Três Anúncios para um Crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri)
País: Reino
Unido/EUA
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 115
min
Direção: Martin
McDonagh
Elenco: Frances
McDormand, Woody Harrelson, Sam Rockwell, Peter Dinklage, Lucas Hedges e John Hawkes.
Sinopse: inconformada com a ineficácia da polícia em
encontrar o culpado pelo brutal assassinato de sua filha, Mildred Hayes decide
chamar atenção para o caso não solucionado alugando três outdoors em uma
estrada raramente usada. A inesperada atitude repercute em toda a cidade e suas
consequências afetam várias pessoas, especialmente a própria Mildred e o
Delegado Willoughby, responsável pela investigação.
Crítica: “Três Anúncios Para um Crime” tem um início
interessantíssimo. Uma mulher dirige seu carro e para numa estrada deserta, onde
vê 3 outdoors vazios. Para, pensa e toma uma decisão.
Logo, a vemos numa agência
de publicidade para locar por um ano os três espaços e nele publicar frases
provocativas que questionam o desempenho da polícia e a agilidade da justiça.
Afinal, já são 7 meses sem achar o culpado ou sequer ter uma pista para o
criminoso que sequestrou, estuprou e assassinou sua filha de 17 anos.
A partir desse início
bombástico, acompanhamos um roteiro com muita carga dramática, mas também com
muito humor negro. O equilíbrio entre os dois é sempre mantido. Ainda que demos
gargalhadas com o personagem de Mildred Hayes (Frances McDormand), a mãe
lutadora, nunca nos esquecemos do sofrimento que é perder alguém e da dor
irremediável.
Os personagens do filme são
ótimos e revelam o quão racista pode ser uma comunidade.
A história se passa numa
cidadezinha americana do estado de Missouri, que tem Willoughby (Woody
Harrelson) como o chefe de polícia, uma personalidade amada por todos e que
está com uma doença terminal. Esse detalhe faz com que as pessoas mudem de
lado. Mesmo comovidos com a perda de Mildred, acham injusta a sua cobrança nos
outdoors.
Mas os ataques e as ameaças
(até do ex-marido que a trocou por uma garota de 19 anos) não a intimidarão.
“O Olho por Olho e Dente
por Dente” é gritante. Mildred cansou da impunidade. A reviravolta na história
se dá quando o policial Dixon (Sam Rockwell), racista “de carteirinha”), é
expulso da corporação.
O filme tem muito para
contar. É mesmo uma história memorável. Talvez o melhor trabalho de Martin
McDonagh, vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem (Six Shooter) em 2006.
Frances McDormand é
excepcional, a alma dessa trama notável, que, em vez de centrar-se no mistério
da morte e nas motivações do assassino, destaca as consequências desse crime e
como ele transformou cada pessoa da cidade. O resultado é vermos as motivações
dos personagens por trás de cada ação.
Avaliação:
*****
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