A Odisseia (L‘Odyssée)
País: França
Ano:
2017
Gênero: Biografia
Duração: 123
min
Direção: Jérôme
Salle
Elenco: Audrey Tautou, Lambert
Wilson, Pierre Niney, Benjamin Lavernhe e Laurent Lucas.
Sinopse: o aventureiro oceânico e cineasta francês
Jacques-Yves Cousteau (Lambert Wilson) embarca em uma grande viagem com sua
família na embarcação Calypso. Com o passar dos anos, no entanto, seu amor pelo
mundo submerso - e suas possibilidades de negócios - relega a segundo plano a
mulher (Audrey Tautou) e os filhos. Quando cresce, Phillippe (Pierre Niney)
volta a bordo apesar da péssima relação com o pai e os dois precisam superar
todas as diferenças e mágoas para sobreviver em alto-mar.
Crítica: o longa conta 30 anos da história do oficial
da marinha francesa, oceanógrafo, documentarista, oceanógrafo, cineasta e
inventor Jacques-Yves Cousteau – o homem que ficou mundialmente conhecido por
suas viagens e aventuras a bordo do navio Calypso.
Quem vive o personagem é o
ator Lambert Wilson (numa atuação maestral), durante os anos de 1949 a 1979.
Audrey Tautou (a Amélie Poulain do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain)
interpreta a esposa, Simone Cousteau (infelizmente, num papel “apagado”.
Após sofrer um acidente de
carro que deu fim a sua carreira de aviador, Cousteau voltou o seu interesse
totalmente para o mar. Ele conta essa história ao seu filho Phillipe (Pierre
Niney) que possui o mesmo espírito aventureiro do pai.
Além do lado aventureiro, o
filme revela o homem ambicioso, sedutor, inventor e egocêntrico – nesse ponto,
ele renega sentimentos, fere os que mais o amam (inclusive um dos filhos que
ele praticamente ignora) e, por diversas vezes, esquece da existência da sua
esposa. Foi ela a maior incentivadora da compra do navio Calypso, que foi
completamente reformado (com a venda das joias de família dela) para que a
família viajasse pelo mundo.
A história do filme é
contada sob a perspectiva de Philippe e de Cousteau e mostra toda a tragédia
familiar e segredos da vida do explorador francês. Em um certo momento, Jacques
se torna uma estrela mundial e faz diversas coisas em prol do dinheiro e da
obsessão da conquista do mar.
Projetos, filmes, viagens a
negócios – tudo se resume a lucrar. Phillipe, seu filho, começa a distanciar-se
por ter uma nova visão de futuro, visando à preservação da natureza.
Jacques percebe essa
mudança e dá uma guinada nos seus planos, passando a se preocupar com o meio
ambiente.
É muita coisa para contar,
o que torna difícil aprofundar-se nos acontecimentos e momentos da vida de
Jacques. O público tem que captar e acompanhar rapidamente.
Cousteau foi um dos
inventores, juntamente com Émile Gagnan, do aqualung, o equipamento de mergulho
autônomo que substituiu os pesados escafandros e, também, participou como
piloto de testes da criação de aparelhos de ultrassom para levantamentos
geológicos do relevo submarino e de equipamentos fotocinematográficos para
trabalhos em grandes profundidades.
Ele conquistou a Palma de
Ouro de 1956, com o filme O mundo silencioso, rodado no Mar Mediterrâneo e
Vermelho. No total, foram quatro longas-metragens e setenta documentários para
a televisão.
Em 1965, Cousteau criou uma
casa submarina onde seis pessoas viveram por um mês, a cem metros de
profundidade.
As belas imagens no fundo
do mar (sobretudo com as baleias) e da expedição à Antartica complementam a
cinebiografia do homem idealizador e imaginário.
Avaliação:
***
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