A Rota Selvagem (Lean on Pete)
País: Reino
Unido
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 121
min
Direção: Andrew
Haigh
Elenco: Charlie
Plummer, Chloë Sevigny, Travis Fimmel e Steve Buscemi.
Sinopse: Charley Thompson (Charlie Plummer) é um garoto
de 15 anos que sonha com estabilidade. Filho de um pai solteiro, os dois mudam
de cidade com frequência. Quando eles se estabelecem em Portland, no Oregon,
Charley consegue um emprego de assistente de treinador de cavalos. No trabalho,
o rapaz se encanta por um velho cavalo chamado Lean-on-Pete. Ao descobrir que a
vida do animal está em risco, ele decide tomar medidas extremas para salvar
esse novo e improvável amigo. Baseado
na obra homônima de Willy Vlautin.
Crítica: o diretor de outros bons filmes, como Final de
Semana (2011) e 45 Anos (2015), gosta de desenvolver bem seus personagens em questão
de sentimentos e de maturidade.
Em “A Rota Selvagem” (péssimo
titulo em português; o original é o nome do cavalo que Charlie vai se apegar), as
questões humanas estão centradas entre pai e filho, que têm uma boa relação,
ainda que seu pai (Travis Fimmel) seja disperso, e no futuro chefe de Charlie, Del
(Steve Buscemi), que cria cavalos para correr, empregando-o como cuidador de cavalos.
Com o tempo, a forma do
menino de 15 anos ver os cavalos muda completamente. O que parece normal para
os outros, registrado em comentários como “o cavalo nasceu para ser montado”, “os
cavalos só estão aqui para correr mesmo” ou, ainda, “você não pode se apegar a
eles”, para Charley é a prova total de desumanidade e de maus-tratos que o
animal sofre, cuja finalidade é basicamente gerar lucro para o criador.
Para piorar a situação, ele
perde o pai de forma repentina (assassinado pelo esposo de sua amante). Tendo
perdido o contato com a mãe, ele só tem uma tia que mora longe. E será atrás
dela que ele irá quando as coisas se complicam ainda mais.
A atuação de Charley
Thompson é marcante. Seu olhar nos impacta transparecendo todo o medo, o desespero
e o desamparo.
Ele não imaginava o rumo
que os acontecimentos tomariam. A vida o leva a um amadurecimento precoce e,
consequentemente, ao seu crescimento emocional.
Avaliação: ***
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