quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A Guerra de Anna (Voina Anny)


País: Rússia
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 74 min
Direção: Aleksey Fedorchenko
Elenco: Maria Koslova

Sinopse: Anna (Marta Kozlova) é uma menina de seis anos que tem toda a família assassinada em uma execução em massa de judeus. Por um milagre ela sobrevive e passa as próximas centenas de dias escondida na chaminé em desuso de um comandante nazista. Relembrando sua vida que a guerra tomou, com os fundamentos culturais ensinados por seus pais, Anna precisa sobreviver e manter sua humanidade nas condições mais inumanas possíveis.

Crítica: o cinema já nos brindou com bons filmes em que um único personagem nos conta sua história. No longa-metragem russo, o mais surpreendente é que a protagonista e praticamente única personagem, Anna, é uma criança de apenas seis anos. Fora alguns personagens iniciais e outros figurantes, que estão ali apenas para nos situar no tempo e na circunstância, é ela que nos revela como é sobreviver sozinha na guerra.
A cena inicial nos revela vários corpos. Apenas uma menina sobrevive, surgindo da terra escura e debaixo de um corpo, provavelmente o da sua mãe. Anna perdeu todos seus familiares, mortos pelos nazistas. Encontrada por uma família muito humilde, que não pode ficar com ela, é entregue para soldados russos. É o início da Segunda Guerra. Anna não confia em ninguém. Ela consegue se esconder na base militar, sem ninguém notar sua existência. Sem diálogos (fora alguns comentários de adultos que entram e saem da base), o roteiro se centraliza nas ações da menina que luta para sobreviver.
Bebe urina e água suja, rouba comida quando dá, de madrugada pega gelo na soleira da janela (é inverno) e consegue aquecê-la (improvisando o fogo) para derretê-la e se lavar um pouco, consegue trapos para se esquentar e usar como sapatos.
Cada ação nos impressiona. O filme nunca é tedioso. Dirigir uma criança não é tarefa fácil. E a atriz mirim, Maria Koslova, é competente em sua atuação.
Um filme belo, doloroso, que mostra que a Guerra é sempre injusta e que o instinto de sobrevivência é que nos guia.
Uma cena muito especial se dá quando ela está com um gatinho – seu único companheiro na solidão da guerra.

Avaliação: ***

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