quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ela se Chamava Sarah (Elle S'Appelait Sarah)

País: França
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 111 min
Direção: Gilles Paquet-Brenner
Elenco: Kristin Scott Thomas, Mélusine Mayance, Niels Arestrup, Frédéric Pierrot e Aidan Quinn.

Sinopse: os segredos escondidos numa casa em Paris e os horrores vividos na época da caça aos judeus durante o governo colaboracionista de Vichy é o que leva Julia Jarmond (Scott Thomas), uma jornalista americana estabelecida em Paris, a se envolver em uma busca que a faz navegar entre dois mundos. O longa conta duas histórias distanciadas no tempo por 60 anos e que se cruzam através de uma casa do bairro parisiense de Le Marais. Em 1942, uma família judia é desalojada desse apartamento onde Michel, o caçula, fica escondido em um armário, por ideia da irmã Sarah (Mélusine Mayance). Sessenta anos depois, Julia começa a investigar a origem do apartamento de seus sogros, onde quer começar uma nova vida com o marido.

Crítica: a história já contada tantas vezes revela aqui um lado menos divulgado, a contribuição de outros países com o nazismo; nesse caso, a França.
Em 1942 os alemães, com o apoio da polícia francesa, prendem 13.000 judeus, dos quais 4.000 são crianças, em Paris. Concentrados no Velódromo de Inverno (Vél d'Hiv), no local do atual Palácio dos Desportos de Paris-Bercy, serão enviados mais tarde para campos de extermínio e poucos regressarão.
Mas esse é apenas o gancho para o início da trama, que retrata uma história em particular, entre tantas abaladas pelo holocausto.
A narrativa mescla idas e vindas, passado e futuro, o que torna tudo mais dinâmico no mistério que é o ponto chave do filme. A atuação de Kristin Scott Thomas é perfeita, como sempre. Outro destaque é o ator Niels Arestrup. Em compensação, a performance do americano Aidan Quinn, como filho de Sarah, é vergonhosa.
Além disso, o suspense, bem conduzido até a metade da história, perde a força depois, ficando menos interessante para o público.
Talvez se o desenrolar do enredo tivesse sido acelerado, poupando algumas cenas pouco interessantes, o filme poderia ter tido um resultado melhor.

Avaliação: ***

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