segunda-feira, 28 de maio de 2018

O Motorista de Táxi (Taeksi Woonjunsa)

País: Coreia do Sul
Ano: 2017
Gênero: Ação
Duração: 137 min
Direção: Jun Jang
Elenco: Song Kang-Ho, Thomas Kretschmann e Hae-jin Yoo.

Sinopse: em maio de 1980, um taxista de Seul recebe uma proposta de um repórter estrangeiro que consiste em transportá-lo para Gwangju e depois voltar para o local de origem por uma bagatela que cobrirá meses de seu aluguel pendente. No local, o taxista descobre uma realidade que ainda não conhecia: a ditadura militar na Coreia, quando centenas de civis foram massacrados pelo governo.

Crítica: o protagonista da trama, Man-seob (Song Kang-ho), é a alma do filme. Ele representa a figura mítica do “pobre de direita”, totalmente ingênuo, inocente e alienado às ações do governo ditador na Coreia do Sul que usa o exército para dar fim aos protestos de estudantes.
Man-seob chama os estudantes de “vagabundos”, dizendo que deveriam estar estudando e não nas ruas.
A consciência política virá aos poucos e de forma sofrida. Descobrirá a opressão dos militares, que censuram a mídia, que cortam as linhas de telefone, que bloqueiam as vias e que matam covardamente.
A história, retratada como fábula, usa de momentos de humor para aliviar a dor das mortes, uma trilha sonora exagerada e tons de verde vibrantes em todo o cenário.
Man-seob entra nessa emboscada ao roubar um passageiro (um repórter alemão) de um outro taxista para levá-lo à cidade de Gwnagiu – centro dos confrontos armados no país. Ele não sabia dos protestos nem que seu passageiro era um jornalista.
Pegando vias ocultas para furar bloqueios, enfim chegam ao destino. Lá, eles se misturam aos manifestantes e outros taxistas que, bravamente, lutam pelo país. O repórter filma tudo o que pode e é incentivado pelos manifestantes que imploram que ele mostre ao mundo as atrocidades cometidas na Coreia do Sul.
A perseguição é ferrenha, por policiais à paisana –a pé ou de carro. As cenas de ação são cheias de adrenalina.
A produção do filme não deixa nada a desejar a uma grande produção hollywoodiana.
O roteiro aprofunda na complexidade humana e psicológica. Poucas obras conseguem equilibrar tão bem entretenimento e política.
Contando com uma ótima atuação do ator coreano, Song Kang-Ho, o longa traz um lembrete importante sobre os horrores da História que ninguém pode esquecer e repetir.

Avaliação: ****

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