domingo, 25 de março de 2018

A Odisseia (L‘Odyssée)

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País: França
Ano: 2017
Gênero: Biografia
Duração: 123 min
Direção: Jérôme Salle
Elenco: Audrey Tautou, Lambert Wilson, Pierre Niney, Benjamin Lavernhe e Laurent Lucas.

Sinopse: o aventureiro oceânico e cineasta francês Jacques-Yves Cousteau (Lambert Wilson) embarca em uma grande viagem com sua família na embarcação Calypso. Com o passar dos anos, no entanto, seu amor pelo mundo submerso - e suas possibilidades de negócios - relega a segundo plano a mulher (Audrey Tautou) e os filhos. Quando cresce, Phillippe (Pierre Niney) volta a bordo apesar da péssima relação com o pai e os dois precisam superar todas as diferenças e mágoas para sobreviver em alto-mar.

Crítica: o longa conta 30 anos da história do oficial da marinha francesa, oceanógrafo, documentarista, oceanógrafo, cineasta e inventor Jacques-Yves Cousteau – o homem que ficou mundialmente conhecido por suas viagens e aventuras a bordo do navio Calypso.
Quem vive o personagem é o ator Lambert Wilson (numa atuação maestral), durante os anos de 1949 a 1979. Audrey Tautou (a Amélie Poulain do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain) interpreta a esposa, Simone Cousteau (infelizmente, num papel “apagado”.
Após sofrer um acidente de carro que deu fim a sua carreira de aviador, Cousteau voltou o seu interesse totalmente para o mar. Ele conta essa história ao seu filho Phillipe (Pierre Niney) que possui o mesmo espírito aventureiro do pai.
Além do lado aventureiro, o filme revela o homem ambicioso, sedutor, inventor e egocêntrico – nesse ponto, ele renega sentimentos, fere os que mais o amam (inclusive um dos filhos que ele praticamente ignora) e, por diversas vezes, esquece da existência da sua esposa. Foi ela a maior incentivadora da compra do navio Calypso, que foi completamente reformado (com a venda das joias de família dela) para que a família viajasse pelo mundo.
A história do filme é contada sob a perspectiva de Philippe e de Cousteau e mostra toda a tragédia familiar e segredos da vida do explorador francês. Em um certo momento, Jacques se torna uma estrela mundial e faz diversas coisas em prol do dinheiro e da obsessão da conquista do mar.
Projetos, filmes, viagens a negócios – tudo se resume a lucrar. Phillipe, seu filho, começa a distanciar-se por ter uma nova visão de futuro, visando à preservação da natureza.
Jacques percebe essa mudança e dá uma guinada nos seus planos, passando a se preocupar com o meio ambiente.
É muita coisa para contar, o que torna difícil aprofundar-se nos acontecimentos e momentos da vida de Jacques. O público tem que captar e acompanhar rapidamente.
Cousteau foi um dos inventores, juntamente com Émile Gagnan, do aqualung, o equipamento de mergulho autônomo que substituiu os pesados escafandros e, também, participou como piloto de testes da criação de aparelhos de ultrassom para levantamentos geológicos do relevo submarino e de equipamentos fotocinematográficos para trabalhos em grandes profundidades.
Ele conquistou a Palma de Ouro de 1956, com o filme O mundo silencioso, rodado no Mar Mediterrâneo e Vermelho. No total, foram quatro longas-metragens e setenta documentários para a televisão.
Em 1965, Cousteau criou uma casa submarina onde seis pessoas viveram por um mês, a cem metros de profundidade.
As belas imagens no fundo do mar (sobretudo com as baleias) e da expedição à Antartica complementam a cinebiografia do homem idealizador e imaginário.

Avaliação: ***

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