terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Roma



País: México/EUA
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 135 min
Direção: Alfonso Cuarón
Elenco: Yalitza Aparicio, Nancy García García e Marina de Tavira.

Sinopse: cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.

Crítica: o diretor de “Gravidade” (2013) aposta agora em uma história intimista, familiar e autobiográfica.
O retrato da empregada Cleo (Yalitza Aparício) que conviveu por anos com sua família é feito de maneira fiel e, em suas mãos, ganha uma produção peculiar. Ele consegue atrair o espectador para o que ele quer contar. A primeira imagem (que permanece na tela por alguns instantes) já é bem interessante.
A fotografia do filme em preto e branco torna-o ainda mais atraente. Os diálogos, as situações, os acontecimentos em si, os detalhes nas imagens, nos objetos, nos gestos – tudo deixa nítida a distinção gigante entre as classes sociais.
Mesmo convivendo com a família, nunca deixará de ser a empregada e a babá, que dorme no emprego e que faz tudo e um pouco mais. Ela busca a felicidade, contudo é discriminada até entre os seus.
O sorriso fácil no início da história se perde depois que ela tem uma grande desilusão. Paralelamente, acompanhamos o drama da sua patroa em meio a um divórcio que tenta esconder dos 4 filhos.
Cleo vê tudo, sabe de todos os segredos da família, mas permanece calada. Mesmo em meio a rompantes de fúria dos patrões. A sua participação é tão marcante no dia a dia que é impossível não compartilhar.
A reconstituição da época (anos 70) é perfeita: figurinos, carros, ônibus, ruas, cinema, letreiros, publicidade. E ainda há espaço para movimentos de estudantes, artistas famosos, programas de TV, bandinhas de música e vendedores de rua. Essas inserções são muito bem postas em cena, revelando discrepâncias enormes na sociedade. A crítica social está sempre presente.
O final vem de repente. Encerra-se de forma que fica claro que tudo continuará como antes. “C'est la vie”.

Avaliação: ****

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