Bohemian Rhapsody
País: EUA
Ano: 2018
Gênero: Biografia
Duração: 133
min
Direção: Brian
Singer
Elenco: Rami
Malek, Lucy Boynton, Aaron McCusker e Joseph Mazzello.
Sinopse: “Bohemian Rhapsody” conta a história de
Freddie Mercury e se concentra desde a formação da banda Queen até seis anos
antes da morte do cantor. Freddie Mercury (Rami Malek) e seus companheiros,
Brian May, Roger Taylor e John Deacon mudam o mundo da música para sempre ao
formar a banda Queen durante a década de 1970. Porém, quando o estilo de vida
extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem que enfrentar o
desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais
complicadas.
Crítica: enfim, a cinebiografia tão esperada de uma das
bandas mais marcantes da história do rock – são mais de 150 milhões discos
vendidos quando da existência do grupo.
Uma obra feita para os fãs,
que conta a trajetória de Queen, e, claro, faz uma homenagem à figura tão
carismática e espirituosa como o vocalista Freddie Mercury, nascido Farrokh
Bulsara, descendente de persas, com seu jeito afeminado e dentes proeminentes. Nasceu
numa colônia chamada Zanzibar, no país da Tanzânia, tendo se mudado com a família
para Londres aos 17 anos.
Freddie (Rami Malek, numa
atuação impressionante) é, sem dúvida, o centro da atenções. Talentoso,
enigmático, complexo, hipnotizador, dono de uma voz surpreendente.
Nas primeiras cenas, ele
aparece trabalhando como carregador de malas no aeroporto Heathrow, em Londres.
Fã de rock, acompanha a banda Smile da qual gosta muito. Ao término de um
desses shows, ele vai falar com os membros do grupo que acaba de perder seu
vocalista. É a sua vez de brilhar, ao lado do guitarrista Brian May (Gwilym
Lee) e do estudante de odontologia e baterista Roger Taylor (Ben Hardy). Logo
depois, insere-se na banda o baixista John Deacon (Joseph Mazzello).
Criativo, inovador e
ousado, logo chama a atenção de um produtor que os conduz às gravadoras. O
primeiro álbum é lançado e iniciam-se as turnês e as participações na TV. De
Londres para o resto da Europa e, posteriormente, para a Ásia, a Oceania e a
América. Queen ganha o mundo.
A edição de imagens e de
som é bastante atrativa, dando ritmo ao roteiro e atraindo o expectador.
Conhecemos detalhes da vida
de Mercury: a família conservadora; o casamento com Mary Austin, interpretada
por Lucy Boynton; o jeito tímido quando não estava no palco; a sua difícil
aceitação como homossexual; as suas relações; e a solidão.
Acompanhamos percalços no relacionamento
conturbado que tem com Paul (Allen Leech); o excesso de álcool, drogas e
festas, o afastamento da banda; a descoberta de ter sido contaminado com a AIDS;
e o início do romance que terá com o cabeleireiro Jim Hutton, que viverá com
ele até o fim.
Finalmente, a banda se une novamente
para uma apresentação de 20 minutos no evento filantrópico Live Aid, de 1985, no London’s
Wembley Stadium, considerado por muitos uma das melhores performances da
história do rock. O mar de gente cantando em coro com a banda é de arrepiar. Essa
interação com a plateia em cada show foi muito bem captada pelo diretor.
Impossível não se emocionar
cada vez que uma canção começa. A dedicação de Malek convence, ainda que não
seja tão parecido com Mercury (o primeiro nome pensado foi Sacha Baron Cohen,
que recusou o papel). Na irreverência sua performance é fidedigna: em cada passo,
em cada gesto, em cada pose, em cada olhar.
A criação de “Bohemian
Rhapsody” (em1975), canção de “longos” seis minutos que mistura gêneros como
rock e opera, é um dos pontos mais divertidos do filme, quando a EMI Records não
acredita no sucesso da música pelo fato de ser tão longa. Freddie, então, cede
a música ao DJ Kenny Everett, da Capital Radio, que a estreia na rádio.
Quando foi lançada como
single, "Bohemian Rhapsody" se tornou um sucesso comercial, ficando
no topo da UK Singles Chart por nove semanas e vendendo mais de um milhão de
cópias até o fim de janeiro de 1976. Ela alcançou o topo das listas em diversos
outros mercados, incluindo Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Irlanda e Holanda.
E continua sendo uma das músicas mais populares da banda.
O single foi acompanhado de
um vídeo promocional, inovador para a época, e popularizou o uso de videoclipes
para lançamento de singles, além de ter sido considerado o marco inicial da
“era da MTV”.
Freddie Mercury faleceu em
1991, onde ele infelizmente veio a falecer por conta da AIDS, porém “Bohemian
Rhapsody” e todos os seus outros sucessos – We Are the Champions’, ‘Love of my
Life’, ‘Killer Queen’, ‘Somebody to Love’ e ‘Don’t Stop Me Now’ – continuam
eternos e conquistando mais fãs.
Avaliação: *****
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