O Pai (The Father)
País: Bulgária/Grécia
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 87
min
Direção: Kristina
Grozeva e Petar Valchanov
Elenco: Ivan
Savov e Ivan Barnev.
Sinopse: Vasil (Ivan Savov) acaba de perder sua grande parceira de
vida, Ivanka. Quando uma mulher afirma, durante o funeral, que recebeu chamadas
de sua falecida esposa no celular, ele procura a ajuda de um médium para entrar
em contato com ela. Seu filho Pavel (Ivan Barnev) tenta dissuadi-lo da ideia, mas Vasil
insiste em fazer as coisas do seu jeito. Os dois, então, começam uma
desequilibrada jornada que os fará enfrentar a culpa que sentem em relação à
perda, além de redescobrirem o próprio relacionamento.
Crítica: “O Pai” (The Father), dos diretores Kristina
Grozeva e Petar Valchanov (do ótimo “Glory”, de 2017), brinca com o humor para retratar
uma história familiar onde a falta de comunicação é um dos principais problemas.
Após perder a esposa
Valentina, o pintor Vasil (Ivan Savov) escuta de um familiar que ela estaria
tentando entrar em contato do além. Apesar da descrença de seu filho Pavel
(Ivan Barnev), Vasil busca um paranormal para falar com o espírito da mulher.
Os dois seguem viagem para encontrar o médium e, durante o caminho, as
personalidades dos dois entram em conflitos.
A premissa do longa é
tratar da relação familiar e da diferença entre as gerações, mas também permite
fazer críticas sutis à vida na Bulgária. O humor (beirando ao absurdo) é bem empregado
em cenas que envolvem policiais ineficientes e médicos desonestos.
A falta de atenção por
parte do filho (Pavel) em relação ao momento vivido pelo pai e a dificuldade de
Pavel em contar a verdade para sua esposa sobre o ocorrido e sua localização demonstram
como a ausência de diálogo é um impedimento para o bom andamento das relações.
Não há porque mentir, mas
mesmo sim sobram mentiras.
Aos poucos, a aproximação
entre os dois acontece, com um desfecho bem simbólico.
Avaliação: **
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