segunda-feira, 10 de junho de 2019

A Revolução em Paris (Un Peuple et Son Roi)



País: França
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 121min
Direção: Pierre Schoeller
Elenco: Adèle Haenel, Louis Garrel, Olivier Gourmet, Noémie Lvovsky, Gaspard Ulliel, Laurent Lafitte e Denis Lavant.

Sinopse: em 1789, sob o reinado de Luís XVI, o povo francês rebela­se contra a monarquia e exige uma transformação na sociedade baseada nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. A Revolução em Paris, cruza os destinos de homens e de mulheres comuns com figuras históricas. No coração da história, há o destino do rei e o surgimento da República.

Crítica: o cinema francês adora abordar a Revolução Francesa. Temos "A Marselhesa", de Jean Renoir; "Casanova e a Revolução", de Ettore Scola; "Danton – o Processo da Revolução", de Andrzej Wajda; "Caindo no Ridículo" (uma comédia satírica), de Patrice Leconte; "Maria Antonieta", de Sofia Coppola; e agora, “A Revolução em Paris”.
Se o filme fosse um projeto encomendado pelo governo francês para ser distribuído nas escolas, faria mais sentido.
A narrativa é tão didática que acaba por ser cansativa, antiquada e pouco atraente a quem vai ao cinema. O exagero é extremo em toda a obra – didática demais, repleta de discursos prontos e imponentes e extremamente partidária e doutrinadora.
Uma bela história para se contar e tanto material, mas o diretor aposta num caminho duvidoso, de personagens distantes, desumanizados. Nomes importantes para a Revolução, como Robespierre (Louis Garrel) e Jean-Paul Marat (Denis Lavant), são subaproveitados na trama.
Há acertos quando se inclui cada núcleo social envolvido na revolução: pobres, ricos, constituintes. É interessante ver a união de todos por um único objetivo: uma nação de igualdade, liberdade e fraternidade.
Destaca-se também a presença marcante das mulheres (muito trabalhadoras) que também pegaram em armas para participar da revolução.
A luta contra o poder de Luís XVI e a desigualdade social da França no século XVIII merecia uma obra mais engajada.
A trama é centrada logo após a tomada da Bastilha, em julho de 1789, e a criação da Assembleia Nacional, um passo crucial para a formação da República Francesa. Mas nesse ínterim, há fatos pouco conectados e Luís XVI pouco aparece em tela até a cena grotesca da sua decapitação na guilhotina. Apressa-se para um fim sem explicar devidamente porque a história chegou a tal ponto.

Avaliação: **

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