domingo, 10 de fevereiro de 2019

Guerra Fria (Zimna Wojna)


País: Polônia/França/Reino Unido
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 84 min
Direção: Pawel Pawlikowski
Elenco: Joanna Kulig, Tomasz Kot, Borys Szyc, Agata Kulesza, Cèdric Kahn e Jeanne Balibar.

Sinopse: uma história de amor entre duas pessoas de origens distintas e temperamentos diferentes, fatalmente incompatíveis, mas ainda assim fatalmente condenadas uma a outra. Tendo como pano de fundo a Guerra Fria na década de 1950 na Polônia, em Berlim, na antiga Iugoslávia e em Paris, o filme retrata um amor impossível em tempos impossíveis.

Crítica: o filme concorrente ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2019 surpreende pela riqueza de emoções, pela retratação de uma dura realidade social e política, pela sutileza do amor entre duas pessoas diferentes, mas que se amavam.
Da Polônia a Paris, acompanhamos Zula (Joanna Kulig) e Wiktor (Tomasz Kot) tentando, apesar das dificuldades pessoais e as que lhe são impostas, ficar juntos. O encontro ocorre em um programa que tenta descobrir talentos da música e da dança para dar motivação aos jovens. Com uma bela voz e impulsionada por Wiktor, Zula decola.
Zula propõe que fujam juntos da Polônia, que caminha rumo ao socialismo com uma campanha política maciça. Mas ela acaba recuando. Wiktor segue só, então, para Paris. Afinal, estava descontente com a atual situação do país.  
Depois de algum tempo Zula surge na capital francesa. Reaproximam-se, ela grava um disco, começa a fazer sucesso, contudo a união parece não funcionar e o distanciamento aumenta.
Ela vai embora e Wiktor desespera-se. Vai a uma apresentação dela na Iugoslávia (também de governo socialista). Não tendo mais passaporte polonês, ele é detido e mandado de volta para a França.
Ele regressa novamente, insistindo em permanecer, sendo então preso.
Zula fará um grande sacrifício para tirá-lo da prisão. Após cinco anos, ele é solto. Mas suas vidas já não podem seguir adiante, pelo menos não num país opressor. Eles não veem saída e optam por uma solução final que os manterá “juntos” para sempre. No início do longa, Zula promete que sempre estará com ele – até o fim.
O filme (todo em preto e branco) é marcante, expressivo, belo e comovente. As atuações, o conteúdo, a narrativa, a edição das cenas e a fotografia revelam o trabalho de um grande diretor de uma grande obra.

Avaliação: ****

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