The Eyes of My Mother
País: EUA
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 76
min
Direção: Nicolas
Pesce
Elenco: Olivia Bond, Kika Magalhães, Clara Wong, Diana
Agostini, Paulo Nazak e Flora Diaz.
Sinopse: depois que a jovem Francisca (Olivia Bond)
testemunha um assassinato selvagem, seu mundo está virado de cabeça para baixo.
A jovem e solitária mulher é consumida pelo seu profundo e sombrio desejo de
vingança.
Crítica: o primeiro longa do diretor Nicolas Pesce
recebeu vários elogios, mas também críticas pela estranheza, repulsa e violência
inseridas na narrativa, que retrata o comportamento estranho da solitária
protagonista. As imagens em preto e branco e a trilha sonora densa corroboram
para o terror que será revelado.
Francisca (Olivia Bond)
passa os dias na companhia de sua mãe (Diana Agostini), que mostra para a filha
suas habilidades cirúrgicas ao remover os olhos dos animais da fazenda. Segundo
Francisca, a mãe era cirurgiã em Portugal, antes de se mudarem para os Estados
Unidos. O pai (Paulo Nazak) é distante, apenas trabalha, chega em casa e
assiste TV, praticamente sem comunicação alguma com a esposa e a filha. A
rotina da família muda, quando a mãe é assassinada em sua casa.
O longa é dividido em três
partes: a primeira, “Mother”, Francisca tem que lidar com a morte de sua mãe,
apegando-se ao pai e tomando conta e resolvendo de certa forma a situação. A
segunda “Father”, mostra Francisca já adulta (Kika Magalhães), lidando com a
perda do pai; e a terceira, “Family”, traz a protagonista lutando contra a
solidão, tentando construir uma família.
Tudo o que acontece é
obscuro e incômodo, e foge a qualquer padrão de normalidade. E mesmo que grande
parte da violência não seja explicitamente mostrada (pelos cortes de cena), o
que se sugere já é altamente pesado.
Trata-de de um terror
psicológico. A psicopatia parece se perpetuar no filme: da infância à fase
adulta, o que se explica em parte pelo total isolamento de Francisca, criada
sem afeto e atenção, e desprovida de qualquer consciência moral, ética e humana.
Supreende pela morbidez,
quando por exemplo, Francisca não se livra do corpo do pai, quando morre na
segunda parte do filme. Ela dá banho nele, dorme com ele, senta ele na sala e
dança para ele.
A história tem muito mais
surpresas que não podem ser reveladas para que o espectador veja e confira.
Se Francisca tenta se
vingar do mundo, é algo difícil de compreender.
Avaliação:
***
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