segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A Escala Humana (The Human Scale)


País: Dinamarca/Bangladesh/China/Nova Zelândia/EUA
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 83 min
Direção: Andreas Dalsgaard e Simon Lereng Wilmont
Elenco: Jan Gehl

Sinopse: em pleno século XXI, cerca de 50% da população mundial vive em áreas urbanas, e este número vai subir para 80% em 2050. O documentário dirigido por Andreas Dalsgaard reúne depoimentos de pensadores, arquitetos e urbanistas sobre a vida moderna, questionando o que acontece quando as pessoas tornam-se o centro do nosso planejamento.

Crítica: o documentário divide-se em 5 capítulos, sendo que em cada um é mostrado um país e questionamentos acerta do crescimento urbano.
Partindo-se das ideias do arquiteto e urbanista Jan Gehl, pergunta-se às pessoas o que elas querem na cidade onde vivem, como acreditam ser possível melhorar a qualidade de vida nas ruas.
Independente do lugar – EUA, China, Bangladesh, Austrália, Nova Zelândia, Dinamarca – todas parecem querer o mesmo: um lugar agradável onde pessoas possam se encontrar, se conhecer, se conectar. Compartilhar um momento bom, um café, um passeio, um relaxamento em meio aos arranha-céus, é o que a maioria deseja.
O modelo de grandes cidades e seus viadutos, pontes e autoestradas com milhares de carros hoje está sendo deixado para trás.
Copenhague (capital da Dinamarca) é um exemplo concreto dessa transformação. Lá 35% das pessoas se locomovem de bicicleta e 24% de carro.
Nem todos podem seguir exatamente o mesmo molde, mas cada país pode se adequar à sua maneira, de acordo com o que o espaço permite.
Melbourne (segunda cidade mais populosa da Austrália) criou espaços entre cada bloco de quarteirões, com inúmeros cafés.
Nova Iorque (nos EUA) fechou ruas na Times Square para dar espaço a praças com mesinhas e calçadões para as pessoas caminharem. Cidades em outros estados americanos estão buscando transformações assim também.
Christchurch (na Nova Zelândia), após um grande terremoto ocorrido em 2011, tenta mudar sua paisagem construindo prédios mais baixos e também criando áreas de lazer no centro da cidade.
Todas essas iniciativas são inspiradas no trabalho de Gehl, que, por sua vez, começou seus estudos sobre como mudar a paisagem urbana na cidade de Siena, na Itália, famosa por sua praça 360º. Percebeu como é prazeroso sentar à sombra, tomar café, comer algo, conversar com o outro. E lá todos praticam tal rotina.
Ele acredita que pode-se viver nos grandes centros sem viver isolado. É possível compartilhar, participar, interagir.
Jardins, parque e eventos ao ar livre atraem gente e, por isso mesmo, devem ser priorizados. Pessoas, e não carros devem tomar às ruas.
A solução não é fácil. A população da megacidade chinesa, Chongqing, por exemplo, não para de crescer. Já são 30 milhões de habitantes e uma imensidão de prédios gigantescos engolindo os pequenos bairros e casas.
Dhaka, capital de Bangladesh, recebe 1.000 pessoas por ano (migrando do interior do país) atrás de empregos. De 7 milhões de habitantes (hoje) passará para 10 milhões até 2020.
A cidade vive um caos: pobreza, lixões, trânsito problemático, falta de estacionamento, lençóis freáticos poluídos, produtos alimentícios intoxicados. E o governo investe somente em construção de mais viadutos e autoestradas.
Nesses casos, o empenho de cada indivíduo é necessário. Sua voz precisa ser ouvida nas redes sociais, campanhas precisam conscientizar as pessoas de que a mudança é necessária: menos carros. Consequentemente, teremos mais áreas verdes, mais ar puro, mais saúde, mais qualidade para viver.
Não se quer impedir o crescimento, quer-se aprender a viver harmoniosamente e em equilíbrio com ele.

Avaliação: ***

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