Dólares de Areia (Dolares de Arena)
País: República
Dominicana/ Argentina/México
Ano:
2014
Gênero: Drama
Duração: 85
min
Direção: Israel
Cárdenas
Elenco: Geraldine
Chaplin, Yanet Mojica e Ricardo Ariel Toribio.
Sinopse: Anne (Geraldine Chaplin), uma mulher europeia se encanta por
Noeli (Yanet Mojica), uma jovem dominicana bem mais nova que ela, que se esforça para
sobreviver em uma economia que apensa dá espaço para exploração. A conexão
entre as duas gera um fluxo de acontecimentos comoventes e a esperança de uma
chance de vida digna para Noeli.
Crítica: o filme, de poucas palavras e muita sensibilidade,
aposta nas expressões de suas protagonistas e, aqui, quem dá um show de atuação
é Geraldine Chaplin. Ela vive Anne, uma rica senhora e, talvez tendo terminado
uma difícil relação com seu ex-marido na França (a trama não conta quase nada
do passado), busca desesperadamente uma companhia e vê em Noeli (Yanet Mojica) a
pessoa que pode lhe dar isso. Elas estariam “juntas” há 3 anos. Superficialmente,
a história retrata que Anne não vê o filho e o neto há anos e que a relação,
por alguma razão, é bem distante. E seu filho não sabe da existência de Noeli.
Noeli vive de pequenos golpes,
relações de interesse com turistas que chegam à República Dominicana e que
ainda passa o que ganha para o namorado Yeremi (Ricardo Ariel Toribio), que é
músico, mas raramente trabalha. São claras suas segundas intenções com Anne; uma delas é conseguir um passaporte europeu para tentar uma nova vida.
A situação é de exploração
total, ainda de relações de colonialismo, infelizmente comuns na América
Latina.
O tom é íntimo. As cenas
são belas. O olhar de Anne é tão expressivo que nos comove.
Geraldine Chaplin, despida
de qualquer vaidade, está em um dos melhores papéis de sua carreira. Ela que já
fez vários papeis de destaque, como em ‘Fale com Ela’ (2002) e ‘O Orfanato’
(2007).
A relação entre Anne e
Noeli é bem desenvolvida e as duas atrizes possuem uma boa química em cena.
Trata-se de uma obra
simples, mas que trata de temas sérios, como o turismo sexual.
Vale a pena conferir,
sobretudo por Geraldine que é 90% do filme.
Avaliação:
***
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