Cinema: 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Tudo pelo Poder (The Ides of March)

País: EUA

Gênero: Drama

Direção: George Clooney

Elenco: George Clooney, Ryan Gosling, Paul Giamatti, Philip Seymour Hoffman e Evan Rachel Wood.

Sinopse: Stephen Myers (Ryan Gosling), um idealista membro do staff do candidato à presidência Mike Morris (George Clooney), cai na vida real ao descobrir as sujeiras em torno da política na corrida pela Casa Branca. Em especial, um caso de corrupção que ameaça a promissora campanha de Morris.

Crítica: há um cheiro de Oscar neste quarto (e melhor) filme dirigido por George Clooney. Inspirado numa peça teatral, o drama político tem o galã como co-roteirista e em um dos papéis principais.

A trama trata dos bastidores de uma campanha eleitoral americana e traz Clooney no papel de Mike Morris, governador do estado da Pensilvânia às voltas com as primárias no estado de Ohio. Ele disputa com um senador uma vaga entre os democratas para concorrer à presidência.

Em atuação exemplar, que deve lhe valer uma indicação ao Oscar, Ryan Gosling faz o protagonista Stephen Meyers. Secretário de Morris, ele vive diariamente numa corda bamba tentando driblar a superioridade do coordenador da campanha (papel de Philip Seymour Hoffman) e o assédio do assessor do outro candidato (Paul Giamatti) para que ele mude de lado. O único momento de prazer é quando está na cama com a estagiária vivida por Evan Rachel Wood.

O enredo é excelente, com grandes reviravoltas, o elenco é de primeira, os diálogos são inteligentes e as críticas, fortes e muito atuais.

O enredo é bastante enxuto, até demais. Uns minutinhos a mais seriam bem-vindos ao longa-metragem. Mas isso não tira a excelência da obra.

Avaliação: ****

Ela se Chamava Sarah (Elle S'Appelait Sarah)

País: França

Ano: 2010

Gênero: Drama

Duração: 111 min

Direção: Gilles Paquet-Brenner

Elenco: Kristin Scott Thomas, Mélusine Mayance, Niels Arestrup, Frédéric Pierrot e Aidan Quinn.

Sinopse: os segredos escondidos numa casa em Paris e os horrores vividos na época da caça aos judeus durante o governo colaboracionista de Vichy é o que leva Julia Jarmond (Scott Thomas), uma jornalista americana estabelecida em Paris, a se envolver em uma busca que a faz navegar entre dois mundos. O longa conta duas histórias distanciadas no tempo por 60 anos e que se cruzam através de uma casa do bairro parisiense de Le Marais. Em 1942, uma família judia é desalojada desse apartamento onde Michel, o caçula, fica escondido em um armário, por ideia da irmã Sarah (Mélusine Mayance). Sessenta anos depois, Julia começa a investigar a origem do apartamento de seus sogros, onde quer começar uma nova vida com o marido.

Crítica: a história já contada tantas vezes revela aqui um lado menos divulgado, a contribuição de outros países com o nazismo; nesse caso, a França.

Em 1942 os alemães, com o apoio da polícia francesa, prendem 13.000 judeus, dos quais 4.000 são crianças, em Paris. Concentrados no Velódromo de Inverno (Vél d'Hiv), no local do atual Palácio dos Desportos de Paris-Bercy, serão enviados mais tarde para campos de extermínio e poucos regressarão.

Mas esse é apenas o gancho para o início da trama, que retrata uma história em particular, entre tantas abaladas pelo holocausto.

A narrativa mescla idas e vindas, passado e futuro, o que torna tudo mais dinâmico no mistério que é o ponto chave do filme. A atuação de Kristin Scott Thomas é perfeita, como sempre. Outro destaque é o ator Niels Arestrup. Em compensação, a performance do americano Aidan Quinn, como filho de Sarah, é vergonhosa.

Além disso, o suspense, bem conduzido até a metade da história, perde a força depois, ficando menos interessante para o público.

Talvez se o desenrolar do enredo tivesse sido acelerado, poupando algumas cenas pouco interessantes, o filme poderia ter tido um resultado melhor.

Avaliação: ***

Compramos um Zoológico (We Bought a Zoo)

País: EUA

Gênero: Comédia dramática

Direção: Cameron Crowe

Elenco: Matt Damon, Scarlett Johansson, Elle Fanning, Patrick Fugit, Stephanie Szostak, Thomas Haden Church, Carla Gallo, Desi Lydic e John Michael Higgins.

Sinopse: Benjamin Mee (Matt Damon) é um homem que, ao lado de sua família, encontra uma bela casa no interior, mas é surpreendido ao descobrir que o lugar é um zoológico abandonado. Assim, ele aceita o desafio e compra a casa, na esperança de restaurar a antiga glória do local.

Crítica: filmes baseados em fatos reais nem sempre são sinal de sucesso. Eis aqui um exemplo. Uma história mal dirigida, um roteiro amador, uma narrativa novelesca e sequências completamente desnecessárias.

Nem Matt Damon e Scarlett Johansson salvam a trama. Aliás, os diálogos entre eles são vergonhosos.

Fora algumas cenas comoventes com os belos animais do zoológico, o longa não merece ser visto.

