A Revolução em Paris (Un Peuple et Son Roi)
País:
França
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 121min
Direção: Pierre
Schoeller
Elenco: Adèle Haenel, Louis Garrel, Olivier Gourmet, Noémie Lvovsky, Gaspard Ulliel, Laurent Lafitte e Denis Lavant.
Sinopse: em 1789, sob o reinado de Luís XVI, o povo
francês rebelase contra a monarquia e exige uma transformação na sociedade
baseada nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. A Revolução
em Paris, cruza os destinos de homens e de mulheres comuns com figuras
históricas. No coração da história, há o destino do rei e o surgimento da
República.
Crítica: o cinema francês adora abordar a Revolução
Francesa. Temos "A Marselhesa", de Jean Renoir; "Casanova e a Revolução", de Ettore Scola; "Danton – o Processo da Revolução", de Andrzej Wajda; "Caindo no Ridículo" (uma comédia satírica), de Patrice Leconte; "Maria Antonieta",
de Sofia Coppola; e agora, “A Revolução em Paris”.
Se o filme fosse um projeto
encomendado pelo governo francês para ser distribuído nas escolas, faria mais
sentido.
A narrativa é tão didática
que acaba por ser cansativa, antiquada e pouco atraente a quem vai ao cinema. O
exagero é extremo em toda a obra – didática demais, repleta de discursos
prontos e imponentes e extremamente partidária e doutrinadora.
Uma bela história para se
contar e tanto material, mas o diretor aposta num caminho duvidoso, de
personagens distantes, desumanizados. Nomes importantes para a Revolução, como
Robespierre (Louis Garrel) e Jean-Paul Marat (Denis Lavant), são subaproveitados
na trama.
Há acertos quando se inclui
cada núcleo social envolvido na revolução: pobres, ricos, constituintes. É interessante ver a união de todos
por um único objetivo: uma nação de igualdade, liberdade e fraternidade.
Destaca-se também a presença
marcante das mulheres (muito trabalhadoras) que também pegaram em armas para participar
da revolução.
A luta contra o poder de Luís
XVI e a desigualdade social da França no século XVIII merecia uma obra mais
engajada.
A trama é centrada logo após
a tomada da Bastilha, em julho de 1789, e a criação da Assembleia Nacional, um
passo crucial para a formação da República Francesa. Mas nesse ínterim, há fatos
pouco conectados e Luís XVI pouco aparece em tela até a cena grotesca da sua
decapitação na guilhotina. Apressa-se para um fim sem explicar devidamente porque
a história chegou a tal ponto.
Avaliação: **
0 comentários:
Postar um comentário