Vida Selvagem (Wildlife)
País: EUA
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 105
min
Direção: Paul
Dano
Elenco: Carey
Mulligan, Jake Gyllenhaal, Ed Oxenbould e Bill Camp.
Sinopse: aos 14 anos de idade, Joe (Ed Oxenbould)
começa a perceber que sua família está desmoronando. O pai, Jerry (Jake
Gyllenhaal), acaba de perder o emprego, mas não quer que a esposa trabalhe. A
mãe, Jeanette (Carey Mulligan), não pretende ficar de braços cruzados diante da
crise e começa a ganhar sua autonomia. Quando Jerry decide ficar muitos meses
fora de casa, num trabalho temporário apagando incêndios pela região, Jeanette
decide que é hora de refazer a sua vida. Mas para Joe, a única coisa que
importa é ver os pais reunidos novamente.
Crítica: o início de “Wildlife” corresponde à imagem imaginada
como perfeita de uma família norte-americana nos anos 50: patriarcal e de
sucesso financeiro.
No entanto, logo percebemos
que a destruição desse lar está próxima. De forma fria e violenta, os personagens
vão percebendo a realidade e se afastam.
Jerry (Jake Gyllenhaal) perde
o emprego e decide partir a contragosto da família: tornar-se um herói à
americana, apagando fogo na região (devastadas pelas queimadas), mesmo que por
um salário irrisório.
Jeanette (Carey Mulligan),
acreditando que o marido não voltará e achando-o desmotivado e sem qualquer
ambição, busca um novo emprego e um novo marido. A atriz surpreende com uma personagem desequilibrada, desesperada, imprevisível e, por vezes, impetuosa.
Joe (ED Oxenbould, em
excelente interpretação) fica imobilizado diante de todas essas mudanças. Estranha
o comportamento da mãe, mas não tem coragem de recriminá-la.
Ele busca um emprego e
consegue ser auxiliar de fotógrafo para ajudar nas despesas da casa, já que o patriarca
está ausente.
Quando Jerry, enfim,
retorna, as coisas estão diferentes (e desconfortáveis) e o futuro é incerto.
Os cenários são amplos,
vazios, opacos. Tudo parece precário e abandonado, impróprio para viver e ser
feliz.
O diretor nos presenteia
como uma espécie de análise psicológica dos seres humanos e todos os seus
sentimentos complexos.
É o primeiro trabalho de
Paul Dano como diretor e ele se sai muito bem. Vale a pena conferir.
Avaliação: ***
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