Jackie
País: EUA
Ano:
2016
Gênero: Biografia
Duração: 100
min
Direção: Pablo Larraín
Elenco: Natalie
Portman, Peter Sarsgaard, Greta Gerwig e John Hurt.
Sinopse: Jacqueline Kennedy (Natalie Portman),
inesperadamente viúva, lida com o trauma nos quatro dias posteriores ao
assassinato de seu marido, o então presidente dos Estados Unidos John F.
Kennedy.
Crítica: o longa faz um panorama através de alguns
momentos importantes de Jackie Kennedy: o tour pela Casa Branca, o atentado a
JFK, os momentos seguintes à morte de seu marido, a passagem de trono para os
Johnsons e, por fim, uma importante entrevista dada após todos esses fatos.
No entanto, o que valoriza
o trabalho do cineasta chileno, Pablo Larraín, é um filme que vai além da
cinebiografia, explorando ao máximo os conflitos entre a figura pública (e
todas as aparências) e a figura humana, que se contradiz, que se sente perdida,
que precisa de ajuda.
A montagem de sons e
imagens e de flashbacks é incrivelmente bem trabalhada. A reencenação do
documentário televisivo apresentado pela primeira dama americana, em que ela
apresentava ao povo os aposentos da Casa Branca é muito interessante. Ali Jackie
Kennedy fez questão de transformar o lar oficial do presidente num livro aberto
para a população americana, ou seja, ela rompe as barreiras entre o público e
privado.
A performance de Natalie
Portman é louvável. Ela se transforma, de fato, na Jackie Kennedy, com todos os
seus trejeitos e maneirismos. Mas surpreende ao revelar seus embates
emocionais, quando expõe suas dúvidas. Um exemplo é sua conversa com um padre
sobre a morte do marido, sua vontade de desistir de tudo e sobre a sua falta de
fé.
Uma obra merecedora de
Oscar, sem dúvida; de qualidade imaculável. E que faz um perfil ousado de uma
das mais emblemáticas primeiras-damas dos EUA. Talvez a única falha seja a
escolha do ator Peter Sarsgaard para viver Robert, o irmão de John F. Kennedy.
Além de não se parecer com ele, sua performance não deu nenhum acréscimo
relevante à trama.
Avaliação:
****
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