Alloys
País: Suíça/França
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 91
min
Direção: Tobias
Nölle
Elenco: Georg
Friedrich, Kamil Krejcí e Tilde Von Overbeck.
Sinopse: acostumado a trabalhar com o pai na agência de
investigações da família, Aloys (Georg Friedrich) mantinha uma relação de
dependência com o pai recentemente falecido. De uma hora para outra, Aloys se
encontra sozinho, abandonado em uma rotina de horas de espionagem. Aos poucos,
algo parece romper sua rotina e quebrar seus meticulosos planos de vida,
fazendo com que o senso de segurança que ele sempre teve comece a desmoronar.
Crítica: no início nos deparamos com um homem filmando
um casal e, logo, descobrimos que Aloys é um detetive, tendo herdado a
profissão do pai, recém-falecido.
Sua vida é totalmente
solitária, triste e amarga, a ponto de ele se esquivar de qualquer contato, até
mesmo com um vizinho no elevador. Sequer cumprimenta alguém.
Até que um dia ele adormece
no ônibus e, quando acorda, todas as suas fitas com imagens de trabalhos
encomendados foram roubadas de sua mochila, tendo sido deixada apenas uma (na
verdade, foi colocada em seu bolso) com a imagem dele mesmo deitado sobre o
banco do ônibus.
Ele liga para o número
deixado junto com essa fita e descobre que é uma mulher que o roubou. Mas ele
não tem ideia de quem se trata. E a negociação para devolução do material não
progride.
Um dia, ele recebe uma caixa
no seu prédio com as fitas e uma comida especial para seu gato (leite com
magnésio, substância da qual seu gato tem deficiência). Ora, é fácil deduzir
que quem está por trás de tudo é alguém que o conhece mais do que ele imagina.
A partir daí a história dá
uma guinada. O aparente suspense torna-se um filme humano, de autoconhecimento.
Duas almas solitárias passam a se conhecer, ainda que de forma nada
convencional.
Ela tentou o suicídio e
está internada em um hospital. O contato via telefone os ajuda a criar um mundo
só deles. O problema está em Aloys prender-se a uma ilusão em vez de viver a
vida real – sentir, tocar, conversar, compartilhar.
A forma como isso é
apresentado ao expectador é bastante irreverente e criativa. A distinção entre
o real e o abstrato é tênue e Aloys precisará fazer uma escolha definitiva.
Avaliação:
***
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