O Homem da Máfia (Killing Them Softly)
País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 97 min
Direção: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt, James Gandolfini
e Richard Jenkins.
Sinopse: contratado pela máfia, homem
persegue golpistas envolvidos num roubo durante jogo de pôquer controlado pela
organização criminosa.
Crítica: o diretor escalou Brad Pitt como principal
estrela, repetindo o feito de 2007 em 'O Assassinato de Jesse James pelo Covarde
Robert Ford'.
Investindo em um ritmo
lento, que não se rendendo às tradicionais cenas de trocas de tiros, o cineasta
foca a história em uma boa crítica social. A escolha de uma Nova Orleans em
reconstrução após o Furação Katrina não foi à toa – tudo pensado para ter alto
teor político. Discursos dos presidentes George W. Bush e Barack Obama dão
sentido às ações de diversos personagens e deixam mensagens implícitas por trás
da trama principal.
O roteiro gira em torno de
um assalto a uma casa de jogo ilegal. Dois garotos são contratados para
realizar o roubo, completamente amadores e drogados.
Com estes dois na
responsabilidade de manter toda a transação em segredo, era óbvio que em pouco
tempo os mafiosos, verdadeiros donos da grana, viriam em busca de vingança.
Para resolver a situação surge Jackie, personagem de Pitt, que tem entrada
triunfal.
A trilha sonora é ponto
alto do filme. Canções variadas, que vão do blues ao clássico, transformam uma
simples cena de ação em algo grandioso, cheio de tensão. A boa música dá o tom
a todos os assassinatos realizados por Pitt, que tem estilo suave de matar,
como o título original do longa (Killing Them Softly) sugere.
Apesar da boa montagem, a
produção perde bastante o fôlego em sua segunda metade e os diálogos, repletos
de cinismo, se tornam forçados. Tudo culpa da tentativa malsucedida de
aprofundar-se na crise econômica americana, sem deixar de lado certas frases
feitas. A antes elogiável crítica social deixa a desejar.
O elenco secundário, James
Gandolfini ev Richard
Jenkins, tem pouco espaço para crescer no enredo. E, para piorar, há erros
bobos de continuidade em uma cena em que Pitt e Gandolfini dividem
a cena em uma mesa de bar, facilmente percecptíveis: copos de cervejas aparecem
e somem da mesa de bar a cada corte de câmera.
O final abrupto também
desagrada, destoando do ritmo imposto até então. O que vale mesmo a pena ver no
longa são as sequências de homicídio repletas de glamour e com uma atuação
consistente de Brad Pitt.
Avaliação:
***
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