Avaliação: **

A Árvore da Vida (Shan Zha Shu Zhi Lian/ Under The Hawthorn Tree)

País: China

Ano: 2010

Gênero: Drama

Duração: 114 min

Direção: Zhang Yimou

Elenco: Dongyu Zhou, Shawn Dou, Meijuan Xi, Xuejian Li, Taisheng Chen, Rina Sa, Liping Lü, Ruijia Jiang, Xinbo Yu e Xinyun Xi.

Sinopse: Jing, uma inocente estudante do ginásio, é enviada para uma remota aldeia para “reeducação” durante a Revolução Cultural. Com seu pai preso como “direitista” e a família posta à margem, Jing sabe que seu futuro e de sua família dependem de como ela se comportará aos olhos das autoridades. Um movimento errado e suas vidas podem ser destruídas. Mas ela se apaixona por Sun, o filho de um General. Devido à diferença de suas posições sociais, o romance entre os dois é impensável e perigoso, mas a atração mútua é irresistível.

Curiosidade: do mesmo diretor de ‘Lanternas Vermelhas’ e ‘O Clã das Adagas Voadoras’. Baseado no best-seller de Ai Mi.

Crítica: uma trama feita para emocionar, situada durante a Revolução Cultural, quando Mao Tsé-Tung abafou, a custo de muita propaganda e prisões, uma incipiente oposição.

No contexto político de controle do pensamento, há o amor juvenil de uma estudante, Jing, e um jovem adulto, Sun, membro de uma divisão do Exército. Ela, muito pobre e de “histórico duvidoso”, com seu pai “direitista” encarcerado como preso político e a mãe, antiga professora, agora trabalhando como faxineira.

A relação dos jovens é acompanhada, passo a passo, e retratada de forma belíssima. Impossível não se comover. Apesar do melodrama, é um belo trabalho, que leva à reflexão sobre os acontecimentos históricos e o amor impossível em meio a tudo isso.

O filme é baseado em fatos verídicos.

Avaliação: ***

Redenção (Machine Gun Preacher)

País: EUA

Ano: 2011

Gênero: Drama

Duração: 129 min

Direção: Marc Forster

Elenco: Gerard Butler, Michelle Monaghan, Kathy Baker, Michael Shannon, Madeline Carrol, Souleymane Sy Savane, Grant R. Krause, Reavis Graham, Peter Carey e Barbara Coven.

Sinopse: depois de sair da prisão, Sam Childers (Gerard Butler) vira pastor e, em seguida, passa a fazer trabalhos voluntários na África. O que inicialmente seria uma curta temporada para reconstruir casas na devastada Uganda se transforma em um envolvimento político no Sudão. Enquanto espera por apoio financeiro para ajudar crianças desabrigadas e levantar armas contra os rebeldes no poder, Sam terá de encarar novos dilemas: dar atenção à sua família, manter a sua fé e confrontar um passado violento que ele pensava ter deixado para trás.

Crítica: baseado em fatos reais, o filme comove pela própria história do protagonista: alguém que muda radicalmente de vida para ajudar o próximo em um lugar bem distante do conforto do lar.

Mostra, com detalhes, como tudo aconteceu na vida de Sam Childers. A direção peca apenas pela mensagem exagerada quanto à religiosidade. Uma posição mais imparcial teria sido uma melhor escolha para a trama, já que não se trata de uma biografia.

Não sou fã de Gerard Butler, mas a atuação dele é razoável. Pela dura realidade retratada e pela mensagem transmitida, vale a pena assistir.

Avaliação: ***

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

As Canções

País: Brasil

Ano: 2011

Gênero: Documentário

Duração: 91 min

Direção: Eduardo Coutinho

Elenco: -

Sinopse: Homens e mulheres cantam e contam as músicas que marcaram suas vidas.

Crítica: uma sala, uma cadeira e uma cortina. Esse é o cenário onde homens e mulheres comuns contam histórias sobre suas músicas preferidas. Foram selecionados 237 pessoas nas ruas do Rio de Janeiro, das quais 42 foram filmadas e 17 foram para a produção final do documentário.

Às vezes, melodramático sim. Mas real e comovente, por ser humano. O cineasta soube deixar essas pessoas comuns à vontade diante da câmera, onde abriram seus corações sem medo.

Uma experiência valiosa!

Avaliação: ***

Reidy – A Construção da Utopia

País: EUA

Ano: 2008

Gênero: Documentário

Duração: 77 min

Direção: Ana Maria Magalhães

Elenco: entrevistas exclusivas: com o urbanista Lucio Costa, a engenheira Carmen Portinho, o arquiteto francês Roland Castro e o brasileiro Paulo Mendes da Rocha.

Sinopse: aborda a repercussão na atualidade da obra do arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy, autor dos projetos do Museu de Arte Moderna e do Aterro e Parque do Flamengo, o mais querido da cidade, e sua contribuição para a construção da paisagem urbana do Rio de Janeiro sob a perspectiva de uma utopia com capacidade de ação no mundo real.

