segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Infância Clandestina (Infancia Clandestina)


País: Argentina
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Benjamin Ávila
Elenco: Ernesto Alterio, Natalia Oreiro, César Troncoso, Douglas Simon, Christina Banegas, Teo Gutiérrez Romero, Violeta Palukas e Mayana Neiva.

Sinopse: Argentina, 1979. O menino Juan (Teo Gutiérrez Romero), de 12 anos, vive na clandestinidade da mesma maneira que seus pais e seu tio Beto (Ernesto Alterio). Na escola, ele é conhecido como Ernesto e encontra María (Violeta Palukas), de quem sabe apenas o nome.

Crítica: é o representante da Argentina ao Oscar 2013 de Melhor Filme Estrangeiro e merece, com certeza, a indicação.
Uma direção segura, um roteiro preciso, uma história real, uma perfeita reconstituição de época e um elenco exemplar, com destaque para Teo Gutiérrez Romero (que vive o menino Juan) e Ernesto Alterio que interpreta seu tio Beto.
A direção soube conduzir Juan muito bem pelo enredo que aborda a época da ditadura. Em plena luta armada, num clima de violência e medo, Juan é obrigado a amadurecer rapidamente, em meio a mudanças constantes de casa e de escola, reuniões clandestinas, perdas sofríveis e um amor de adolescência. Nem seu nome verdadeiro ele pode revelar. Para todos, o seu nome é Ernesto.
O tema já foi retratado várias vezes pelos próprios argentinos, mas esse realmente tem um diferencial por falar de amor em plena ditadura. Juan é muito cativante, assim como os outros personagens que atingem em cheio o espectador, com diálogos fortes e performances extremamente naturais.
Belo, sensível e tocante. Confira!

Avaliação: ****

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Um Alguém Apaixonado (Like Someone in Love)


País: França/Japão
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Abbas Kiarostami
Elenco: Rin Takanashi, Tadashi Okuno e Ryo Kase.

Sinopse: relacionamento de uma jovem universitária com um homem mais velho.

Crítica: Abbas Kiarostami costuma fazer filmes diferentes, que levam à reflexão e a questionamentos. Aqui, a trama que envolve basicamente uma jovem universitária que se prostitui para pagar a faculdade, um namorado ciumento que desconhece essa realidade e um idoso professor de sociologia que paga pela companhia da moça.
A trama é marcada pela tensão da jovem que precisa mentir o tempo todo e para todos. Ela parece só encontrar um pouco de paz e conforto ao lado do senhor professor.
Os diálogos que envolvem a fase de conhecimento dos dois e de suas vidas são muito bons. É impossível não perceber que, apesar das histórias tão diferentes e das idades tão distintas, ambos estão sozinhos e precisam de alguém.
Nessa busca, todos podem se ferir. A trama é bem conduzida, só o final é que decepciona um pouco pela forma abrupta como é interrompido o enredo. O diretor iraniano parece ter ficado com preguiça de concluir o longa.

Avaliação: ***

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Muito Além do Peso


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 84 minutos
Direção: Estela Renner
Elenco: -

Sinopse: o filme discute por que 33% das crianças brasileiras pesam mais do que deviam. As respostas envolvem o governo, os pais, as escolas e a publicidade.

