Blade Runner 2049
País: EUA
Ano:
2017
Gênero: Ficção
científica
Duração: 163
min
Direção: Denis
Villeneuve
Elenco: Ryan
Gosling, Harrison Ford, Jared Leto, Dave Batista, Robin Wright e Ana de Armas.
Sinopse: trinta anos após os acontecimentos do primeiro
filme, a humanidade está novamente ameaçada, e dessa vez o perigo pode ser
ainda maior. Isso porque o novato oficial K desenterrou um terrível segredo
que tem o potencial de mergulhar a sociedade no completo caos. A descoberta
acaba levando-o a uma busca frenética por Rick Deckard, desaparecido há 30 anos.
Crítica: decádas depois do original (de 1982), o filme traz poucas respostas
sobre o futuro.
A ambientação da primeira versão foi mantida: carros voadores, a chuva
(ou neve) constante, os prédios imensos com poucas pessoas nas ruas, os
gigantescos painéis em neon... está tudo lá, apontando um futuro decadente onde
o brilho vem apenas do que é falso – não por acaso, a única personagem que
demonstra vivacidade é justamente uma acompanhante digital programada com tal
finalidade. Trata-se de um mundo seco e sério, de preconceitos arraigados, onde
as pessoas pagam para ter um vislumbre de felicidade sem se importar se ele é
verídico ou não. A sensação, ou a necessidade, é mais importante.
A linha que separa o natural do artificial norteia toda a trama, como
por exemplo, na comparação envolvendo os replicantes. Um “muro” os divide e
leva ao preconceito dos mais fortes contra os mais fracos, ao controle de uma
espécie sobre a outra.
O colapso dos ecossistemas fez com que a humanidade investisse de vez na
agricultura sintética – mais uma vez, o artificial se infiltrando no cotidiano –
e uma nova leva de replicantes fosse criada, mais obedientes ao homem, e mais
uma vez escravizados. Entre eles está K (Ryan Gosling), o blade runner da vez.
Tudo parece frio e todos parecem se contentar com poucos momentos de lazer
ou prazer virtual. Só se pensa em viver e não no porquê da vida.
A atmosfera sombria, mórbida, dura e crua é bem retratada pela direção
de arte e fotografia.
Depois de 30 anos do primeiro filme, as expectativas sobre uma
continuação eram grandes, mas a superficialidade da obra deixa a desejar.
Avaliação: **
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