suja de vez. E em cada uma dessas
partes há um clímax.
Apesar da extensa duração
(realmente o longa poderia ser mais enxuto), os conflitos são bem expostos e
argumentados e a naturalidade dos atores em cena impressiona. De fato, somos
capturados pelas conversas entusiasmadas dessa família que tem diferenças e
altos e baixos como qualquer uma.
Sem dúvida, uma ousada e
arriscada forma de se fazer cinema.
Avaliação:
***
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