Esteros
País: Argentina/Brasil
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 77
min
Direção: Papu
Curotto
Elenco: Ignacio
Rogers, Esteban Masturini e Renata Calmon.
Sinopse: Matias (Ignacio Rogers) e Jeronimo (Esteban
Masturini) são dois grandes amigos que cresceram juntos. Na adolescência,
surgiu uma inesperada atração sexual entre os dois, que viveram os sentimentos
com curiosidade. Após anos afastados, eles lidam de maneiras totalmente
distintas com as lembranças do passado e quando os dois se reencontram, o
sentimento renascerá e os confrontará com todos os tipos de conflitos morais.
Crítica: Matias e Jeronimo cresceram
juntos em Paso de Los Libres (região argentina que faz fronteira com o Rio
Grande do Sul). Mais do que isso: eles são melhores amigos e se amam, mesmo que
ainda não o saibam – isso é evidente desde a primeira cena dos dois. Impressão
facilmente percebida pelo olhar e pela expressão de ambos. Ponto positivo para
os atores.
O destino se encarregou de
separá-los: enquanto Jeronimo permaneceu no país, onde estudou cinema e vive
hoje uma vida simples, Matias se mudou para o Brasil e trabalha com pesquisas
na área de biologia. Durante um feriado de carnaval, Matias retorna à cidade
acompanhado de sua noiva (com quem está prestes a casar) e o reencontro entre
ele e seu antigo companheiro é inevitável.
A premissa é ótima, mas a
direção opta por um caminho lento. Muitos flashbacks para relatar a infância e
justificar a aproximação dos dois para só depois de uns 35 minutos, enfim, eles
ficarem juntos – o que o espectador já sabia que ia acontecer. O suspense é
desnecessário.
A trama poderia ter se
aprofundado mais nos sentimentos de cada um, na questão da aceitação, na
relação com a família. Essa ausência de conteúdo empobrece o filme.
As cenas entre os dois são
bastante comedidas, dando a impressão de que não se queria chocar o público, ou
pelo menos, não afastá-lo. Tentar agradar uma maioria, dependendo da temática
abordada, pode não ser a melhor escolha para o bom desenvolvimento de uma
narrativa.
E o final, extremamente
simplório, torna banal uma história de amor – o que não é verdade.
Avaliação: **
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