Minhas Tardes com Margueritte
Título original: La tête en friche
País: França
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 81 min
Direção: Jean Becker
Elenco: Gérard Depardieu, Gisèle Casadesus, Maurane, Patrick Bouchitey, Jean-François Stévenin, François-Xavier Demaison, Claire Maurier e Sophie Guillemin.
Sinopse: uma história sobre encontros inesperados da vida. Germain (Gérard Depardieu) é um iletrado e solitário homem. Para preencher suas tardes, ele faz amizade com a senhora Margueritte (Gisèle Casadesus), que o apresenta ao mundo maravilhoso dos livros.
Curiosidade: do mesmo diretor de ‘Conversas com Meu Jardineiro’.
Baseado no livro de Marie-Sabine Roger.
Crítica: filme doce e terno sobre a beleza e a profundidade que as relações humanas podem alcançar.
A partir do livro de Marie-Sabine Roger, o belo roteiro se centraliza na relação entre Germaine e Margueritte (Gisèle Casadesus, atuante no cinema francês desde os anos 30), uma simpática nonagenária apaixonada por livros. Num banco de jardim, alimentando os pombos, ambos amenizam a solidão conversando sobre Albert Camus e dicionários.
Gérard Depardieu interpreta (brilhantemente) Germain, um homem simplório, de poucos recursos intelectuais, mas de enorme coração. “Ler? Tentei uma vez e não deu muito certo”, afirma. Germain mora num trailer instalado no quintal de sua mãe, uma mulher problemática da qual ele não consegue se distanciar nem física nem emocionalmente. Quando questionado por que morar tão perto da mãe, ele diz que seu problema com ela fica dentro da cabeça.
O longa fala das diferenças que complementam as pessoas. Aborda as belas e simples coisas da vida e da morte, do amor e do abandono. Dirigido com sensibilidade e simplicidade, a trama tem poesia, profundidade, calor e muita ternura.
Uma sessão de cinema completa. Imperdível!
Avaliação: ****
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