Crítica: Ana Maria Magalhães já havia realizado, anos atrás, um documentário televisivo sobre Reidy. Porém, essa linguagem não era a mais adequada para o que queria falar. Foi atrás, então, de uma abordagem, menos didática, mais cinema mesmo. Usou imagens de arquivo, fez tomadas atuais e realizou entrevistas, mas deixou um pouco de lado os dados “biográficos”, enfocando mais o homem, seus pensamentos, utopias e escritos. Isso na verdade é o que interessa, o que vemos de mais valioso hoje em documentários.

Em Reidy, a edição coloca em foco o discurso, claro, contudo contempla também as maquetes, obras acabadas e projetos em geral. Como diferencial narrativo, em vez de uma simples narração, a diretora emprega um ator lendo os manuscritos que Reidy deixou, mas o recurso não ficou bom. O texto é lido de forma decorada, o que não condiz com o objetivo da obra. Talvez, se fosse lido de forma mais poética ou colocado na boca do próprio Reidy, utilizando-se de entrevistas ou gravações, tivesse ficado melhor. É um filme que pode agradar arquitetos, urbanistas e, ainda, ao público interessado em artes e personagens importantes do Brasil, ainda que não tão famosos como Niemeyer. Uma dica: no blog do documentário, há diversas informações interessantes sobre projetos de Affonso Reidy, com detalhes técnicos e tudo mais.

Curiosidade: Melhor Documentário do Festival do Rio em 2009.

Avaliação: ***

Noite de Ano Novo (New Year's Eve)

País: EUA

Ano: 2011

Gênero: Comédia

Duração: 118 min

Direção: Garry Marshall

Elenco: Robert De Niro, Hilary Swank, Sofía Vergara, Ashton Kutcher, Michelle Pfeiffer, Sara Paxton, Sarah Jessica Parker, Katherine Heigl, Jessica Biel, Zac Afron, Abigail Brelin e Carla Gugino.

Sinopse: o diretor Gary Marshall intercala narrativas de casais e solteiros, em meio à pulsação e promessas da cidade de Nova York, na noite mais deslumbrante do ano, a de passagem de ano.

Crítica: a fórmula é antiga. Diversas histórias românticas, vividas por gente comum, que se entrelaçam e/ou se complementam durante uma véspera de Ano Novo. Um jovem casal fica preso dentro de um elevador, um astro da música tenta recuperar o perdão da mulher amada, dois casais disputam um prêmio oferecido por uma maternidade, um paciente terminal quer sobreviver pelo menos até a virada do ano, uma cinquentona quer viver em um único dia tudo o que não viveu até agora, e assim por diante. Tudo emoldurado pelos preparativos do tradicional réveillon na Times Square, em Nova York.

Nada contra a fórmula em si, o problema é que nada funciona. A direção é ineficaz, parece sequer haver um roteiro. O texto é fraco, carente de situações realmente envolventes e de personagens que criem empatia necessária junto ao público.

O abuso de clichês e de merchandisings explícitos, mal empregados, só contribuem para piorar ainda mais o longa que parece não acabar nunca.

Curiosidade: sequência de ‘Idas e Vindas do Amor’, comédia romântica que reuniu vários nomes do cinema e arrecadou US$ 213 milhões.

Avaliação: *

Elvis e Madona

País: Brasil

Ano: 2010

Gênero: Comédia

Duração: 105 min

Direção: Marcelo Laffitte

Elenco: Simone Spoladore, Igor Cotrim, Sérgio Bezerra, Maitê Proença, Buza Ferraz, José Wilker e Duse Nacarati.

Sinopse: Copacabana, Rio de Janeiro. Elvis, ou melhor, Elvira (Simone Spoladore), é uma fotógrafa que começa a trabalhar como entregadora de pizza para juntar dinheiro. Um dia, ela conhece Madona (Igor Cotrim), um travesti que sonha em fazer um grande show do estilo Teatro de Revista. Elas se apaixonam e muitas questões surgem para serem resolvidas.

Crítica: uma comédia romântica que aborda, com delicadeza, sensibilidade e realismo, um tema inusitado: o amor entre a jovem lésbica Elvis e o travesti Madona.

Boas atuações e um roteiro bem feito.

Em alguns momentos, apela-se para um humor barato e sem graça. Mas, em geral, é um bom filme.

Avaliação: ***

Forças Especiais (Forces Spéciales)

País: França

Ano: 2011

Gênero: Ação

Duração: 109 min

Direção: Stéphane Rybojad

Elenco: Diane Kruger, Djimon Hounsou, Benoît Magimel, Denis Menochet, Raphaël Personnaz, Alain Figlarz, Alain Alivon, Mehdi Nebbou, Raz Degan e Tchéky Karyo.

Sinopse: Elsa (Diane Kruger), uma jornalista francesa, é raptada por um líder do Talebã que coloca um vídeo na internet determinando a data da sua execução. Investigações apontam que o cativeiro está localizado em um território sem lei, próximo ao Paquistão. Uma unidade de elite militar, com seis homens, é enviada ao local para tentar o resgate. O problema, porém, não é recuperar a jornalista, mas sim retirar-se do local com vida.

Crítica: uma espécie de “Falcão Negro em Perigo”, só que com soldados da elite francesa no lugar de americanos. E não convence. As cenas de ação são mal executadas, com exceção de poucas, e as situações são improváveis e inexplicáveis.

