Lion: Uma Jornada para Casa (Lion)
País: EUA
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 119
min
Direção: Garth
Davis
Elenco: Dev
Patel, Rooney Mara, Nicole Kidman e David Wenham.
Sinopse: baseado no livro autobiográfico de Saroo
Brierley, chamado A Long Way Home, o filme é estrelado por Dev Patel (Quem Quer
ser um Milionário?), Nicole Kidman e David Wenham e Rooney Mara. O longa traz a história real de um
menino indiano de 5 anos, que se perde nas ruas de Calcutá, a milhares de
quilômetros de casa. Após sobreviver a diversos desafios, é adotado por um
casal australiano. Vinte e cinco anos depois ele parte para uma nova jornada, a fim
de encontrar sua família perdida.
Crítica: Lion conta a história real de Saroo, na
verdade, chamado Sheru (que significa Lion), que vivia em um vilarejo do
distrito de Khandwa, na Índia. Em 1986, aos 5 anos de idade, ele saiu com o irmão Guddhu (que
buscava trabalho) e se perdeu.
De forma sucinta, o diretor
consegue passar do dia em que se perdeu do irmão maior até a idade adulta, aos
25 anos, na Tasmânia (Austrália), onde vive com seus pais adotivos.
Enquanto vagava pelas ruas
de Calcutá (onde foi parar depois de entrar num trem para dormir) por quase um
mês, ele passou fome, fugiu de supostos malfeitores que sequestram crianças
para explorar ou para vender órgãos, não conseguia dinheiro algum ou se
comunicar (pois falava hindu e não bengali – a Índia tem diversos dialetos, mas
em Calcutá as línguas mais faladas são o bengali e o inglês) e acabou num orfanato,
que não era um exemplo de centro para educar crianças.
É lá que sua vida dá uma
guinada. Ele é adotado por uma família australiana.
Adulto, ele abraçou as
oportunidades pela educação privilegiada, mas se maritizava pela dor da mãe em
nunca mais ter tido notícias suas, sem saber se estava vivo ou morto. Decide,
então, descobrir onde é sua casa. Usando a memória dos caminhos que percorria ajudando
a mãe (que trabalhava catando pedras) e a internet traçando as possíveis estações
pelas quais o trem teria passado – que o levou para tão longe de casa –, ele
enfim encontra o local em que vivia.
Nesse período de busca, ele
se afasta de seus pais adotivos, de seu irmão (também adotado na Índia) e de sua namorada. Só
encontrará a paz quando finalmente consegue rever sua mãe e a irmã caçula
(Shekila). Lá fica sabendo que Guddhu (o irmão que tanto adorava) morreu atropelado
por um trem no mesmo dia em que ele teria se perdido. Essa foi a razão de Guddhu
não ter ido buscar Saroo no banco da estação onde pediu para ele esperá-lo até
que voltasse do “bico” que ia fazer.
Uma história que comove,
mas sem ser melodramática. O diretor teve um cuidado especial em se ater a
fatos que fariam a diferença para narrar a vida desse menino indiano, sem
apelos emotivos demais. Os eventos pelos quais Saroo passou por si só já bastam
para revelar o ambiente em que tantas crianças se perdem anualmente na Índia:
80.000.
Um excelente trabalho de
direção e produção.
Avaliação:
****
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