Crítica: o documentário é excelente. Bem dirigido e produzido, não economizou em entrevistas (gastrônomos, pediatras, nutricionistas, advogados, professores, pais, crianças e vários especialistas de vários países), pesquisa e estatísticas. Imagens e arte gráfica completam o trabalho que passa a sua mensagem com perfeição: é preciso já cuidar da alimentação das crianças. Além disso, busca culpados para a epidemia de obesidade infantil no Brasil e no mundo.
Os números são alarmantes: em cada 5 crianças obesas, 4 assim serão quando adultas. Os exemplos são terríveis: pais que não conseguem dizer ‘não’ aos pedidos infantis, crianças que não reconhecem certas frutas e legumes, parcerias entre Ministério da Saúde e Coca-Cola, prêmios de parceria de saúde ao McDonald’s, e por aí vai.
A indústria do fast food, originada nos EUA, invadiu o lar das famílias e destruiu sua saúde.
As campanhas publicitárias, sem limite algum, vendem alimentos associados a brinquedos, tornando a luta contra a obesidade ainda mais difícil.  
Várias marcas de produtos industrializados têm seus ‘saudáveis’ alimentos desmascarados.
A melhor parte do filme é quando meninos e meninas de diversas partes do país, e de diferentes classes sociais, são entrevistados. Eles têm problemas típicos de adultos, como hipertensão, diabetes, artrite, colesterol alto, trombose, entre outros. Jovens vítimas do sobrepeso advindo de uma alimentação desregrada e ausência de atividades físicas em seus momentos de lazer. A maioria não sabe o que é correr, pedalar ou jogar bola. Tudo foi trocado pela televisão e pelo computador.
É surpreendente quando a documentarista mostra a alguns deles frutas e legumes, e eles não conseguem identificá-los. Uma menina, por exemplo, pega nas mãos uma batata e arrisca tratar-se de uma cebola. Só consegue apontar com exatidão o vegetal quando este vem frito e empacotado para consumo.
Em uma determinada parte do documentário, uma cena surpreende: um supermercado flutuante da marca Nestlé navega pelos rios do Pará rumo à cidade ribeirinha de Breves levando o açúcar e a gordura de seus produtos tão prejudiciais à saúde. Até em certas comunidades, alguns alimentos industrializados já fazem parte das refeições diárias.
A falha mais grave do longa é querer amenizar a culpa dos pais, tratados ali como vítimas. Os vilões, no caso, seriam somente as grandes marcas e a publicidade. Transferir a responsabilidade é fácil e cômodo. Se assim fosse, não haveria crianças magras e saudáveis. O que falta para controlar a obesidade infantil é educação alimentar, é preocupação real com os filhos e disciplina. Há um limite e um momento certo para tudo.
A televisão vai continuar existindo, assim como a internet. Suas influências em nossas vidas serão cada vez maiores. Em compensação, a participação e a convivência familiar também precisam ser.  

Avaliação: ****

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Na Terra de Amor e Ódio (In the Land of Blood and Honey)


País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Angelina Jolie
Elenco: Zana Marjanovic, Goran Kostic e Rade Serbedzija.

Sinopse: o complexo relacionamento entre um soldado sérvio e uma jovem bósnia.

Crítica: o primeiro filme de Angelina Jolie como diretora, tratando do sangrento conflito na Bósnia nos anos 90, é um filme simplista, fruto de seu ativismo humanitário, e decepciona.
A visão de guerra mostrada no longa é rasa e superficial. Só um lado é mostrado, onde todos os sérvios são carrascos e os bósnios, bonzinhos e vítimas. E todos sabem que em uma guerra sempre há bons e ruins nas duas extremidades.
Sensibilizada pelos inúmeros estupros ocorridos no conflito, a aspirante a cineasta transformou todos os soldados sérvios de seu longa em estupradores atávicos. Eles molestam as mulheres simplesmente porque são maus, porque violentar fêmeas faz parte da natureza deles. Não há individualidades, conflitos pessoais, remorso: todos são maus e ponto final.
Em meio ao horror dessa guerra muito particular, surge um romance. Ele é o policial sérvio Danijel (Goran Kostic) e ela, a artista plástica mulçumana bósnia Ajla. Ambos flertavam pouco antes do conflito, que interrompe o romance incipiente. Reencontram-se quando Ajla é feita prisioneira com outras mulheres e levada para uma base militar sérvia para trabalhar como serviçal e escrava sexual. Quando a vê, Danijel, um oficial, a livra de ser seviciada por seus homens.
Ele a protege como pode, mesmo estando em extremos opostos da equação étnica. É uma espécie de ser estranho dentro de seu meio. Único homem com resquícios de dignidade e humanidade a conviver com animais insanos, incluindo seu pai, general destemperado interpretado por Rade Serbedzija. O bom ator é completamente desperdiçado por seu personagem sem profundidade e personalidade.
O que segue adiante ajuda a enterrar de vez o filme. Enquanto Danijel e Ajla fazem amor ao longo de toda trama, ela se sente culpada por ter sorte melhor que as mulheres de seu povo e ele, por sua vez, vive um dilema pessoal por estar se relacionado amorosamente com uma mulçumana. O pano de fundo desse romance é a guerra, que não é guerra. Porque em Na Terra de Amor e Ódio não houve confronto entre sérvios e bósnios, mas apenas aqueles massacrando estes.