O diretor apela para uma trilha sonora com muito rock and roll e câmera tremida em excesso, na tentativa de criar o clima de tensão e ansiedade vivenciada por homens em combate, mas não funciona. Os planos abertos são escassos e o espectador tem dificuldade de visualizar o terreno da batalha e o posicionamento dos oponentes.

Um trabalho confuso e artificial.

Avaliação: **

A Alegria

País: Brasil

Ano: 2010

Gênero: Fantasia

Duração: 106 min

Direção: Felipe Bragança e Marina Meliande

Elenco: Clara Barbieri, César Cardadeiro, Flora Dias, Maria Gladys, Mariana Lima, Sandro Mattos, Tainá Medina, Rikle Miranda, Junior Moura e Marcio Vito.

Sinopse: Luíza tem 16 anos e está cansada de ouvir sobre o fim do mundo. Na véspera de Natal, seu primo João é morto no Rio de Janeiro. Algumas semanas depois, Luíza está em seu apartamento e descobre o fantasma de João na sala. Ele quer se esconder ali.

Crítica:

Avaliação: a conferir

Desparecidos

País: Brasil

Ano: 2011

Gênero: Terror

Duração: 73 min

Direção: David Schurmann

Elenco: Charlene Chagas, Pedro Urizzi e Natalia Vidal.

Sinopse: outubro de 2011. Uma festa VIP, em Ilhabela, no litoral paulista. Seis jovens desaparecem e a única pista são câmeras de vídeo com imagens do que aconteceu.

Crítica:

Avaliação: a conferir

O Gato de Botas (Puss in Boots)

País: EUA

Ano: 2011

Gênero: Animação

Duração: 90 min

Direção: Chris Miller

Elenco: vozes na versão original de: Antonio Banderas, Salma Hayek, Zach Galifianakis, Billy Bob Thornton, Amy Sedaris, Constance Marie e Guillermo del Toro.

Sinopse: ao lado de dois amigos, o Gato de Botas (voz de Antonio Banderas) fará uma viagem para encontrar o ganso que põe ovos de ouro.

Crítica: uma aventura agradável, com uma história bem escrita, um humor inteligente e um gato extremamente carismático.

O personagem que roubou a cena em Shrek 2 é muito bem-vindo ao rol das animações. O diretor criou um universo particular para o herói felino, completamente diferente da ambientação de Shrek.

O espectador é levado a conhecer a história do destemido personagem desde a infância e de como se tornou um lendário fora da lei, driblando as investidas daqueles que o perseguem ou, quando a situação fica feia, apelando para sua encantadora expressão de adoráveis olhos grandes para quebrar a resistência dos inimigos.

E uma boa tática do filme foi dar espaço a dois personagens coadjuvantes, Kitty Pata-Mansa (Salma Hayek), e o velho amigo/inimigo Humpty Dumpty (Zach Galifianakis), o que evita a centralização das atenções no Gato de Botas e um possível desgaste do protagonista.

Divertido para crianças e adultos. Vale a pena conferir.

Avaliação: ***

domingo, 4 de dezembro de 2011

Próximos Lançamentos e Woody Allen

Veja, também, as publicações sobre filmes que serão lançados em breve, sendo que alguns concorrerão ao Oscar 2012; e os principais trabalhos de Woody Allen.

Para acessar "Próximos Lançamentos", clique no link:

http://rotacinema.blogspot.com/p/lancamentos.html

Para acessar "Woody Allen", clique no link:

http://rotacinema.blogspot.com/p/woody-allen.html

Divirta-se!

Um Dia (One Day)

País: EUA

Ano: 2011

Gênero: Drama

Duração: 108 min

Direção: Lone Scherfig

Elenco: Anne Hathaway, Jamie Sives, Jim Sturgess, Jodie Whittaker, Joséphine de La Baume, Ken Stott, Patricia Clarkson, Rafe Spall, Romola Garai, Tim Key e Tom Mison.

Sinopse: conta a história de Dexter e Emma, que se conheceram na noite em que eles se formaram na Universidade de Edimburgo em 1988 e concordaram em manter a amizade e visitar um ao outro na mesma data todos os anos para ver como estão suas vidas. Embora ambos passem por diversos envolvimentos românticos, eles têm uma ligação especial que não conseguem explicar.

Crítica: um relato espirituoso sobre o tempo. Assim pode-se definir o longa-metragem baseado no best-seller, com mais de 1,3 milhão de exemplares vendidos e publicado em 35 países.

"Sensacional", "emocionante" e "clássico moderno" são alguns dos elogios destacados para vender a publicação. A história é cativante, inteligente, espirituosa. Prende mesmo a atenção do leitor, embora seja longo demais e realista demais, destruindo qualquer chance de suspiros românticos ao longo das 416 páginas.

O filme também é bom, com roteiro do próprio autor do livro, David Nicholls, mas como já sabemos, nessa transposição o cinema sempre perde um pouco. O texto bem executado e engraçado, por exemplo, é bem mais prazeroso na obra literária. São relatos da vida e do relacionamento dos dois personagens narrados em todos os dias 15 de julho, ano a ano, por duas décadas.

Com boas atuações e diálogos inteligentes e sarcásticos, vale a pena conferir a película. Destaque para o coadjuvante Ian, vivido por Rafe Spall.

