Eu Não Sou Seu Negro (I Am Not Your Negro)
País: Estados
Unidos/ França/ Bélgica/ Suíça
Ano:
2016
Gênero: Documentário
Duração: 95
min
Direção: Raoul
Peck
Elenco: Samuel
L. Jackson
Sinopse: analisa o que significa ser negro nos Estados
Unidos a partir das observações feitas pelo escritor e ativista James Baldwin,
que tinha ligação com outros importantes nomes da luta pelo fim do racismo e da
segregação como Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King. Baseado no livro
inacabado “Remember This House”.
Crítica: um filme surpreendente pela abordagem mais
profunda e esclarecedora do preconceito contra o negro, que busca mesmo as
raízes desse mal que existiu, existe até hoje e se perpetua. Para tanto, o
diretor haitiano, Raoul Peck, fala o que tem que falar, doa a quem doer, atinja
quem atingir.
Inteligente e objetivo, o
documentário traz excelentes imagens que expõem o comportamento vergonhoso do
homem branco – que se vê como um ser superior –, fotos reveladoras, entrevistas
do ativista James Baldwin (que, por sinal, se expressa muito bem), imagens e
falas de nomes que fizeram história na luta contra a segregação racial: Medgar
Evers, Malcom X e Martin Luther King, todos assassinados, respectivamente, em
1983, 1965 e 1968.
Raoul Peck, que sempre foca
suas obras no ativismo político, surpreende pela ousadia em denunciar, pelas
críticas contundentes e por mostrar o escritor James Baldwin, em sua essência.
Ele não acredita em conto de fadas e tem uma visão realista (nada otimista) do
futuro da sociedade.
Morto em 1985, ele deixou
bem claras suas opiniões acerca dos grandes nomes que acreditaram no fim do racismo.
E por ter vivenciado tudo bem de perto, sabe o que é ser negro, sobretudo nos
Estados Unidos.
Comerciais sempre colocando o negro em segundo plano, e em nível inferior, como se jamais fosse
capaz de estudar e de ter um curso superior. Banheiros, ônibus, escolas, bares,
livrarias, tudo segregado. A humilhação era algo já intrínseco a quem tentasse
romper essas barreiras.
Avaliação:
****
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