De Amor e Trevas (A Tale of Love and Darkness)
País: EUA
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 98
min
Direção: Natalie
Portman
Elenco:
Natalie Portman, Gilad Kahana e Amir Tessler.
Sinopse: durante a guerra em Jerusalém, um garoto
cresce em um apartamento lotado de livros dos mais diferentes idiomas. Aos doze
anos de idade, sua mãe comete suicídio, mudando para sempre a vida da
família. Após a tragédia, ele entra para um kibbutz, muda seu nome e começa
a trabalhar como escritor, participando ativamente da vida política do país.
Adaptação do livro de memórias escrito por Amos Oz.
Crítica: o longa-metragem, baseado em obra de Amos Oz,
escritor e defensor de uma solução amigável para o conflito Israel-Palestina, é
o primeiro dirigido por Natalie Portman.
Passado em Jerusalém, em
1945, o drama gira em torno de Amós (Amir Tessler), um jovem garoto de 12 anos
que vive ao lado de carinhosos pais em um período de afirmação do estado de
Israel. Muito interessado por literatura, ele sofre um grande com a depressão
da mãe, Fania, (Portman) que se aprofunda dia a dia, após tanta violência,
guerras e mortes (sobretudo a da amiga).
O posicionamento da câmera
em ângulos onde Amós observa sua mãe é bem interessante.
A narrativa brinca com a origem
e o significado das palavras em hebraico e o texto, por ora, é bem poético. As
histórias contadas por Fania e as sessões de leitura fazem Amós sonhar.
A fotografia é belíssima e,
considerando-se que é o primeiro trabalho de Portman como diretora, pode-se
afirmar que o filme tem qualidade.
Algumas falhas estão na
atuação de Gilad Kahana (nem sempre convincente como o marido centrado) e em certas
cenas da infância de Amós, que parecem novelescas.
No entanto, o conteúdo é
riquíssimo e a abordagem é focada na transformação da família em meio ao
momento turbulento e, principalmente, da relação entre mãe e filho após a
enfermidade dela.
A sensibilidade é um
aspecto marcante na trama, que foi extraída com sabedoria da obra do escritor
israelense.
Avaliação: ***
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