Avaliação: ***

Operação Presente (Arthur Christmas)

País: EUA/Reino Unido

Ano: 2011

Gênero: Animação

Duração: 97 min

Direção: Sarah Smith

Elenco: vozes na versão original de: James McAvoy, Bill Nighy, Hugh Laurie, Jim Broadbent, Imelda Staunton, Ashley Jensen, Marc Wootton, Laura Linney, Eva Longoria, Ramona Marquez e Miggie Donahoe.

Sinopse: assim como outras crianças, Arthur (James McAvoy) quer saber como Papai Noel (Jim Broadbent) faz para entregar os presentes de todas as crianças do mundo em uma noite? Inacreditavelmente, ele obtém uma resposta: o Bom Velhinho conta com o apoio de uma excitante e ultrassecreta operação no Pólo Norte. Paralelo a isto, Arthur tem uma missão de urgência e com prazo semelhantes à entrega dos presentes, e ele precisa terminá-la antes da manhã de Natal.

Crítica:

Avaliação: a conferir

Os Muppets (The Muppets)

País: EUA

Ano: 2011

Gênero: Animação

Duração: 98 min

Direção: James Bobin

Elenco: Amy Adams, Jason Segel e Chris Cooper.

Sinopse: Caco, o Sapo e seus amigos muppets fazem um show para salvar seu velho teatro.

Crítica: uma diversão inteligente que nos faz lembrar da importância das pequenas coisas. Leve, tem uma trilha sonora animada e inspiradora. O tema cantado durante toda a trama é “Life is a Happy Song”.

‘Os Muppets’ é um triunfo de simplicidade, inocência e humor pastelão. É a alegria da infância e da infantilidade, das gargalhadas despretensiosas. Apenas exagera um pouco nas sequências musicais. Chris Cooper convence no papel de vilão.

Um agradável retorno, com seus fantoches cativantes e muito carismáticos. O primeiro filme foi em 1979.

Avaliação: ***

Um Assalto de Fé

País: Brasil

Ano: 2011

Gênero: Comédia

Duração: 96 min

Direção: Cibele Amaral

Elenco: Alexandre Carlo, Lauro Montana, Cibele Amaral, André Deca, Alessandro Santos, Jovane Nunes, Chico Sant'Anna, Similião Aurélio e Andrade Jr., Falcão.

Sinopse: depois de vários golpes frustrados, Galinha Preta (Alexandre Carlo) e Lapão (Lauro Montana) aceitam participar de um assalto a uma igreja evangélica, organizado por Jerônimo (André Deca). Ele se infiltrou na igreja, onde trabalha como tesoureiro, namora a filha do pastor e planeja o golpe justamente no dia de um grande show gospel. Para fechar o grupo, contratam o motorista glutão Japonês (Alessandro Santos) e a stripper evangélica Nildinha (Cibele Amaral). Apesar de inúmeras besteiras, o plano vai dando certo até um momento em que tudo começa a fugir do planejado, provocando as mais hilariantes situações que misturam muita ação e comédia.

Crítica: o filme peca pelo excesso em tudo: extenso demais, superficial demais e chato demais. A comédia que satiriza as igrejas evangélicas e seus pastores, na verdade, não faz rir e insiste na criação de personagens estereotipados que não agradam.

O único destaque é Lauro Montana (como Lapão) que, aliás, rouba a cena e coloca o protagonista Alexandre Carlos (Galinha Preta) em segundo plano.

Não vale o ingresso.

Avaliação: *

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Se Não Nós, Quem? (Wer Wenn Nicht Wir)

País: Alemanha

Ano: 2011

Gênero: Drama

Duração: 124 min

Direção: Andres Veiel

Elenco: August Diehl, Lena Lauzemis, Alexander Fehling, Thomas Thieme, Imogen Kogge, Michael Wittenborn, Susanne Lothar e Maria-Victoria Dragus.

Sinopse: no início dos anos 1960, Bernward Vesper (August Diehl) e sua amiga de universidade, Gudrun Ensslin (Lena Lauzemis), se apaixonam no meio da atmosfera da Alemanha Ocidental. O casal funda uma pequena editora que, já no primeiro trabalho, causa polêmica: trata-se de um trabalho antigo do pai de Bernward, famoso autor nazista. O questionamento inaugura novos rumos na vida do casal, em uma era de mudanças e radicalizações.

Crítica: sem dúvida, uma produção impecável que recriou o cenário e a atmosfera dos anos 1950-70, mas tudo apenas didaticamente. Pecando por esse excesso, esquece-se de explorar mais os personagens.

Infelizmente, soa bastante superficial. Uma aula de história e ponto. Não há muito o que se pensar após o término da exibição. Com bons e maus momentos, cenas interessantes e outras nem tanto, é um filme ‘assistível’.

O longa ‘Grupo Baader Meinhof’, por exemplo, teve uma melhor abordagem da Alemanha pós-Hitler, com uma incrível dimensão psicológica.

Avaliação: ***

Simples Mortais

País: Brasil

Ano: 2010

Gênero: Drama

Duração: 80 min

Direção: Mauro Giuntini

Elenco: Leonardo Medeiros, Tatiana Muniz, Alice Stefânia, Chico Sant'Anna, Eduardo Moraes, Narciza Leão e Sérgio Sartório.