Avaliação: **

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Amor em Trânsito (Amor em Tránsito)


País: Argentina
Ano: 2009
Gênero: Ficção
Duração: 91 min
Direção: Lucas Blanco
Elenco: Sabrina Garciarena, Verónica Pelaccini, Lucas Crespi e Damián Canduci.

Sinopse: em Buenos Aires, Mercedes finaliza as etapas que a levarão a Barcelona e a um novo namorado, que está a sua espera. Mas por coincidência ela tromba em Ariel, que se transforma em uma companhia muito agradável. Em paralelo, Juan chega à Argentina depois de muitos anos fora. Ele não consegue se acertar com a mulher que estava à procura, e em vez disso acaba conhecendo Micaela.

Crítica: apesar de se tratar de uma produção argentina, consagrada por ótimos filmes, esse não convence. Pelo contrário, ao retratar duas histórias de amor marcadas pelo acaso, é superficial e chato. A história se arrasta pelos 91 minutos e os casais sequer têm química.
Ainda tenta-se como pano de fundo mostrar a emigração de jovens para a Europa em busca de novas oportunidades. Mas o enredo é tão mal conduzido que nem isso prende a atenção do espectador.
Uma direção ruim, um roteiro mal feito e, por final, uma trama sem graça.

Avaliação: **

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Kirikou e os Animais Selvagens


País: França
Ano: 2012
Gênero: Animação
Duração: 74 min
Direção: Michel Ocelot e Bénédicte Galup
Elenco: Pierre-Ndoffé Sarr, Awa Sene Sarr e Robert Liensol.

Sinopse: Kirikou é menino muito pequenino, nascido em uma aldeia da África Ocidental. O garotinho não alcança nem o joelho de um adulto, mas terá de enfrentar a poderosa e malvada Karabá, feiticeira que secou a fonte d'água da aldeia de Kirikou, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Nessa aventura, o garotinho enfrenta muitos perigos e percorre lugares que somente pessoas pequeninas poderiam entrar.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quatro Amigas e um Casamento (Bachelorette)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 87 min
Direção: Leslye Headland
Elenco: Kirsten Dunst, Isla Fisher e Lizzy Caplan.

Sinopse: três ex-populares garotas do colégio são convidadas para serem damas de honra da menos popular da turma, noiva de um dos solteirões mais cobiçados de Nova York.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Os Penetras


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 96 min
Direção: Andrucha Waddington
Elenco: Marcelo Adnet, Eduardo Sterblitch e Mariana Ximenes.

Sinopse: dois amigos, de personalidades opostas, aprontam confusões na passagem de ano, quando um decide tentar encontrar uma mulher para o outro.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Marcados para Morrer (End of Watch)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: David Ayer
Elenco: Jake Gyllenhaal, Michael Peña e Anna Kendrick.

Sinopse: dupla de policiais coloca em risco suas vidas e de suas famílias ao descobrir informações sobre o cartel de drogas.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Holy Motors


País: França/Alemanha
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 115 min
Direção: Leos Carax
Elenco: Denis Lavant, Edith Scob e Eva Mendes.

Sinopse: homem misterioso encarna diferentes personas num mesmo dia, acompanhado por sua motorista pelos arredores de Paris.

