domingo, 24 de dezembro de 2017

Corpo e Alma (A Teströl és Lélekröl)

País: Hungria
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: Ildiko Enyedi
Elenco: Alexandra Borbély, Morcsányi Géza, Zoltán Schneider e Ervin Nagy.

Sinopse: uma história de amor que começou em sonho, literalmente. Numa dualidade entre o dormir e o acordar, dois jovens que não se conhecem têm sonhos exatamente iguais, e acabam se encontrando diariamente todas as noites nesse mundo paralelo de fantasia. Quando chega a hora de se encontrarem de verdade, a situação se mostra ainda mais complexa. 

Críticao filme, representante da Hungria para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2018, é um forte concorrente.
De forma criativa, gradual e intensa, “Corpo e Alma” conta uma história sobre as dificuldades das relações humanas e da convivência, as nossas fraquezas e a ausência de comunicação.
A primeira cena do filme são dois cervos na floresta nevada; mais adiante entendemos o que ela representa. O interessante é que a diretora faz as revelações de forma sutil e natural.
Os protagonistas Márika e Endre (interpretados, respectivamente, por Alexandra Borbély e Morcsányi Géza) são excelentes e nos envolvem em sua situação incomum. Somos comovidos pelo sofrimento de Márika na total fobia que tem do contato humano. Mesmo diante de problemas tão sérios, ainda há espaço para o humor que dá leveza à trama em alguns momentos, quando, por exemplo, ela vai ao terapeuta e tenta seguir as instruções passadas por ele.
A trama ainda permite questionamentos quanto à exploração animal (ambos trabalham em um frigorífico); quanto às modernidades tecnológicas; quanto ao desrespeito às diferenças; quanto ao machismo; quanto à hipocrisia das relações humanas.
E tudo isso num roteiro que só vem crescendo, trazendo uma boa surpresa a cada acontecimento da história.
O final é inspirador. Um filme nobre. Imperdível e merecedor do Oscar.

Avaliação: ****

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Suburbicon

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: George Clooney
Elenco: Matt Damon, Julianne Moore, Oscar Isaac e Noah Jupe.

Sinopse: o mistério de um crime envolvendo uma família durante a década de 50, onde o melhor e o pior da humanidade é refletido através dos atos de pessoas aparentemente comuns. Quando uma invasão de domicílio se torna mortal, uma família de imagem perfeita se submete à chantagem, vingança e traição. 

Críticacom roteiro dos irmãos Cohen e direção de George Clooney, o filme é entretenimento puro.
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Sendo o roteiro dos irmãos Cohen, é esperado o humor negro e sarcástico, já consagrado em seus trabalhos.
A história se passa num bairro fictício, chamado Suburbicon, em 1959. Matt Damon e Julianne More estão perfeitos em seus personagens (Gardner Lodge e Margaret/Rose, respectivamente), representando a família aparentemente feliz. Mas depois de estranhos invadirem sua casa, uma avalanche de acontecimentos desvendará os piores instintos dos protagonistas, tudo para conseguirem o que querem.
A maior vítima na história será Nick (Noah Jupe), o filho de Gardner, que só poderá contar com a ajuda do tio Mitch (Gary Basaraba).
As revelações são mesmo uma surpresa e não faltará sangue na tela. O interessante é a história paralela mostrada sobre uma família negra recém-chegada ao Suburbicon. A reação dos supostos homens brancos “civilizados” é outra crítica sarcástica na trama, que tem o toque do cinema Cohen.

Avaliação: ***

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O Sacrifício do Cervo Sagrado (The Killing of a Sacred Deer)

País: Reino Unido/Irlanda
Ano: 2017
Gênero: Suspense
Duração: 121 min
Direção: Yórgos Lánthimos
Elenco: Colin Farrell, Nicole Kidman, Barry Keoghan, Raffey Cassidy, Sunny Suljic e Alicia Silverstone.

Sinopse: Steven (Colin Farrell) é um cardiologista conceituado que é casado com Anna (Nicole Kidman), com quem tem dois filhos: Kim (Raffey Cassidy) e Bob (Sunny Suljic). Já há algum tempo ele mantém contato frequente com Martin (Barry Keoghan), um adolescente cujo pai morreu na mesa de operação, justamente quando era operado por Steven. Ele gosta bastante do garoto, tanto que lhe dá presentes e decide apresentá-lo à família. Entretanto, quando o jovem não recebe mais a atenção de antigamente, decide elaborar um plano de vingança.