Sinopse: o filme traz personagens imersos em suas rotinas, tentando equilibrar suas responsabilidades à instabilidade de suas relações afetivas. Amadeu (Chico Sant'Anna) é um funcionário público que toca teclado em churrascarias e bares para complementar a renda. Viúvo precoce, há tempos desistiu da carreira artística e investiu na criação de Kdu (Eduardo Moraes) que, agora, batalha para ser músico de sucesso. Enquanto o pai quer que o filho ponha os pés no chão, o filho quer trazer o pai de volta ao sonho. Jonas (Leonardo Medeiros) é um escritor que, apesar de ter publicado alguns contos premiados, não consegue terminar um romance. Para compensar a não realização de suas pretensões artísticas, dá aulas de Literatura em uma universidade. Enquanto sustenta um casamento protocolar com Kátia (Alice Stefânia), mulher pragmática que carrega o lar nas costas, ele encontra inspiração em sua aluna Yara (Tatiana Muniz), jovem apaixonada por poesia. Diana (Narciza Leão) é uma bem-sucedida apresentadora de TV que sempre colocou a realização profissional em primeiro plano. Com mais de 40 anos, ela agora tenta desesperadamente engravidar de seu jovem companheiro, o ator de teatro Gabriel (Sérgio Sartório), que está num momento bem diferente da vida.

Crítica: três histórias são apresentadas paralelamente, cada uma envolvendo duas pessoas e seus problemas.

A trama tenta aproximar-se ao máximo da realidade, a fim de passar aos espectadores dúvidas, angústias, frustrações, desejos, fraquezas, vícios, ambições e sonhos que todo ser humano tem.

Pena que a interpretação dos atores seja um empecilho para o convencimento da situação representada. Com exceção do pai e filho (Amadeu e Kdu), os demais personagens mostram-se extremamente superficiais e não comovem.

O enredo é bom, tem um bom início e fechamento, mas faltou sensibilidade para explorar melhor vidas que poderiam muito bem ser as nossas. Quem sabe em uma próxima tentativa ...

Avaliação: **

Happy Feet 2: O Pinguim (Happy Feet Two)

País: Austrália

Ano: 2011

Gênero: Animação

Duração: 100 min

Direção: George Miller

Elenco: -

Sinopse: Erik (Ava Acres), filho de Mano (Elijah Wood) e Glória (Pink), está em busca do próprio talento no mundo dos pinguins, já que parece ter uma espécie de coreo-fobia. Por não querer dançar, Erik foge e conhece Sve (Hank Azaria), um pinguim que sabe voar. Como não pode competir com o novo amigo do filho, Mano perde as esperanças, mas uma ameaça une pai e filho na luta pela sobrevivência.

Crítica: o visual das geleiras é de tirar o fôlego, as “tomadas” subaquáticas são perfeitas, os personagens são extremamente carismáticos e divertidos, tudo isso graças à tecnologia da informática aplicada à animação.

Mas e a trama, a história, o roteiro? Não são mais importantes? É o que parece. Neste segundo episódio, tudo continua igual, sem inovação. Os pinguins Mano e Glória estão casados e têm um filho, Erik. E a exemplo do seu pai no primeiro filme, o pequeno pinguim também encontra dificuldades para encontrar espaço em seu mundo gelado. A autoafirmação e a superação virão somente após a vitória sobre terríveis perigos que ameaçam a própria sobrevivência da raça. Tudo isso já foi mostrado diversas vezes no cinema.

Capricho mesmo só com o visual e o ritmo de ação.

Avaliação: **

Assalto em Dose Dupla (Flypaper)

País: Alemanha/EUA

Ano: 2011

Gênero: Comédia

Duração: 87 min

Direção: Rob Minkoff

Elenco: Patrick Dempsey, Ashley Judd, Tim Blake Nelson, Octavia Spencer, Beau Brasseaux, Jeffrey Tambor, Mekhi Phifer e Pruitt Taylor Vince.

Sinopse: Tripp (Patrick Dempsey) caminha em um banco, quando duas gangues diferentes, uma claramente formada por profissionais e a outra por uma dupla de palhaços, aparecem para um assalto. Ao notar o que está prestes a acontecer, Tripp aborda a bela caixa do banco Kaitlin (Ashley Judd) com a intenção de protegê-la. Quando a ação é iniciada, o sistema de segurança do banco tranca as portas e mantém todos dentro do prédio. Durante a noite, um hilariante jogo de gato e rato segue, enquanto Tripp e Kaitlin tentam salvar o dia.

Crítica: uma comédia que não faz rir em momento algum. A história até seria engraçada pelas circunstâncias, mas nada dá certo. O filme segue monótono e sonolento, o que só piora pelo fato de todo ele ser ambientado dentro do banco. Além disso, os diálogos são péssimos e os personagens, pouco interessantes.

Nem o elenco salva uma trama tão sem inspiração.

Avaliação: *

Não Sei como Ela Consegue

Título original: I don’t know how she does it

País: EUA

Ano: 2011

Gênero: Comédia

Duração: 95 min

Direção: Douglas McGrath

Elenco: Sarah Jessica Paker, Pierce Brosnan, Greg Kinnear, Christina Hendricks, Kelsey Grammer, Seth Meyers, Olivia Munn, Jane Curtin, Mark Blum, Busy Philipps e Sarah Shahi.