Crítica: surreal e enigmático, ‘Holy Motors’ é um filme difícil de assistir. Críticos acreditam ser uma exuberante homenagem ao cinema que Leos Carax tanto ama, desde os tempos quando escrevia crítica cinematográfica. De fato, é um filme sobre cinema, uma grande metalinguagem que faz lembrar “Império dos Sonhos” (Inland Empire, 2006) de David Lynch. Porém, “Holy Motors” está muito mais para um réquiem do que uma homenagem ao cinema. Carax nos fala sobre os destinos do cinema na era digital e da Internet, da ameaça da obsolescência do dispositivo cinematográfico, o “motor sagrado” do título.
Denis Lavant faz Mr. Oscar, um camaleônico ator que viaja no interior de uma limusine pela cidade de Paris dirigida por uma melancólica motorista Céline (Edith Scob). O filme inicia com Mr. Oscar (um homem aparentemente rico) saindo para mais um dia de trabalho. Pelo intercomunicador a motorista diz que uma pasta ao seu lado no interior da limusine contém o arquivo com os “encontros” do dia. Esses “encontros” em vários pontos de Paris na verdade são personagens que Oscar irá performar: uma velha pedinte de rua corcunda, um sátiro lascivo (o “Sr. Merde”, personagem resgatado do filme anterior “Tokyo”), um homem moribundo em uma cama, um terrorista que tenta matar um banqueiro, um assassino de aluguel, um artista com sensores de captura de movimentos simulando lutas e um ato sexual para a produção de efeitos digitais 3D, etc.
São “encontros” surreais conduzidos por uma limusine que se transforma em camarim para Mr. Oscar se transfigurar em múltiplos personagens com elaboradas máscaras de látex, perucas e figurinos. Qual o propósito desses encontros? Por que seguranças o acompanham? O que é a “Central”, uma suposta empresa a qual eles têm que se reportar? Qual a natureza do trabalho de Mr. Oscar?
O filme torna-se uma parábola das relações humanas e do Cinema com a era da Internet. Principalmente sobre o problema da identidade, tanto de um quanto de outro: em primeiro lugar, o fato de estarmos cansados de nós mesmos e as redes virtuais serem o espaço ideal para vivenciarmos de forma esquizoide múltiplos personagens; e o Cinema metalinguisticamente mostrado em “Holy Motors” como um mecanismo ameaçado pelo tédio (“ninguém mais liga para motores hoje em dia”, lamenta uma linha de diálogo próximo ao final) da plateia (representada como espectadores sem rostos no filme) como do próprio ator cansado de performar tantos personagens que poderiam facilmente ser substituídos por capturas digitais - como sugere a certa altura.
Propõe uma reflexão sobre nossa relação com o mundo que, ao contrário do dinamismo que toda a evolução propõe, temos a impressão de estarmos estáticos, sem ação.

Avaliação: **

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Dino Cazzola – Uma filmografia de Brasília


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 72 min
Direção: Andréa Prates e Cleisson Vidal
Elenco: -

Sinopse: documentário recupera parte do acervo de cinegrafista pioneiro, que registrou a cidade entre 1958 e 1974.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Diário de um Banana 3 (Diary of a Wimpy Kid: Dog Days)


País: EUA, Canadá
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Direção: David Bowers
Elenco: Zachary Gordon, Devon Bostick e Robert Capron.

Sinopse: mesmo durante as férias de verão, Greg insiste em ficar em casa.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Disparos


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 82 min
Direção: Juliana Reis
Elenco: Gustavo Machado, Caco Ciocler e Julio Adrião.

Sinopse: homem é acusado, injustamente, pelo atropelamento de dois ladrões e precisa provar inocência.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey)


País: EUA/Nova Zelândia
Ano: 2012
Gênero: Aventura
Duração: 175 min
Direção: Peter Jackson
Elenco: Martin Freeman, Richard Armitage e Ian McKellen.

Sinopse: Bilbo Bolseiro vive uma vida pacata no condato, como a maioria dos hobbits. Um dia, aparece em sua porta o mago Gandalf, o cinzento, que lhe promete uma aventura como nunca antes vista. Na companhia de vários anões, Bilbo e Gandalf iniciam sua jornada inesperada pela Terra Média.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Origem dos Guardiões (Rise of the Guardians)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Animação
Duração: 97 min
Direção: Peter Ramsey
Elenco: -

Sinopse: Papai Noel e o Coelho da Páscoa reúnem um grupo de amigos para combater o Bicho-Papão.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Entre o Amor e a Paixão (Take This Waltz)


País: Canadá/Espanha/Japão
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: Sarah Polley
Elenco: Seth Rogen, Michelle Williams e Luke Kirby.

Sinopse: Margo (Michelle Williams) é uma mulher casada e se apaixona pelo artista Daniel (Luke Kirby) que vive do outro lado da rua.

