terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Esteros

País: Argentina/Brasil
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 77 min
Direção: Papu Curotto
Elenco: Ignacio Rogers, Esteban Masturini e Renata Calmon.

Sinopse: Matias (Ignacio Rogers) e Jeronimo (Esteban Masturini) são dois grandes amigos que cresceram juntos. Na adolescência, surgiu uma inesperada atração sexual entre os dois, que viveram os sentimentos com curiosidade. Após anos afastados, eles lidam de maneiras totalmente distintas com as lembranças do passado e quando os dois se reencontram, o sentimento renascerá e os confrontará com todos os tipos de conflitos morais. 

CríticaMatias e Jeronimo cresceram juntos em Paso de Los Libres (região argentina que faz fronteira com o Rio Grande do Sul). Mais do que isso: eles são melhores amigos e se amam, mesmo que ainda não o saibam – isso é evidente desde a primeira cena dos dois. Impressão facilmente percebida pelo olhar e pela expressão de ambos. Ponto positivo para os atores.
O destino se encarregou de separá-los: enquanto Jeronimo permaneceu no país, onde estudou cinema e vive hoje uma vida simples, Matias se mudou para o Brasil e trabalha com pesquisas na área de biologia. Durante um feriado de carnaval, Matias retorna à cidade acompanhado de sua noiva (com quem está prestes a casar) e o reencontro entre ele e seu antigo companheiro é inevitável.
A premissa é ótima, mas a direção opta por um caminho lento. Muitos flashbacks para relatar a infância e justificar a aproximação dos dois para só depois de uns 35 minutos, enfim, eles ficarem juntos – o que o espectador já sabia que ia acontecer. O suspense é desnecessário.
A trama poderia ter se aprofundado mais nos sentimentos de cada um, na questão da aceitação, na relação com a família. Essa ausência de conteúdo empobrece o filme.
As cenas entre os dois são bastante comedidas, dando a impressão de que não se queria chocar o público, ou pelo menos, não afastá-lo. Tentar agradar uma maioria, dependendo da temática abordada, pode não ser a melhor escolha para o bom desenvolvimento de uma narrativa.
E o final, extremamente simplório, torna banal uma história de amor – o que não é verdade.

Avaliação: **
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