Todos já Sabem (Todos lo Saben)
País: Espanha/França/Itália
Ano: 2018
Gênero: Suspense
Duração: 133
min
Direção: Asghar
Farhadi
Elenco: Penélope Cruz, Javier Bardem, Ricardo Darín,
Eduard Fernández, Bárbara Lennie, Inma Cuesta, Elvira Minguez, Sara Sálamo e
José Angel Egido.
Sinopse: quando sua irmã se casa, Laura (Penélope Cruz)
retorna à Espanha natal para acompanhar a cerimônia. Por motivos de trabalho, o
marido argentino (Ricardo Darín) não pode ir com ela. Chegando no local, Laura
reencontra o ex-namorado, Paco (Javier Bardem), que não via há muitos anos.
Durante a festa de casamento, uma tragédia acontece. Toda a família precisa se
unir diante de um possível crime de grandes proporções, enquanto se questionam
se o culpado não está entre eles. Na busca por uma solução, segredos e mentiras
são revelados sobre o passado de cada um.
Crítica: o iraniano Asghar Farhadi já provou em filmes
anteriores (O Passado, Procurando Elly e O Apartamento) o talento para suspenses
envolvendo situações embaraçosas e conflitos morais, religiosos, de gênero, de
gerações e de classes sociais.
Após a apresentação da família
“perfeita”, reunida para o casamento de Ana (Inma Cuesta), irmã de Laura (Penélope
Cruz), um acontecimento muda radicalmente a situação e o comportamento de
todos.
As pessoas se acusam, “lavam
roupa suja” e outras revelações surgem. Aí são expostos preconceitos, amarguras
do passado, arrependimentos. Os diálogos são bem eficientes; as atuações, nem tanto.
O elenco é caro, mas só se destaca mesmo Javier Bardem (como Paco). Penélope Cruz
deixa a desejar nas cenas de desespero. Ricardo Darín (Alejandro) tem pouco
tempo em cena, o que dificulta o desenvolvimento do seu personagem.
O final surpreende, mas
algumas amarras não parecem ser muito convincentes na história.
É interessante ver como as
pessoas se posicionam e mudam seu comportamento com o desenrolar da história. Além
da Laura (Penélope Cruz), de seu marido argentino Alejandro (Ricardo Darín), do
ex-namorado dela, Paco (Javier Bardem), Bea (Bárbara Lennie), a esposa de Paco,
Fernando (Eduard Fernández), tio de Laura, e Mariana (Elvira Minguez), mãe de
Laura, se veem transtornados com a tragédia que assombra a família.
O suspense é muitíssimo bem
construído, com uma tensão progressiva e sem melodramas. Todos são suspeitos. Para
aumentar a dúvida do espectador, religião, família patriarcal, poder
financeiro, descriminação social, traições são assuntos colocados na mesa.
É um filme bem estruturado,
de mais fácil acesso ao público, mas menos brilhante e misterioso que os
suspenses anteriores do diretor.
Avaliação: ***
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