Crítica: dizer que Michelle Williams é uma grande atriz é redundante. Já está mais que provado em seus trabalhos. Aqui, ela dá ainda uma força maior ao filme que é extremamente sensível e tem uma visão bastante feminina dos fatos.
A direção é feliz ao contar de maneira delicada como um dia pode mudar sua vida, como algo inesperado pode demonstrar que o que você tinha como certo e real não o é. Isso também graças aos personagens muito bem construídos durante a história.
De forma leve, sutil e natural, a trama mostra o envolvimento de Margo, uma jovem de vida pacata, tímida e desajeitada, com o seu vizinho. Nesse caminho, muito riso e choro. Há situações realmente muito engraçadas entre ela e o marido e entre ela e o novo affair. A questão é que quanto mais ela se deixa essa nova relação aflorar, mais ela sofre por não querer magoar o marido com quem vive há 5 anos.
Essa dúvida constante a consome até que um dia toma uma decisão, afinal. Tudo parece correr bem e os mesmos questionamentos e problemas parecem surgir novamente. O não saber o que fazer, não ter certeza do que é melhor ou do que é correto, é o que permeia a vida do ser humano. Não existem escolhas perfeitas. É disso que o belo e bem dirigido filme de Sarah Polley trata. A jovem cineasta canadense, em seu segundo trabalho como diretora, prova que seu futuro será promissor.

Avaliação: ****

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As Palavras (The Words)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: Brian Klugman e Lee Sterntha
Elenco: Bradley Cooper, Zoe Saldana, Olivia Wilde e Dennis Quaid.

Sinopse: jovem escritor conquista sucesso com novo livro. Porém, enquanto a fama aumenta, fica mais difícil esconder que não foi ele que escreveu a obra.

Crítica: o título do filme não poderia ser mais apropriado, já que são elas, as palavras, que norteiam o rumo da vida dos personagens. Uma palavra dita em uma hora de desespero pode levar a consequências sem volta.
A trama começa com o escritor Clay Hammond (Dennis Quaid) preparando-se para uma leitura pública de seu best-seller. Uma plateia atenta aguarda o autor que começa a contar a história do aspirante Rory Jansen (Bradley Cooper), jovem que batalha para publicar seu primeiro romance.
Recém-casado com Dora (Zoe Saldana), Jansen dedica sua noites a criar aquele que será seu livro de estreia. A obra, apesar de bem avaliada por agentes, não consegue nenhum editor disposto a publicá-la. Tempos depois, sua mulher o presenteia com uma velha valise comprada num antiquário e nela Jansen acha os originais de um livro, uma obra virtuosa que o deixa abalado por sua qualidade e força da verve literária de seu autor inominado.
Quem tem o hábito de ler se identifica fácil com as reações do personagem de Bradley Cooper diante do belo texto. Há livros, poucos, capazes de nos prender e emocionar. Hammond está diante de uma dessas obras e a inveja por ser onde quer chegar como autor. A vontade de sentir aquela enxurrada de palavras surgindo de suas mãos – e algumas contingências mais – acabam por fazer o escritor assumir o texto como seu. O livro é publicado e o sucesso de crítica e público o transformam num famoso e talentoso jovem escritor.
A farsa, naturalmente, cobra seu preço. Durante a trama sempre ligada a Clay, realidade e ficção se misturam, como uma bela obra de literatura. Vale a pena conferir.

Avaliação: ***

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Elefante Branco (Elefante Blanco)

País: Argentina/Espanha

Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Pablo Trapero
Elenco: Ricardo Dárin, Martina Gusman e Jérémie Renier.

Sinopse: para enfrentar os problemas do bairro, dois padres e uma assistente social entram em conflito com a igreja, o governo, o narcotráfico e com a polícia.

