quarta-feira, 21 de março de 2018

A Número Um (Numéro Une)



País: França
Ano: 2017
Gênero: Comédia dramática
Duração: 110 min
Direção: Tonie Marshall
Elenco: Emmanuelle Devos, Suzanne Clément, Richard Berry e Benjamin Biolay.

Sinopse: Emmanuelle Blachey (Emmanuelle Devos) é uma dedicada executiva numa renomada empresa francesa. Ela passou toda a sua carreira tentando não trazer à tona e usar ao seu favor a real dicotomia trabalhista que existe entre homens e mulheres. Contudo, ao encontrar uma barreira misógina para subir profissionalmente e com uma série de problemas pessoais, ela parece não ter outra opção.

Crítica: ser mulher, na sociedade contemporânea, implica riscos, e querer ascender socialmente como mulher acarreta riscos ainda maiores. “A Número Um” se dedica a desvendar o mecanismo selvagem criado por homens brancos para se manterem no poder.
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Emmanuelle Blachey (Emmanuelle Devos) é uma bem-sucedida empresária que concorre à presidência de uma das maiores empresas da França. Seus parceiros masculinos acreditam numa merecida promoção, mas jamais lhe concederiam a presidência de uma instituição tão poderosa. Seguem-se então diversos tipos de machismo: o discurso sexual de seu principal concorrente ao cargo (Richard Berry), o tom passivo-agressivo do marido (John Lynch), para quem Emmanuelle deveria pensar sobretudo no casamento, e o raciocínio hipócrita do pai (Sami Frey), um tipo mulherengo que critica a ambição da filha pelo poder, sem enxergar a ambição masculina do mesmo modo. Aqui fica clara a discordância sobre os papéis sociais, o conflito de gerações e peso da família patriarcal – elementos que contribuem para entendermos o machismo contemporâneo.
É um filme denso. Emmanuelle sofre grande pressão psicológica para tomar uma decisão que trará sérias consequências.
Ela se depara com chantagens, com jogo sujo e até com a possiblidade de ter que ceder, aceitando uma negociação, para chegar ao cargo de presidente de uma empresa.
Os diálogos são bons. A atuação de Devos é surpreendente. Mas a trama poderia ser mais enxuta e melhor resolvida no desfecho. De qualquer forma, fica a mensagem da difícil vida das mulheres e os obstáculos que precisam enfrentar para driblar o machismo.


Avaliação: ***

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