Sinopse: Kate (Sarah Jessica Parker) é o exemplo perfeito da mulher moderna: trabalha fora de casa, educa dois filhos, cuida do marido e de si mesma. Tudo vira de cabeça para baixo com o chegada de um novo e charmoso colega de trabalho, Jack (Pierce Brosman). E agora conciliar amor, trabalho e família: será que ela consegue?

Crítica: nada de novo nem no enredo nem no roteiro. Além disso, peca pelo fato da personagem Kate conversar com o espectador. Aqui não cabe esse tipo de recurso. Fica chato e não convence.

E o final da trama ainda traz lições moralistas. Uma perda de tempo e de dinheiro.

Avaliação: *

O Céu sobre os Ombros

Título original: O Céu sobre os Ombros

País: Brasil

Ano: 2010

Gênero: Drama

Duração: 72 min

Direção: Sérgio Borges

Elenco: Everlyn Bardin, Edjucu Moio, Murari Krishna e Grace Passô.

Sinopse: uma mistura de documentário e ficção sobre o cotidiano de três personagens de classe média de Belo Horizonte: um transexual, um operador de telemarketing hare krishna e um escritor congolês.

Crítica: o documentário não faz jus à divulgação que teve. Um trabalho amador e inacabado. Lento e pouco produtivo, não mostra ao fundo a vida dos seus três personagens. Com exceção do transexual que é excelente, os outros não merecem os minutos de fita a eles dedicados.

Quase nada se extrai do documentário, que tem geralmente como objetivo revelar algo, mesmo que de forma subjetiva.

Avaliação: *

No Olho da Rua

Título original: No Olho da Rua

País: Brasil

Ano: 2011

Gênero: Drama

Duração: 100 min

Direção: Rogério Corrêa

Elenco: Murilo Rosa, Gabriela Flores, Pascoal da Conceição, Leandro Firmino, Eric Lenate e Nelson.

Sinopse: narra a trajetória de Oton (Murilo Rosa), metalúrgico, casado com Camila (Gabriela Flores), que após trabalhar 20 anos na mesma fabrica é demitido. Porém, vê sua última esperança de voltar a fábrica em Emiliano (Pascoal da Conceição) seu amigo vinculado ao sindicato que tenta “resgatar” seu emprego.

Crítica: o drama sobre relações pessoais e mercado de trabalho até tem bons argumentos e intenções, mas não chega a lugar algum.

O diretor tenta ser atemporal, mas alguns detalhes não se encaixam na história. O personagem e toda a história acabam seriamente fragilizados e prejudicados. Uma pena!

Avaliação: **

Billi Pìg

Título original: Billi Pig

País: Brasil

Ano: 2011

Gênero: Comédia

Duração: ?? min

Direção: Zé Eduardo Belmonte

Elenco: Selton Mello, Grazi Massafera, Milton Gonçalves, Otávio Muller, Milhem Cortaz, Preta Gil, Cássia Kiss, Sandra Pêra e Zezé Barbosa.

Sinopse: a aspirante a atriz Marivalda (Grazi Massafera), seu marido Wanderley (Selton Mello), um corretor de seguros falido e um falso padre (Milton Gonçalves) fazem de tudo para se dar bem na vida. Mas eles acabam nas mãos do chefe do tráfico, a quem prometeram salvar a vida de sua filha, atingida num tiroteio durante uma festa em São Cristóvão. Uma grande recompensa em dinheiro está em jogo e agora os três têm que correr atrás do milagre prometido.

Crítica:

Curiosidade: mesmo diretor de “Se Nada Mais Der Certo” (2008) e “A Concepção” (2005).

Avaliação: a conferir

Roubo nas Alturas

Título original: Tower Heist

País: EUA

Ano: 2011

Gênero: Comédia

Duração: 98 min

Direção: Brett Ratner

Elenco: Ben Stiller, Eddie Murphy, Matthew Broderick, Casey Affleck, Téa Leoni, Michael Peña, Gabourey Sidibe, Alan Alda, Nina Arianda e Michael Peña.

Sinopse: Josh Kovacs (Ben Stiller) gerencia um condomínio residencial de alto padrão em Nova York. De repente, um dos inquilinos, Arthur Shaw (Alan Alda) é preso pelo FBI por fraude. Josh pensa se tratar de um engano, mas logo descobre que a pensão de todos os funcionários do condomínio foi desviada por Arthur. Após um dos trabalhadores tentar cometer suicídio, Josh toma uma decisão: roubar o apartamento de Arthur e encontrar os US$ 20 milhões desviados. Porém, ele percebe que vai precisar da ajuda de alguém que realmente entenda do assunto (Eddie Murphy).

Crítica:

Curiosidade: do mesmo diretor da franquia ‘A Hora do Rush’.

Avaliação: a conferir

Os 3

Título original: Os 3

País: Brasil

Ano: 2011

Gênero: Drama

Duração: 80 min

Direção: Nando Olival

Elenco: Gabriel Godoy, Victor Mendes e Sophia Reis.

