quinta-feira, 17 de maio de 2018

Ilha dos Cachorros (Isle of Dogs)


País: Alemanha/EUA
Ano: 2018
Gênero: Animação
Duração: 102 min
Direção: Wes Anderson
Elenco: Bryan Cranston, Frances McDormand, Edward Norton, Liev Schreiber, Greta Gerwig, Scarlett Johansson, Jeff Goldblum e F. Murray Abraham.

Sinopse: Atari Kobayashi é um garoto japonês de 12 anos de idade. Ele mora na cidade de Megasaki, sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de morarem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo. Mas o pequeno Atari não aceita se separar do cachorro Spots. Ele convoca os amigos, rouba um jato em miniatura em parte em busca de seu fiel amigo. A aventura vai transformar completamente a vida da cidade.

Crítica: de grande apelo visual, com cenários imensos, diálogos mordazes e personagens cativantes, o diretor expõe uma crítica aos governos autoritários, tiranos e nazifascistas (infelizmente, existentes ainda hoje), por meio da animação, de forma muito criativa.
Um governante autoritário se volta contra uma parcela da população. Com árdua campanha de marketing, convence a maioria do povo que aquela minoria é perigosa e ameaçadora, impura, precisando ser excluída e, em segundo tempo, exterminada. A ciência comprova que não existe ameaça nenhuma, mas a lavagem cerebral supera qualquer constatação dos fatos: o ódio é maior que a razão. Esta poderia ser uma descrição do nazismo e, de fato, também é. Mas, na trama, a população perseguida é a dos cachorros.
E ainda há espaço para abordar, ainda que levemente, a situação dos imigrantes e refugiados de hoje.
O incrível no filme é que, apesar do uso do recurso da animação, nunca se perde a referência à realidade.
É comovente ver os animais lutando para sobreviver no espaço onde são jogados para extermínio e a luta do menino Atari para salvar seu cão. As expressões dos atores que dão vida aos cachorros são incrivelmente convincentes. O olhar comunica e transmite a emoção.
Com exceção de algumas falhas, como a existência de personagens cachorros demais (que confunde um pouco o espectador para identificá-los) e uma linguagem subliminar de que os gatos seriam vilões por serem amigos dos que estão por trás do plano de exterminar os cães, a trama merece aplausos.
Depois dos dois últimos trabalhos de Wes Anderson, Moonrise Kingdom (2012) e O Grande Hotel Budapeste (2013), “Isle of Dogs” é muito bem-vindo e, certamente, agradará o público.

Avaliação: ****

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