CríticaElefante Branco faz uma dura crítica à apatia dos governantes, à truculência policial, à hierarquia religiosa e ao discurso cristão-marxista quimérico de luta e justiça social, de forma bem crua e sem discursos políticos demagogos.
O filme começa mostrando um cenário de guerra. Em algum lugar perdido na floresta amazônica paramilitares promovem uma chacina. Eles procuram por um homem que se esconde na mata e observa o massacre dos indígenas sem poder intervir. O alvo dos guerrilheiros escapa, se recupera e vai parar na Argentina. O cenário agora é urbano, mas a guerra continua sendo o pano de fundo da história, com conflitos diversos vividos por seus protagonistas, os padres Julián (Ricardo Darín) e Nicolas (Jérémie Renier) e a assistente social Luciana (Martina Gusman). Destaque para a atuação de Jérémie Renier, muito seguro e convincente no seu papel.
Nicolas é o homem alvo das FARCs que vemos no início da película. Depois de ter seu trabalho religioso e social interrompido violentamente na floresta, é convidado a trabalhar numa comunidade carente da Argentina pelo padre Julián. O lugar, que dá nome ao filme, é uma favela surgida no entorno de uma edificação gigantesca inacabada, um prédio abandonado onde seria construído o que seria o maior hospital da América Latina. É neste cenário de vielas e becos, que a criminalidade reina, ambiente bem conhecido dos brasileiros.
A batalha é diária e a trama entrelaça com destreza conflitos sociais e individuais. Seus personagens são muito humanizados, algo que o cinema argentino faz muito bem. Dilemas éticos e dúvidas permeiam o dia a dia dos protagonistas, que não são tratados como mártires apesar da nobreza de suas intenções. O padre Julián se sente cansado, desmotivado e teme perder o interesse pela comunidade. A abnegada Luciana pensa em desistir de tudo diante do pouco êxito de suas ações para a conclusão de um projeto de habitação refreado pela burocracia estatal. Nicolas se vê dividido entre continuar o trabalho de evangelização começado pelo padre Júlian ou abdicar de sua vocação sacerdotal para ter uma vida comum.
O longa é uma grande homenagem e também um mergulho na vida dessas pessoas que se entregam de corpo e espírito a ajudar seus semelhantes que levam o espectador à avaliação e à reflexão.

Avaliação: ***

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Curvas da Vida (Trouble with the Curve)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 111 min
Direção: Robert Lorenz
Elenco: Clint Eastwood, Amy Adams e Justin Timberlake.

Sinopse: jovem coloca em risco a própria carreira para salvar a do pai.

Crítica: assim como em Gran Torino quatro anos antes, Clint Eastwood volta a tratar das dificuldades da terceira idade neste longa. A diferença é que desta vez ele não dirige, apenas atua, coisa que não acontecia desde 1993 em ‘Na linha de Fogo’.
Sem surpresas e cheio de clichês, a trama mostra o veterano olheiro Gus Lobel (Eastwood) tentando manter sua credibilidade no time Atlanta Braves. Para não ser obrigado a se aposentar, precisa acertar na contratação de um novo rebatedor, mas problemas com sua visão complicam as coisas. É aí que sua filha, a promissora advogada Mickey (Amy Adams), com quem tem relação problemática, é convocada pelo chefe (John Goodman), e melhor amigo de Gus, para ajudá-lo em viagem à Carolina do Norte a fim de acompanhar um promissor jogador da liga universitária. O beisebol, aqui, é apenas pando de fundo para a trama.
O longa é extremamente convencional e previsível ao mostrar o choque entre gerações diferentes. Tudo em Curvas da Vida lembra outros filmes, ao ponto de ser impossível não simpatizar com ele, mesmo que pelos motivos errados. As atuações são medianas, mas a pior é de Timberlake, que também não deu sorte com o seu personagem morno.
Portanto, assista sem muitas expectativas. É uma diversão, pura e simplesmente.

Avaliação: **

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O Homem da Máfia (Killing Them Softly)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 97 min
Direção: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt, James Gandolfini e Richard Jenkins.

Sinopse: contratado pela máfia, homem persegue golpistas envolvidos num roubo durante jogo de pôquer controlado pela organização criminosa.

