segunda-feira, 30 de junho de 2014

O Último Amor de Mr. Morgan (Mr. Morgan's Last Love)

País: Bélgica/ Alemanha/ França/ EUA
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: Sandra Nettelbeck
Elenco: Michael Caine, Clémence Poésy, Gillian Anderson e Justin Kirk.

Sinopse: no dia em que a jovem Pauline lhe estendeu a mão para o ajudar a entrar em um ônibus o viúvo inglês Matthew Morgan reencontrou a felicidade. Professor teimoso e de natureza ranzinza ele repentinamente resgata sua curiosidade pela vida durante seus passeios em parques e viagens ao campo sempre ao lado da bela Pauline.

Crítica: baseado na obra de Françoise Dorner, O Último Amor de Mr. Morgan é uma história sobre como lidar com a perda de alguém que se ama, como saber envelhecer e como lidar com a solidão.
O vulnerável protagonista Matthew Morgan (Michael Caine) guia o espectador por meio da força de suas lembranças sobre a falecida esposa. Assim, somos jogados em um clima repleto de emoções. Morgan é um solitário vovô e se sente cada dia mais solitário, após a perda da sua companheira. O ex-professor de filosofia da prestigiada Universidade de Princeton mora em Paris (mostrada em belíssimas imagens) e parece fazer questão de não aprender o idioma local. Sua vida muda, passando a ter algum sentido, quando conhece a professora de dança Pauline (Clémence Poésy). Ela tem as emoções à flor da pele, isso vira uma intimidação, desde o primeiro momento, para Mr. Morgan. Ele, contudo, acaba aceitando a relação de pai e filha que se estabelece até a chegada de seus verdadeiros descendentes.
O filme é o retrato de muitas relações familiares. Mr. Morgan vive num mundo sem sentido e Pauline é quem acende uma chama de esperança. No entanto, o reencontro com sua família (filho e filha) ganha contornos dramáticos, o que só ocorre no meio do longa-metragem, quando o público já perdeu um pouco da expectativa com relação ao desenlace.
Os poucos diálogos entre pai e filho (Justin Kirk) são poucos e frios e mostram a distância que os separam. A filha (Gillian Anderson) é completamente alienada e distante.
A mensagem poderia ter sido melhor transmitida, mas faltou mais convencimento. Algumas situações são pouco reais e certas coincidências ou interesses parecem bem forçados e difíceis de ocorrer.
Um filme dispensável, infelizmente.

Avaliação: **

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