sábado, 22 de dezembro de 2018

O Confeiteiro (The Cakemaker)


País: Alemanha/Israel
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Ofir Raul Graizer
Elenco: Tim Kalkhof, Sarah Adler e Roy Miller.

Sinopse: Thomas (Tim Kalkhof) é um alemão dono de uma confeitaria que viaja para Jerusalém em busca da esposa e filho de Oren (Roy Miller), seu amante morto. Ao chegar lá ele começa a trabalhar para a viúva de seu amante, que não tem ideia de que eles compartilham uma tristeza sem nome sobre o mesmo homem.

Crítica: um executivo entra em um pitoresco café em Berlim e pede um doce que sempre leva dali para a mulher. Solícito, o confeiteiro o serve e acaba envolvido em uma conversa. O executivo, então, lhe pede ajuda para escolher um presente para o filho quando o atendente terminar seu turno. Na próxima tomada, eles já estão entre portas fechadas em um terno abraço.
O filme é dedicado não à relação entre o executivo Oren (Roy Miller) e o confeiteiro Thomas (Tim Kalkhof), mas à dor desse último quando seu amante morre em um acidente de carro.
A fim de descobrir o que houve, de conhecer a família de Oren, de saber de fato como e onde ele vivia, Thomas parte para Jerusalém, procura a viúva de Oren, Anat (Sarah Adler) e começa a trabalhar no café que ela administra se envolvendo em sua vida.
O café se torna um sucesso com seus cookies e bolos. Thomas também se aproxima do filho, Itai.
O que se segue é o retrato de duas pessoas profundamente machucadas por uma perda e como suas dores propõem uma aproximação. Diante da ausência de uma pessoa amada, o cenário armado para ambos em “The Cakemaker” faz a pergunta: até que ponto a busca por reparação emocional está ligada à sexualidade?
Tudo isto é colocado na tela de maneira silenciosa, em que nem atuação nem elementos cênicos fazem muito alarde, quase sem cenas de nudez – tudo muito sutil. Merece destaque a atuação de Tim Kalkhof (que faz o papel de Thomas).
Interessante é a abordagem do choque cultural experimentado por Thomas na Cidade Sagrada. Um alemão numa região judia, ele é segregado pela sociedade ao redor. Os familiares de Anat são religiosos e interferem de várias maneiras na sua vida. O embate é inevitável.
Mesmo indo contra todos os sinais, Anat aproxima-se de Thomas, mas a verdade logo virá à tona, causando mais dor ainda e graves consequências.
“The Cakemakeer” não traz respostas, mas mostra uma situação pela qual qualquer um de nós poderia passar.

Avaliação: ***

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