A Casa que Jack Construiu (The House That Jack Built)
País: Dinamarca
Ano: 2018
Gênero: Suspense
Duração: 155
min
Direção: Lars
von Trier
Elenco: Matt
Dillon, Bruno Ganz, Uma Thurman e Riley Keough.
Sinopse: um dia, durante um encontro fortuito na
estrada, o arquiteto Jack (Matt Dillon) mata uma mulher. Este evento provoca um
prazer inesperado no personagem, que passa a assassinar dezenas de pessoas ao
longo de doze anos. Devido ao descaso das autoridades e à indiferença dos
habitantes locais, o criminoso não encontra dificuldade em planejar seus
crimes, executá-los ao olhar de todos e guardar os cadáveres num grande
frigorífico. Tempos mais tarde, ele compartilha os seus casos mais marcantes
com o sábio Virgílio (Bruno Ganz) numa jornada rumo ao inferno.
Crítica: conhecido pelos filmes polêmicos, roteiros
imprevisíveis e abordagens diferentes de contar suas histórias, em geral com um
olhar pessimista, aqui Lars von Trier tenta, mais uma vez, usar o suspense para
explicar as razões do comportamento humano.
O protagonista é Jack (Matt
Dillon). Incrivelmente convincente como um psicopata frio e impiedoso, se a avaliação
do filme dependesse só dele, o filme receberia nota 10. A questão é que o ritmo
da narrativa torna-se um pouco cansativo depois de uma hora de exibição.
Manter a atenção do espectador
não é algo que o cineasta consegue manter até o final. Aliás, o final deixa a
desejar. Pouco criativo, falta profundidade para justificar todo o início e o
meio da narrativa.
Resume-se à mensagem de que
o mundo é individualista e de que estamos pouco atentos ao que acontece a nossa
volta. Alguém pode simplesmente sumir e, muito depois, se dará conta disso.
E nos deixa a estranha
sensação de que matar é fácil e de qualquer um pode cometer um crime, se as
circunstâncias assim permitirem.
A violência das cenas incomoda,
sobretudo quando uma das cenas envolve uma família.
O assassino não tem um
perfil para suas vítimas. Homens, mulheres ou crianças - azar de quem estiver na
sua mira. As formas de matar também variam. Destaque para a cena com a atriz Riley
Keough (personagem Simple), única vítima com a qual Jack teve alguma
proximidade antes de assassiná-la.
Dividido em 5 episódios,
com o acompanhamento de narração e de diálogo com quem seria o diabo (papel de Bruno
Ganz), é um dos trabalhos menos inventivos de Trier.
Avaliação: ***
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