Crítica: o diretor escalou Brad Pitt como principal estrela, repetindo o feito de 2007 em 'O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford'.
Investindo em um ritmo lento, que não se rendendo às tradicionais cenas de trocas de tiros, o cineasta foca a história em uma boa crítica social. A escolha de uma Nova Orleans em reconstrução após o Furação Katrina não foi à toa – tudo pensado para ter alto teor político. Discursos dos presidentes George W. Bush e Barack Obama dão sentido às ações de diversos personagens e deixam mensagens implícitas por trás da trama principal.
O roteiro gira em torno de um assalto a uma casa de jogo ilegal. Dois garotos são contratados para realizar o roubo, completamente amadores e drogados.
Com estes dois na responsabilidade de manter toda a transação em segredo, era óbvio que em pouco tempo os mafiosos, verdadeiros donos da grana, viriam em busca de vingança. Para resolver a situação surge Jackie, personagem de Pitt, que tem entrada triunfal.
A trilha sonora é ponto alto do filme. Canções variadas, que vão do blues ao clássico, transformam uma simples cena de ação em algo grandioso, cheio de tensão. A boa música dá o tom a todos os assassinatos realizados por Pitt, que tem estilo suave de matar, como o título original do longa (Killing Them Softly) sugere.
Apesar da boa montagem, a produção perde bastante o fôlego em sua segunda metade e os diálogos, repletos de cinismo, se tornam forçados. Tudo culpa da tentativa malsucedida de aprofundar-se na crise econômica americana, sem deixar de lado certas frases feitas. A antes elogiável crítica social deixa a desejar.
O elenco secundário, James Gandolfini ev Richard Jenkins, tem pouco espaço para crescer no enredo. E, para piorar, há erros bobos de continuidade em uma cena em que Pitt e Gandolfini dividem a cena em uma mesa de bar, facilmente percecptíveis: copos de cervejas aparecem e somem da mesa de bar a cada corte de câmera.
O final abrupto também desagrada, destoando do ritmo imposto até então. O que vale mesmo a pena ver no longa são as sequências de homicídio repletas de glamour e com uma atuação consistente de Brad Pitt.

Avaliação: ***

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O Contestado – Restos Mortais


País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Direção: Sylvio Back
Duração: 118 min
Elenco: Pascala Arbillot, Ariane Ascaride e Frédérique Bel.

Sinopse: cem anos após o início do conflito no sul do Brasil, documentário recupera episódios da guerra por meio de imagens de arquivo e entrevistas com pesquisadores.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Construção


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 70 min
Direção: Carolina Sá

Sinopse: garota brasileira viaja até Cuba para conhecer a terra natal do pai, em plena época de aniversário da revolução.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Histeria (Hysteria)


País: Reino Unido/França/Alemanha
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 99 min
Direção: Tanya Wexler
Elenco: Hugh Dancy, Jonathan Pryce e Anna Chancellor.

Sinopse: a trama se passa na Londres vitoriana, quando dois médicos (Dancy e Jonathan Pryce) se juntam para tratar de histeria – condição que, na época, se associava à irritabilidade das mulheres. Inicialmente o personagem Pryce "alivia" as suas pacientes manualmente, mas o parceiro inventa um aparato elétrico que pode revolucionar o tratamento desse mal.

Crítica: vendido como uma comédia escrachada sobre invenção do vibrador, o longa passa longe disso e, na verdade, usa tal fato como pano de fundo para uma boa história de amor, que pode desagradar os mais desavisados.
Apesar do romance não fugir dos padrões convencionais, o enredo é divertido e funciona como um todo. Óbvio que existem escorregões no roteiro, mas a forma como a libido feminina, ainda considerada um tabu para muitos, é exposta valoriza o tema. Não é necessário apelar para vocabulários chulos como certas produções nacionais adoram recorrer.
O figurino é o ponto forte da obra, com um visual muito bem trabalhado, é fácil imaginar-se no Reino Unido de mais de um século atrás. Destaque também para o elenco. Personagens secundários são marcantes e de fácil fixação na memória. O protagonista Hugh Dancy consegue convencer na pele de Mortimer Granville, um jovem médico idealista que cansado de se frustrar aceita um trabalho “monótono” em uma clínica destinada ao público feminino.
No local, ele é apresentado a um tratamento alternativo para histeria, diagnóstico genérico para quase todos os problemas das mulheres. O remédio era algo simples e muito bem remunerado: uma sessão de relaxamento, onde o médico leva a paciente ao orgasmo usando exclusivamente óleos e as mãos, uma forma socialmente aceita de masturbação.
O dono do estabelecimento é o Dr. Dalrymple, um caricato membro da alta sociedade que é pai da rebelde Charlotte, personagem de Maggie Gyllenhaal, o grande chamariz da produção para encher as salas de cinema, mas que deixou a desejar em algumas sequências.
A trama mescla drama e humor, porém a escolha talvez não tenha sido a mais acertada. No meio-termo, acabou perdendo a força.
Enfim, Histeria é apenas um bom filme, nada marcante. Mas fica a impressão de que se a diretora Tanya Wexler (dez anos sem filmar, o último foi ‘Ball in the House’, de 2001) optasse por manter um caminho mais claro, poderia ser a responsável por uma obra digna de ser lembrada por anos, fosse uma comédia altamente perversa ou romance inesquecível.