Crítica: os filmes do grego Yorgos Lanthimos costumam causar estranheza no público. O mais famoso deles é “Dente Canino” (2009). Em seu novo trabalho, “O Sacrifício do Cervo Sagrado”, o desconforto e a inquietação causados no espectador também estão presentes.
É, sem dúvida, um estilo autoral, que tem o intuito de denunciar as mazelas humanas, ainda que de forma grotesca e perturbadora.
A primeira cena, já funesta, mostra um coração exposto durante uma cirurgia cardíaca e o cirurgião é Steven Murphy (Farrell). Barbudo e com modos secos, o médico se encontra com o adolescente Martin (Keoghan), filho de um ex-paciente (que, supostamente, teria morrido durante a cirurgia) e com quem parece manter algum tipo de amizade. As coisas começam a mudar, no entanto, quando o caçula de Steven, Bob (Suljic) subitamente perde o movimento das pernas, sendo submetido a todo tipo de exame sem que um diagnóstico seja definido. À medida que o garoto piora, a filha mais velha, Kim (Cassidy), também começa a adoecer, provocando o desespero de sua mãe, Anna (Kidman).
Chamam a atenção as falas dos personagens, sempre em tons baixos e sem quaisquer inflexões, como se não tivessem emoções ou sentimentos ou como se não pudessem expô-los. Algumas falas também se destacam por serem engraçadas: coisas íntimas sendo reveladas com total naturalidade a pessoas que não são da família.
Mas mesmo com poucos diálogos, o sofrimento e a angústia do casal são notáveis. O jovem Barry Keoghan brilha em cena ao criar uma figura assustadora em sua impassividade, projetando um ar de ameaça real e concreta sem jamais erguer a voz.
O recurso visual colabora para a eficácia deste estranho universo, com o uso constante de grandes angulares que não só deformam os cenários em suas laterais como os expandem em sua profundidade, deixando os personagens ainda menores e mais frágeis, o que é ainda reforçado por os deixarem deslocados para um canto inferior do plano. Em outras sequências, a câmera é mantida em movimento constante com lentos travellings, sugerindo que algo aterrorizante vai acontecer.
O desfecho do longa pode não agradar por ser pessimista ou realista, onde será necessário escolher qual membro da família irá sobrevier. A escolha é inevitável e o ato de fazê-lo é cruel, sem dúvida. Outra razão do desagrado pode ser pelo fato de não ter uma explicação científica para a(s) causa(s) da doença que atinge os filhos, o que restringe o final a horror e ao sobrenatural.
É um filme bem dirigido, com bom suspense e competentes atuações. Traz questionamentos quanto à ética médica e, também, às atitudes dos seres humanos quando se trata de sobreviver, enfim, põe em questão a natureza humana.
Não é preciso concordar com o diretor, mas para assistir ao filme é preciso ter ciência de que a sua narrativa costuma chocar.

Avaliação: **

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Visita ou Memórias e Confissões

País: Portugal
Ano: 1982
Gênero: Drama
Duração: 73 min
Direção: Manoel de Oliveira
Elenco: Manoel de Oliveira, Maria Isabel de Oliveira e Diogo Doria.

Sinopse: um casal encontra uma casa aparentemente vazia no campo e, ao entrar nela, passa a explorar os cômodos do local. Em determinados momentos surge em cena o próprio diretor, Manoel de Oliveira, que explica o porquê de estar se mudando daquela casa, onde viveu por mais de 40 anos, e ainda faz um retrato de sua vida e carreira.

Crítica:
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Avaliação: a conferir

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O Rei do Show (The Greatest Showman)

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Musical
Duração: 105 min
Direção: Michael Gracey
Elenco: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zac Efron e Zendaya.

Sinopse: a história de P.T. Barnum, showman empreendedor conhecido como "Príncipe das falcatruas". Entre suas criações estão um museu de curiosidades e um circo próprio, em que eram apresentados animais, freaks e fraudes de todo tipo. Lá ele inventou o “O Maior Espetáculo da Terra”, em cartaz até hoje na companhia circense Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus, fundada em 1884 em Baraboo, Wisconsin (EUA), pelos irmãos da família Ringling.


Crítica:
Avaliação: a conferir

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