Verão 1993
País: Espanha
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 108
min
Direção: Carla
Simón
Elenco: Laia
Artigas, David Verdaguer, Paula Robles e Bruna Cusí.
Sinopse: a pequena Frida (Laia Artigas) é uma criança
em crise. Depois de perder o pai, ela sofre também com a morte da mãe, devido a
uma doença que ela ainda não é capaz de compreender, ela muda-se para a casa
dos tios, em outra cidade. Apesar do afeto e compreensão da família, Frida
manifesta um comportamento agressivo, especialmente com a prima mais nova.
Crítica: o filme aborda um assunto delicado, de forma
bem racional.
No início acompanhamos o
olhar de Frida (interpretada pela convincente Laia Artigas), uma criança, mas
com olhar adulto que presta atenção a tudo o que vê. Pessoas da família
agitadas, malas arrumadas, uma despedida dos avós e tias, e quase nenhuma
explicação.
Sua vida em 1993 muda e a
sua maior dificuldade será adaptar-se a ela. Não é uma simples mudança de lar,
de ares, de colégio ou de amigos. É uma ruptura com aquilo que lhe era mais
valioso, o amor dos pais. A ausência repentina é dura, sobretudo porque Frida
não entende porque não pôde ver a mãe pela última vez ou sequer conhecer a
causa da morte.
A nova vida começa ao lado
do tio (irmão de sua mãe), casado e que tem uma filha menor. Ela observa a
relação deles e sente inveja, ciúmes. Afinal, por que ela não tem direito ao
mesmo?
Aos poucos, a trama vai
dando suas pistas e confirmamos a suspeita inicial: a mãe de Frida tinha Aids e
passou o vírus para a filha. É um fardo pesado para uma criança: perda,
sofrimento e, ainda, rejeição de outras crianças. A resposta dela vem de forma
agressiva. E a defesa precisa ser quebrada. Para tanto, a necessidade se ser
amada é inevitável.
A narrativa conduz bem o
aprendizado, o amadurecimento, o relacionamento de Frida com a nova família,
sem melodramas.
A cena final pega o
espectador de surpresa. A dor é profunda e cada um lida com ela como pode.
Avaliação: ****
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