Guerra Fria (Zimna Wojna)
País: Polônia/França/Reino
Unido
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 84
min
Direção: Pawel
Pawlikowski
Elenco: Joanna
Kulig, Tomasz Kot, Borys Szyc, Agata Kulesza, Cèdric Kahn e Jeanne Balibar.
Sinopse: uma história de amor entre duas pessoas de
origens distintas e temperamentos diferentes, fatalmente incompatíveis, mas
ainda assim fatalmente condenadas uma a outra. Tendo como pano de fundo a
Guerra Fria na década de 1950 na Polônia, em Berlim, na antiga Iugoslávia e em
Paris, o filme retrata um amor impossível em tempos impossíveis.
Crítica: o filme concorrente ao Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro de 2019 surpreende pela riqueza de emoções, pela retratação de uma
dura realidade social e política, pela sutileza do amor entre duas pessoas
diferentes, mas que se amavam.
Da Polônia a Paris,
acompanhamos Zula (Joanna Kulig) e Wiktor (Tomasz Kot) tentando, apesar das
dificuldades pessoais e as que lhe são impostas, ficar juntos. O encontro
ocorre em um programa que tenta descobrir talentos da música e da dança para
dar motivação aos jovens. Com uma bela voz e impulsionada por Wiktor, Zula
decola.
Zula propõe que fujam
juntos da Polônia, que caminha rumo ao socialismo com uma campanha política maciça.
Mas ela acaba recuando. Wiktor segue só, então, para Paris. Afinal, estava descontente
com a atual situação do país.
Depois de algum tempo Zula
surge na capital francesa. Reaproximam-se, ela grava um disco, começa a fazer
sucesso, contudo a união parece não funcionar e o distanciamento aumenta.
Ela vai embora e Wiktor
desespera-se. Vai a uma apresentação dela na Iugoslávia (também de governo socialista).
Não tendo mais passaporte polonês, ele é detido e mandado de volta para a
França.
Ele regressa novamente,
insistindo em permanecer, sendo então preso.
Zula fará um grande sacrifício
para tirá-lo da prisão. Após cinco anos, ele é solto. Mas suas vidas já não podem
seguir adiante, pelo menos não num país opressor. Eles não veem saída e optam
por uma solução final que os manterá “juntos” para sempre. No início do longa,
Zula promete que sempre estará com ele – até o fim.
O filme (todo em preto e
branco) é marcante, expressivo, belo e comovente. As atuações, o conteúdo, a narrativa, a edição das cenas e a fotografia revelam o trabalho de um grande diretor de uma grande obra.
Avaliação: ****
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