Lincoln
País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama, biografia
Duração: 153 min
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Daniel Day-Lewis, Sally Field, Tommy Lee
Jones, Joseph Gordon-Levitt e David Strathairn.
Sinopse: crônica histórica sobre
Abraham Lincoln, o presidente norte-americano que, nas primeiras semanas de
1865, lutou pela paz na Guerra Civil e conseguiu a abolição da escravatura.
Crítica: a história é baseada no livro ‘Team of Rivals:
The Genius of Abraham Lincoln’, da escritora Doris Kearns Goodwin, e leva para
a tela a história de um presidente ícone de uma nação (que conquistou a opinião
pública por meio de sua retórica e discursos), cuja face é encontrada em
inúmeros monumentos e até nas notas de cinco dólares. Na verdade, retrata os
últimos momentos do líder americano.
O filme se passa durante a
Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo
em que se preocupava com o conflito, o 16º presidente norte-americano, Abraham
Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma batalha ainda mais difícil em Washington:
ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à
Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.
O que vemos na tela é muito
mais um jogo político para a solução da emenda do que o filme de guerra (que talvez
algumas pessoas esperassem mais, já que Spielberg sabe muito bem fazer).
Predominam em suas duas horas e meia de duração cenas de diálogos, algumas em
cenários escuros, com a luz natural iluminando a figura do presidente.
Sem dúvida, o grande
destaque é o elenco e o roteiro. Daniel Day-Lewis recria com maestria a icônica
figura, mas sem afetação, trazendo o personagem para uma realidade
impressionante. Aliás, deve-se ressaltar que nem é por causa da perfeita
maquiagem (ajuda, é claro), porém pela louvável interpretação do ator, de talento
inquestionável. Durante a trama, temos a certeza e convicção de estarmos diante
do real Lincoln. Os veteranos Sally Field (vivendo Mary Todd Lincoln, a
primeira dama) e Tommy Lee Jones (como o congressista Thaddeus Stevens) dão
verdadeiro show com seus papéis coadjuvantes.
Mas o longa tem sofrido
bastante resistência do público internacional, exigindo que o diretor incluísse
uma explicação histórica para situar o expectador frente aos fatos apresentados
na trama.
É um ótimo filme, só não
tão genial apesar de ser o grande favorito ao Oscar com 12 indicações. Concorre
nas categorias: Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), Melhor Ator Coadjuvante (Tommy
Lee Jones), Melhor Atriz Coadjuvante (Sally Field), Melhor Diretor (Steven
Spielberg), Melhor Roteiro Adaptado (John Logan, Paul Webb, Tony Kushner),
Melhor Fotografia (Janusz Kamiński), Melhor Figurino (Joanna Johnston), Melhor
Trilha Sonora Original (John Williams), Melhor Mixagem de Som (Andy Nelson,
Gary Rydstrom e Ronald Judkins), Melhor Design de Produção (Rick Carter e Jim
Erickson), Melhor Edição (Michael Kahn), além do grande prêmio de Melhor Filme.
Na minha opinião, só pela
atuação de Daniel Day-Lewis, vale a pena ver duas vezes.
Avaliação: ****
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