Avaliação: ***

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Argo

País: EUA

Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Ben Afleck
Elenco: Bryan Cranston, Ben Affleck e John Goodman.

Sinopse: durante a crise política iraniana, especialista em disfarces é recrutado para resgatar seis norte-americanos refugiados na casa do embaixador canadense em Teerã.

Crítica: Affleck amadureceu de uma maneira poucas vezes vista em Hollywood, deixando de lado uma carreira de altos e baixos, para produzir seus próprios trabalhos e com muito talento.
Dono de uma história tão peculiar no cinema, ele acertou ao trazer Argo para as telonas, afinal a trama é tão irreal quanto a sua carreira. O enredo enfoca uma operação nada ortodoxa para liberar reféns no Irã em 1979.
Após a invasão da embaixada dos Estados Unidos, seis funcionários fogem e procuram abrigo na casa do cônsul canadense. Depois de tomar ciência da situação, a CIA chama Tony Mendez (Affleck), um especialista em resgates, para desenvolver um plano de fuga.
Sem melhores alternativas devido ao governo ditatorial que vigora no país, ele resolve criar um falso filme, uma cópia descarada de Star Wars, que se chamaria Argo. Com a desculpa de procurar locações, ele entra no Irã para ajudar os americanos.
Apesar de ser difícil de acreditar, toda a trama é baseada em fatos reais. Aliás estamos tão acostumados a ser iludidos com essa expressão, que o diretor faz questão de mostrar fotos dos personagens e reportagens da época durante os créditos, ressaltando o trabalho de pesquisa e a fidelidade dos fatos.
É claro que todo o patriotismo americano está presente, afinal qual outra maneira de bancar um projeto destes em Hollywood? Porém, este longa tem o diferencial de não colocar os EUA acima do bem e do mal. Existe uma introdução muito bem montada que apresenta o momento político da época e justifica o porquê dos militantes muçulmanos terem tanto ódio dos ianques.
No entanto, não espere um roteiro extremamente sério, pois, apesar de ser um drama, a produção é recheada de brincadeiras com os vícios da indústria cinematográfica. Destes momentos de humor, destaque para a dupla de atores John Goodman e Alan Arkin, que interpretam colaboradores da CIA. Vale citar que o personagem de Goodman: John Chambers, realmente foi informante do governo, além de ser o vencedor do Oscar de Melhor Maquiagem em 1969, por seu trabalho em ‘Planeta dos Macacos’.
Deixando clichês e exageros de lado, o filme consegue dar o seu recado.

Avaliação: ***

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A Escolha Perfeita (Pitch Perfect)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 112 min
Direção: Jason Moore
Elenco: Anna Kendrick, Brittany Snow e Rebel Wilson.

Sinopse: The Barden Bellas é um grupo só de garotas, que aposta em sucessos pop para atrair o público da escola. Porém, após apresentação desastrosa, as integrantes decidem repensar o grupo.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Sombra do Inimigo (Alex Cross)


País: EUA
Ano: 2012
Direção: Rob Cohen
Gênero: Ação
Duração: 101 min
Elenco: Tyler Perry, Matthew Fox e Rachel Nichols.

Sinopse: após ser informado que um integrante de sua família foi assassinado, detetive passa a investigar o caso e descobre que outras pessoas foram mortas pelo mesmo assassino.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Última Casa da Rua (House at the End of the Street)


País: EUA/Canadá
Ano: 2012
Gênero: Terror
Duração: 101 min
Direção: Mark Tonderai
Elenco: Jennifer Lawrence, Elisabeth Shue e Max Thieriot.

Sinopse: adolescente se muda com a mãe para pequena cidade e descobre que na casa vizinha aconteceu um assassinato em série. As coisas se complicam quando ela faz amizade com o único sobrevivente da tragédia.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Amanhecer – Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn – Part 2)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Aventura
Duração: 115 min
Direção: Bill Condon
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner.

Sinopse: depois do nascimento da filha e da transformação em vampira, Bella precisa proteger sua Renesmee da ameaça dos Volturi.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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