O Confeiteiro (The Cakemaker)
País: Alemanha/Israel
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 105
min
Direção: Ofir
Raul Graizer
Elenco: Tim Kalkhof, Sarah Adler e Roy Miller.
Sinopse: Thomas (Tim Kalkhof) é um alemão dono de uma
confeitaria que viaja para Jerusalém em busca da esposa e filho de Oren (Roy
Miller), seu amante morto. Ao chegar lá ele começa a trabalhar para a viúva de
seu amante, que não tem ideia de que eles compartilham uma tristeza sem nome
sobre o mesmo homem.
Crítica: um executivo entra em um pitoresco café em
Berlim e pede um doce que sempre leva dali para a mulher. Solícito, o
confeiteiro o serve e acaba envolvido em uma conversa. O executivo, então, lhe
pede ajuda para escolher um presente para o filho quando o atendente terminar
seu turno. Na próxima tomada, eles já estão entre portas fechadas em um terno
abraço.
O filme é dedicado não à
relação entre o executivo Oren (Roy Miller) e o confeiteiro Thomas (Tim Kalkhof),
mas à dor desse último quando seu amante morre em um acidente de carro.
A fim de descobrir o que
houve, de conhecer a família de Oren, de saber de fato como e onde ele vivia,
Thomas parte para Jerusalém, procura a viúva de Oren, Anat (Sarah Adler) e começa
a trabalhar no café que ela administra se envolvendo em sua vida.
O café se torna um sucesso
com seus cookies e bolos. Thomas também se aproxima do filho, Itai.
O que se segue é o retrato
de duas pessoas profundamente machucadas por uma perda e como suas dores
propõem uma aproximação. Diante da ausência de uma pessoa amada, o cenário
armado para ambos em “The Cakemaker” faz a pergunta: até que ponto a busca por
reparação emocional está ligada à sexualidade?
Tudo isto é colocado na
tela de maneira silenciosa, em que nem atuação nem elementos cênicos fazem
muito alarde, quase sem cenas de nudez – tudo muito sutil. Merece destaque a
atuação de Tim Kalkhof (que faz o papel de Thomas).
Interessante é a abordagem
do choque cultural experimentado por Thomas na Cidade Sagrada. Um alemão numa
região judia, ele é segregado pela sociedade ao redor. Os familiares de Anat
são religiosos e interferem de várias maneiras na sua vida. O embate é
inevitável.
Mesmo indo contra todos os
sinais, Anat aproxima-se de Thomas, mas a verdade logo virá à tona, causando
mais dor ainda e graves consequências.
“The Cakemakeer” não traz
respostas, mas mostra uma situação pela qual qualquer um de nós poderia passar.
Avaliação: ***
0 comentários:
Postar um comentário