quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Sieranevada

País: Romênia/ França/ Bósnia/ Croácia/ Macedônia
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 173 min
Direção: Cristi Puiu
Elenco: Mimi Branescu, Judith State, Bogdan Dumitrache e Dana Dogaru.

Sinopse: Lary (Mimi Branescu) e a família vão para a casa onde ele cresceu, pois faz um ano que seu pai morreu. Sua mãe e os irmãos também vão para lá, onde será realizada uma benção. Enquanto esperam, as conversas paralelas revelam desde banalidades da vida cotidiana até conflitos entre alguns integrantes da família.

Crítica: “Sieranevada” é na verdade um grande exercício de narrativa, a exemplo de alguns filmes franceses.
O filme expõe, depois de uma cena inicial com a câmera praticamente parada – que é a abertura da trama, uma explosão de diálogos exaltados e, assim, segue durante quase três horas de duração, alternando períodos calmos e exasperados.  
Os temas são diversos, dos mais banais aos mais sérios, com debates bem acalorados: religião, política, internet, economia e amenidades.
Mas, basicamente, o longa divide-se em três momentos distintos: a espera pelo padre ortodoxo que fará uma cerimônia pela alma do patriarca falecido, quando todos os códigos de narrativa são estabelecidos e revelados; a aparição do padre em si, quando surge o contraste entre a devoção e a descrença entre integrantes da família; e o popular barraco, quando é hora de lavar roupa suja de vez. E em cada uma dessas partes há um clímax.
Apesar da extensa duração (realmente o longa poderia ser mais enxuto), os conflitos são bem expostos e argumentados e a naturalidade dos atores em cena impressiona. De fato, somos capturados pelas conversas entusiasmadas dessa família que tem diferenças e altos e baixos como qualquer uma.
Sem dúvida, uma ousada e arriscada forma de se fazer cinema.

Avaliação: ***

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