A Número Um (Numéro Une)
País: França
Ano:
2017
Gênero: Comédia
dramática
Duração: 110
min
Direção: Tonie
Marshall
Elenco: Emmanuelle
Devos, Suzanne Clément, Richard Berry e Benjamin Biolay.
Sinopse: Emmanuelle Blachey (Emmanuelle Devos) é uma
dedicada executiva numa renomada empresa francesa. Ela passou toda a sua
carreira tentando não trazer à tona e usar ao seu favor a real dicotomia
trabalhista que existe entre homens e mulheres. Contudo, ao encontrar uma barreira
misógina para subir profissionalmente e com uma série de problemas pessoais,
ela parece não ter outra opção.
Crítica : ser mulher, na sociedade
contemporânea, implica riscos, e querer ascender socialmente como mulher acarreta
riscos ainda maiores. “A Número Um” se dedica a desvendar o mecanismo selvagem
criado por homens brancos para se manterem no poder.
Emmanuelle Blachey
(Emmanuelle Devos) é uma bem-sucedida empresária que concorre à presidência de
uma das maiores empresas da França. Seus parceiros masculinos acreditam numa
merecida promoção, mas jamais lhe concederiam a presidência de uma instituição
tão poderosa. Seguem-se então diversos tipos de machismo: o discurso sexual de
seu principal concorrente ao cargo (Richard Berry), o tom passivo-agressivo do
marido (John Lynch), para quem Emmanuelle deveria pensar sobretudo no
casamento, e o raciocínio hipócrita do pai (Sami Frey), um tipo mulherengo que
critica a ambição da filha pelo poder, sem enxergar a ambição masculina do
mesmo modo. Aqui fica clara a discordância sobre os papéis sociais, o conflito
de gerações e peso da família patriarcal – elementos que contribuem para
entendermos o machismo contemporâneo.
É um filme denso.
Emmanuelle sofre grande pressão psicológica para tomar uma decisão que trará
sérias consequências.
Ela se depara com
chantagens, com jogo sujo e até com a possiblidade de ter que ceder, aceitando
uma negociação, para chegar ao cargo de presidente de uma empresa.
Os diálogos são bons. A
atuação de Devos é surpreendente. Mas a trama poderia ser mais enxuta e melhor
resolvida no desfecho. De qualquer forma, fica a mensagem da difícil vida das
mulheres e os obstáculos que precisam enfrentar para driblar o machismo.
Avaliação: ***
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