O Amor Chega Tarde

Título original: Bis Später, Max!

País: Alemanha/Áustria/EUA

Ano: 2007

Gênero: Drama, romance

Duração: 86 min

Direção: Jan Schütte

Elenco: Otto Tausig, Rhea Perlman, John C. Vennema, Olivia Thirlby, Bunny Levine, Brad Lee Wind e Caroline Aaron.

Sinopse: Max (Otto Tausig), imigrante austríaco que vive em Nova York, está chegando aos 80 anos, mas sente que sua vida está apenas começando. Ele é um aclamado escritor de contos e sua vida amorosa é agitada, seja com relacionamentos reais ou apenas imaginados. Todo este vigor juvenil acaba colocando em risco seu caso com Reisel, a mulher que ama. Durante uma viagem de trem rumo a uma palestra, Max incorpora o personagem principal de sua última criação literária, e ficção e realidade se confundem definitivamente. Baseado na obra literária de Isaac Bashevis Singer.

Crítica: um singelo filme sobre solidão e velhice. Tudo gira em torno de Max Kohn (o veterano Otto Tausig), um escritor austríaco residente em Nova York, quase octogenário, que não consegue aceitar muito bem o fato de não ter mais a mesma disposição sexual de antes. Enquanto administra sua namorada ciumenta (Rhea Perlman, que fez sucesso no antigo seriado ‘Cheers’), Max viaja pelo país ministrando cursos e palestras, além de jogar charme para senhoras solitárias, reais ou imaginárias. Esse é o diferencial do longa, que ganha o espectador à medida que a trama se desenvolve. O ator Otto Tausig é para lá de carismático.

A mistura de drama com pitadas de um peculiar humor judaico (lembrando, de leve, um Woody Allen) acerta a medida. ‘O Amor Chega Tarde’ tem um ritmo contemplativo coerente com o do seu protagonista, e oferece uma bem-vinda dose de poesia, fantasia e afetividade.

Pena que sua estreia tenha ocorrido em poucas salas de cinema do país.

Avaliação: ****