domingo, 19 de fevereiro de 2017

The Eyes of My Mother

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 76 min
Direção: Nicolas Pesce
Elenco: Olivia Bond, Kika Magalhães, Clara Wong, Diana Agostini, Paulo Nazak e Flora Diaz.

Sinopse: depois que a jovem Francisca (Olivia Bond) testemunha um assassinato selvagem, seu mundo está virado de cabeça para baixo. A jovem e solitária mulher é consumida pelo seu profundo e sombrio desejo de vingança. 

Crítica: o primeiro longa do diretor Nicolas Pesce recebeu vários elogios, mas também críticas pela estranheza, repulsa e violência inseridas na narrativa, que retrata o comportamento estranho da solitária protagonista. As imagens em preto e branco e a trilha sonora densa corroboram para o terror que será revelado.
Francisca (Olivia Bond) passa os dias na companhia de sua mãe (Diana Agostini), que mostra para a filha suas habilidades cirúrgicas ao remover os olhos dos animais da fazenda. Segundo Francisca, a mãe era cirurgiã em Portugal, antes de se mudarem para os Estados Unidos. O pai (Paulo Nazak) é distante, apenas trabalha, chega em casa e assiste TV, praticamente sem comunicação alguma com a esposa e a filha. A rotina da família muda, quando a mãe é assassinada em sua casa.
O longa é dividido em três partes: a primeira, “Mother”, Francisca tem que lidar com a morte de sua mãe, apegando-se ao pai e tomando conta e resolvendo de certa forma a situação. A segunda “Father”, mostra Francisca já adulta (Kika Magalhães), lidando com a perda do pai; e a terceira, “Family”, traz a protagonista lutando contra a solidão, tentando construir uma família.
Tudo o que acontece é obscuro e incômodo, e foge a qualquer padrão de normalidade. E mesmo que grande parte da violência não seja explicitamente mostrada (pelos cortes de cena), o que se sugere já é altamente pesado.
Trata-de de um terror psicológico. A psicopatia parece se perpetuar no filme: da infância à fase adulta, o que se explica em parte pelo total isolamento de Francisca, criada sem afeto e atenção, e desprovida de qualquer consciência moral, ética e humana.
Supreende pela morbidez, quando por exemplo, Francisca não se livra do corpo do pai, quando morre na segunda parte do filme. Ela dá banho nele, dorme com ele, senta ele na sala e dança para ele.
A história tem muito mais surpresas que não podem ser reveladas para que o espectador veja e confira.
Se Francisca tenta se vingar do mundo, é algo difícil de compreender. 

Avaliação: ***

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