A Forma da Água (The Shape of Water)
País: EUA
Ano:
2017
Gênero: Fantasia
Duração: 123
min
Direção: Guillermo del
Toro
Elenco: Sally Hawkins, Doug Jones, Michael Shannon, Richard Jenkins, Octavia Spencer, David Hewlett e Nick Searcy.
Sinopse: década de 60. Em meio aos grandes conflitos
políticos e transformações sociais dos Estados Unidos da Guerra Fria, a muda
Eliza (Sally Hawkins), zeladora em um laboratório experimental secreto do governo, se afeiçoa a
uma criatura fantástica mantida presa e maltratada no local. Para executar um
arriscado e apaixonado resgate ela recorre ao melhor amigo Giles (Richard Jenkins) e à colega de
turno Zelda (Octavia Spencer).
Crítica: passada nos anos 1960 (quando a Guerra Fria
se armava), a história é apresentada como uma fábula, protagonizada por uma
"princesa sem voz" – Eliza (vivida por Sally Hawkins). O narrador é
Richard Jenkins (no papel de Giles) que também encerra a trama.
Muda (e nem por isso
infeliz), a faxineira Eliza Esposito trabalha numa base secreta do governo dos
Estados Unidos, que inclui um laboratório comandado pelo doutor Hoffstetler
(Michael Stuhlbarg). Uma criatura capturada nos confins da América do Sul é
levada para lá. Pouco a pouco, Eliza vai se afeiçoando a ela, por mais estranho
que possa parecer.
Quando os norte-americanos
decidem usar o "monstro" (uma espécie de homem anfíbio vivida por Doug Jones) como cobaia na corrida espacial, entra em
cena o agente policial moralista e sádico Strickland (um motivado Michael
Shannon). Mas a vida do "visitante" corre perigo. E Eliza vai acionar
o amigo e vizinho Giles (Richard Jenkins) - o narrador citado acima - e a
companheira de trabalho Zelda (Octavia Spencer, a “boca” de Eliza, a quem cabe
as falas mais divertidas) para ajudá-la em um elaborado plano.
A megaprodução é
indiscutível, assim como a homenagem aos desajustados, aos diferentes, aos que
sofrem com o preconceito, aos que são deixados de lado, aos incompreendidos.
Mas falta ao filme um
conteúdo mais profundo. A duração da trama se estende pelo suspense prolongado
e pelas cenas de perseguição que cabem ao Strickland. Nessa corrida entra
também o doutor Hoffstetler.
Há pouco espaço para
coadjuvantes. O foco fica mesmo sobre Eliza e seu monstro amado. É interessante
ver a forma como eles se aproximam e se comunicam, um toque de bastante
sensibilidade por parte do diretor. Sally Hawkins (como Eliza) entra de cabeça
no seu personagem para viver essa fábula de amor.
Avaliação:
***
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