Sinopse: história de três jovens universitários que, vindos de diferentes pontos do país, decidem morar juntos e criam entre si uma imensa amizade. Com o fim da faculdade, sem ter recursos para se sustentar, os 3 aceitam transformar seu apartamento, e consequentemente seu dia a dia, num reality show patrocinado por uma grande loja de departamentos, que vê na juventude deles um excelente produto de marketing. Tudo o que eles usam no apartamento está à venda na internet atráves de um simples clique. Aos poucos, com o sucesso, a vida deles se transforma num palco cheio de verdades baseadas em mentiras e de muitas mentiras que carregam um tanto de verdade. A ficção criada por eles se embaralha com a realidade e nem eles mesmo conseguem saber no que acreditar.

Crítica:

Avaliação: a conferir

11-11-11

Título original: 11-11-11

País: EUA/Espanha

Ano: 2011

Gênero: Terror

Duração: 110 min

Direção: Darren Lynn Bousman

Elenco: Timothy Gibbs, Michael Landes, Brendan Price, Todd Bridges, Wendy Glenn, Salomé Jiménez e Montserrat Alcoverro.

Sinopse: depois da trágica morte de sua esposa e filho, o famoso autor norte-americano Joseph Crone viaja dos Estados Unidos para Barcelona, para se reunir com seu irmão e seu pai no leito de morte, Richard. No entanto, o destino tem um plano diferente para Joseph. Ele começa a perceber acontecimentos estranhos e aparições constantes do número 11, o que rapidamente se transforma em obsessão. Isolado em um país estrangeiro, Sadie, Joseph logo percebe que 11/11/11 é mais do que apenas uma data, é um aviso!

Crítica: a premissa inicial, infelizmente, não faz jus ao desenvolvimento e ao desfecho do longa.

A obsessão do protagonista perde sentido no decorrer da trama. Fora alguns sustos e um pouco de terror, não rende mais nada.

Avaliação: *

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Incêndios

Título original: Incendies

País: Canadá

Ano: 2010

Gênero: Drama

Duração: 130 min

Direção: Denis Villeneuve

Elenco: Lubna Azabal, Mélissa Désormeaux-Poulin, Maxim Gaudette, Rémy Girard e Allen Altman.

Sinopse: na leitura do testamento de sua mãe, os gêmeos Simon (Maxim Gaudette) e Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) descobrem que têm um irmão e o pai, que os dois achavam que havia falecido, estava vivo. Dentre muitos pedidos, a maioria desconfortantes, o último e mais importante vinha com duas cartas seladas: encontrar os dois e entregar-lhes.

Crítica: um filme com um grande enredo emocional e comovente, uma história de perda, dor, sofrimento, guerras, dúvidas.

Uma direção segura que fala da vida que surge após a morte. Vida para a família que fica. Mágoa que abre feridas, levanta questionamentos e revela segredos tão bem guardados.

Nessa descoberta, o roteiro é ótimo, conduzindo o espectador junto à Jeanne, com performance convincente. O irmão Simon faz um papel menor e, infelizmente, atua sem convicção.

O desfecho do segredo que seria um dos pontos altos da trama é feito de forma estranha, mas não tira o brilho da trama.

As descobertas são fortes e dolorosas, inesperadas até, em um estilo quase ‘Almodovariano’.

Avaliação: ****

Feliz que Minha Mãe Esteja Viva

Título original: Je suis heureux que ma mère soit vivante

País: França

Ano: 2010

Gênero: Drama

Duração: 90 min

Direção: Claude Miller e Nathan Miller

Elenco: Vincent Rottiers, Sophie Cattani, Christine Citti, Yves Verhoeven, Maxime Renard, Olivier Guéritée, Ludo Harley, Gabin Lefebvre, Quentin Gonzalez, Chantal Banlier e Thomas Momplot.

Sinopse: a identidade é um pedaço de nossa roupa desenhada por nossa infância. Aqueles que nos trouxeram ao mundo, nossos pais, criam a base de quem nós realmente somos. Mas o que acontece quando há a ausência de quem lhe criou? Dos 7 aos 20 anos, Thomas procurou por Julie, sua mãe biológica. Sem contar aos seus pais adotivos, ele volta aos braços da mulher que o abandonou aos 4 anos e inicia uma vida secreta.

Crítica: o filme mostra uma família desconectada. Dois filhos adotados (e irmãos) que não reconhecem o amor dos pais adotivos e uma mãe biológica pouco interessada nos filhos.

O mais velho (Thomas) não aceita essa condição de ‘adotado’ e parte em busca da mãe verdadeira, que hoje tem uma outra vida e um outro filho. Mas continua sendo irresponsável e fria. Aliás, frieza e rudeza não faltam à trama.

Na sequência, mágoas guardadas e mal resolvidas, desafetos e agressões verbais vêm à tona gerando uma violência ainda maior e inesperada. O exagero faz nada parecer natural na trama e, aí, o filme se perde.

O único objetivo da trama é mesmo transmitir ao final que, mesmo depois de tudo, Thomas está feliz por saber que sua mãe ainda vive.

A impressão que se tem, no desfecho, é que nada foi dito, nada saiu nem foi a lugar algum. Pode-se dizer que é uma história sem propósito.

Avaliação: **

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